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PRINCIPAIS IMPACTOS DO SANEAMENTO BÁSICO NO MUNICÍPIO DE TEÓFILO OTONI

Por:   •  16/12/2022  •  Artigo  •  8.537 Palavras (35 Páginas)  •  65 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DO SANEAMENTO BÁSICO PARA SAÚDE  PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE TEÓFILO OTONI - MINAS GERAIS

RESUMO

Ao decorrer da história a preocupação com o saneamento básico, esteve  quase sempre ligada às questões ambientais. No entanto, o crescimento acelerado  e desordenado da população, o consumo exagerado, consequentemente o aumento  da produção de resíduos e o descarte inadequado dos mesmos no meio ambiente,  têm causado mais uma preocupação ampla: saúde pública. Este trabalho foi  realizado através de pesquisas bibliográficas, com a finalidade de obter informações  a qual comprovassem o fato de que quanto menor o nível de saneamento básico  adequado maior o risco à saúde, ao bem estar humano e ao meio ambiente. Foram  identificadas varias doenças e impactos vinculados à ineficiência ou inexistência  desse serviço, que é direito de todos. Apesar dos vários trabalhos já publicados até o momento sobre a  importância do saneamento básico para saúde pública, ainda é necessário que se  realize discussões e revisões sobre o tema para se determinar até onde ele tem  evoluído de forma que se tenham benefícios reais a população.  

Palavras-chave: doenças, impactos, meio ambiente, saneamento, saúde.

INTRODUÇÃO

        O saneamento básico no Brasil nos últimos anos deixou de fazer parte  somente das questões ambientais, sendo incorporado no seu próprio conceito, a sua  importância para a saúde publica. Podendo ser definido como o uso dos recursos  hídricos para o atendimento das primeiras necessidades de higiene e saúde pública  para núcleos populacionais, incluindo usos em empreendimentos comerciais,  industriais e de prestação de serviços. É parte do saneamento o planejamento,  projeto, construção, operação e manutenção de sistemas de captação, tratamento,  adução e distribuição de água, bem como a coleta, afastamento, tratamento e  disposição final de esgotos (IGAM, 2008).                                          Após vários avanços da ciência e da tecnologia, foram desenvolvidas técnicas  para solucionar os problemas sanitários. Porém, com o crescente aumento populacional, a poluição tem aumentado na mesma proporção que o consumo.  Exemplo disso é que está cada vez mais escasso o acesso à água, tornando-se  difícil resolver os problemas de saneamento, acarretando maior custo de  implantação e manutenção da infraestrutura de serviços (RIBEIRO, ROOKE, 2010).                                                                 A falta de saneamento básico está associada à poluição dos recursos  hídricos, poluição atmosférica, contaminação do solo, poluição visual e esta  diretamente ligada às infecções provocadas por doenças como diarreia, cólera,  dengue, hepatite tipo A, leptospirose, esquistossomose, entre outras, sendo que  88% das mortes causadas por diarreia no mundo são por falta de saneamento  adequado (IBGE, 2012). Os impactos causados pela falta de saneamento afetam  principalmente a taxa de mortalidade no pré-natal, mortes e doenças na infância,  através da transmissão hídrica (TRATA BRASIL, 2009).                                                                         Sendo assim o saneamento básico está voltado para a prestação de serviços  como o acesso à água potável, rede coletora e estação de tratamento de esgoto,  coleta de lixo urbano e disposição final adequada. A prestação desses serviços  contribui de forma positiva não só para os impactos ambientais e na saúde, como  também tem impacto significativo na economia, pois a cada R$ 1,00 investido em  saneamento é gerada economia de R$ 4,00 na área da saúde (OMS, 2003).                                 A população brasileira que não possui a cobertura desse serviço,  considerando-se apenas os municípios sem rede coletora, era de aproximadamente  34,8 milhões de pessoas, em 2008, ou seja, cerca de 18% da população brasileira estava exposta ao risco de contrair doenças em decorrência da inexistência de rede  coletora de esgoto (IBGE, 2008).

CONCEITO DE SANEAMENTO

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2003), saneamento é o  controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem  exercer efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e social. De outra forma,  pode-se dizer que saneamento caracteriza o conjunto de ações socioeconômicas que têm por objetivo alcançar a salubridade ambiental.                  De acordo com a Lei Ordinária 11.445/2007:  

I - saneamento básico: conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações  operacionais de: a) abastecimento de água potável: constituído pelas  atividades, infra-estruturas e instalações necessárias ao abastecimento  público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e  respectivos instrumentos de medição; b) esgotamento sanitário: constituído  pelas atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta,  transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários,  desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente; c)  limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,  tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e  limpeza de logradouros e vias públicas; d) drenagem e manejo das águas  pluviais urbanas: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações  operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção  ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e  disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas;  

        Conceitua-se como saneamento adequado a partir de quando os domicílios  são simultaneamente ligados à rede geral de abastecimento de água com  canalização interna, à rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e  atendidos pelo sistema de coleta de lixo domiciliar (IBGE, 1997).                                                                                 Conforme Souza, Freitas e Morais (2007), o saneamento esta voltado para  ações com à articulação institucional para que os sistemas de engenharia se  desenvolvam de forma efetiva a assegurar a sustentabilidade, realizando  adaptações tecnológicas às características físicas da área alvo, ficando a  responsabilidade pelas ações concentrada exclusivamente nas mãos dos  engenheiros e sua equipe de educação ambiental.  

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