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PAVIMENTOS FLEXÍVEIS: ANÁLISE DAS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E DESEMPENHO DO REVESTIMENTO ASFÁTICO PRÉ-MISTURADO A FRIO EM RELAÇÃO AO CONCRETO ASFÁLTICO USINADO À QUENTE

Por:   •  25/5/2017  •  Projeto de pesquisa  •  6.419 Palavras (26 Páginas)  •  328 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Pavimentação é o último processo de melhoria de uma estrada, sendo realizada logo após a terraplanagem. É constituída de várias camadas nas mais diversas espessuras, com o intuito de resistir ao tráfego, às reações climáticas e dar uma maior segurança e melhorias nas condições de deslocamento da população. Sendo assim, isto está diretamente relacionado a toda a população, desde pedestres a motoristas, principalmente quem realiza o mesmo trajeto todos os dias.

Com um estudo aprofundado e um conhecimento mais abrangente do tipo de material a ser empregado, da forma correta de sua aplicação e atendendo aos parâmetros propostos através dos ensaios, podemos ter uma grande melhoria na qualidade das estradas. Sendo assim, atenderá as necessidades básicas de todo o cidadão de ir e vir, de poder se locomover com mais rapidez, tranquilidade e pensando principalmente na segurança, facilitando o tráfego e evitando transtornos, pensando sempre na qualidade, eficiência e segurança.

Os pavimentos estão classificados em dois principais tipos: rígidos e flexíveis. A partir desta classificação, temos uma série de subdivisões dos mais variados tipos de asfalto, sejam eles constituídos por concreto asfáltico, ou até mesmo por concreto armado.

Cada elemento que é utilizado apresenta uma propriedade diferente, uma maneira de se comportar, e uma resistibilidade que se difere de acordo com o material utilizado, ou seja, cada um possui suas propriedades físicas e mecânicas, que serão apropriadas para cada situação.

O melhor tipo de pavimento a ser utilizado em uma via depende de vários fatores: suas propriedades mecânicas, a qualidade do material a ser empregado, do tráfego e dos tipos de veículos que irão transitar em determinada localidade.

Os revestimentos asfálticos podem ser identificados quanto ao tipo de ligante, sendo estes o Cimento Asfáltico de Petróleo - CAP para ligantes a quente, e a Emulsão Asfáltica de Petróleo - EAP para os ligantes a frio. Cada um possui características próprias, na qual definem seus diferentes modos de preparo e aplicação.

O objetivo geral deste trabalho é demonstrar por intermédio de conceitos e normas, as principais diferenças entre o Revestimento Pré-Misturado a Frio – PMF e o Concreto Asfáltico Usinado a Quente – CAUQ, relacionando suas características, propriedades, funcionalidades e maneira de aplicação para cada situação.

  1. PROBLEMA DE PESQUISA

A qualidade das rodovias brasileiras não é das melhores. E isso se dá por vários motivos, como a falta de manutenção, a mão de obra precária, pela sobrecarga de veículos, desrespeitando o limite de peso que a rodovia suporta.

Sabemos que sim, há uma precariedade nas nossas estradas, e o problema não vem de hoje. Sendo assim, um melhor estudo, um material de alta qualidade e com aplicação de maneira correta, contribui para uma melhor funcionalidade da estrada.

  1.  OBJETIVOS

  1. Objetivo Geral

O objetivo geral deste trabalho é demonstrar por intermédio de conceitos e normas, as principais diferenças entre o Revestimento Pré-Misturado a Frio – PMF e o Concreto Asfáltico Usinado a Quente – CAUQ, relacionando suas características, propriedades, funcionalidades e maneira de aplicação para cada situação.

  1. Objetivos Específicos

Os objetivos específicos a serem discutidos e abordados são:

  • Apresentar um comparativo entre os dois materiais a serem estudados;
  • Realizar ensaios, regidos pelas normas e especificações técnicas onde, por sua vez, possam demonstrar as divergências entre eles, verificando através de ensaios convencionais como a granulometria e ensaios de ruptura onde poderemos determinar a resistência dos mesmos, a fim de ter um conhecimento do material que apresentar uma melhor eficácia e em qual circunstância ele poderá ser aplicado;
  • Analisar de forma comparativa entre dois trechos de pavimentação sobre pedra irregular, na cidade de Bagé, situados na Av. General Osório e Av. Tupy Silveira;
  • A partir dessa análise, realizar um estudo de custos entre os dois tipos de pavimento, verificando qual o tipo será mais viável para a aplicação.

  1. JUSTIFICATIVA

Um bom revestimento asfáltico, contribui para uma qualidade melhor de tráfego, consequentemente aumenta a segurança para motoristas e pedestres. Sendo assim, justifica-se que para a escolha certa do tipo de pavimento necessário para determinada via, requer um bom conhecimento teórico e prático do material a ser utilizado, dependendo do tráfego da via, que é algo muito importante a ser levado em conta. Assim, através de estudos e ensaios, poderemos obter dados a fim de justificar a maneira com que poderemos contribuir para um revestimento de qualidade.

  1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

HISTÓRIA DA PAVIMENTAÇÃO

Percorrer  a  história  da  pavimentação  nos  remete  à própria  história  da  humanidade, passando pelo povoamento dos continentes, conquistas territoriais, intercâmbio comercial, cultural e religioso, urbanização e desenvolvimento. Como os pavimentos, a história também é construída em camadas e, freqüentemente, as estradas formam um caminho para examinar o passado, daí serem uma das primeiras buscas dos arqueólogos nas explorações de civilizações antigas (Bernucci et al., 2006).

O homem, a fim de obter melhor acesso às áreas cultiváveis e às fontes de madeira, rochas e água, além do desejo de expandir sua área ou território de influência, criou o que chamamos de estradas, cuja lembrança mais remota provém da China – país que as inventou. Bem mais tarde os romanos aperfeiçoaram as estradas, instalando pavimentos e drenagem, com o intuito de torná-las duradouras. Segundo autores alemães, durante a fase áurea de Roma, mais de 80 mil km de estradas foram construídos, permitindo aos dominadores o transporte de legiões militares e o acesso a bens disponíveis nos longínquos territórios dominados (Balbo, 2007).

No Brasil, uma das primeiras estradas reportadas tem início em 1560, à época do terceiro governador-geral do Brasil, Mem de Sá. Trata-se do caminho aberto para ligar São Vicente ao Planalto Piratininga. Em 1661, o governo da Capitania de São Vicente recuperou esse caminho, construindo o que foi denominada Estrada do Mar (ou Caminho do Mar), permitindo assim o tráfego de veículos. Hoje a estrada também é conhecida como Estrada Velha do Mar (Bernucci et al., 2006).

Em 1950 foi concebido um grande plano de pavimentação nos Estados Unidos, para a ligação entre os Estados americanos de cidades de médio e grande porte, denominado Interstate System, que culminou no planejamento dos experimentos realizados pela AASHO (atual AASHTO, American Assiciation of State Highway and Transportation Officials) (Balbo, 2007).

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