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Para-raio

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Por:   •  6/3/2015  •  814 Palavras (4 Páginas)  •  626 Visualizações

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Na actualidade considera-se que a Electrotecnia faz o estudo da aplicação da

electricidade como meio de produção de bens ou de serviços. Por isso, ao conceito de

Electrotecnia está ligada uma componente utilitária. Na análise deste tema, corre-se o

risco de inferir, generalizando, uma ideia que a História mostra ser errónea — em meados

do século XVIII a electricidade era apenas uma curiosidade de gabinete aplicada para fins

lúdicos e só a partir de 1881 (na Exposição Internacional de Paris) se afirmou a utilidade

da Electricidade nas aplicações industriais e domésticas.

No âmbito da História da Electrotecnia deve inserir-se como aplicação da

electricidade para um fim útil, visando a redução dos prejuízos com as trovoadas, a

invenção do pára-raios, em meados do século dezoito, logo no início do estudo científico

da electricidade.

Tendo Benjamin Franklin (1706–1790) iniciado os seus estudos experimentais

sobre a Electricidade em 1743, enviou, em 1750 e desde Filadélfia, uma carta a Peter

Collison em Londres com um artigo onde fez uma sugestão sobre a utilização de um

pára–raios baseado no seu conhecimento experimental do poder das pontas e na hipótese

especulativa, admitida por vários filósofos, de que a trovoada era um fenómeno eléctrico

(“…se a matéria tronante e a matéria eléctrica não eram análogas” segundo a notícia de

um jornal da época). Nesse artigo, e para determinar “se as nuvens de trovoada estavam

electrizadas ou não”, propõe uma experiência de campo, actualmente designada por “da

guarita”.

Consistia a experiência da guarita proposta por B. Franklin em colocar no alto de

um estrado isolado uma guarita para manter seco o observador e a partir do meio do

estrado construir, com os devidos cuidados, uma haste de ferro que fora da guarita seHISTÓRIA

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Publicado na revista ELECTRICIDADE, nº 366, pp. 120–121, Maio de 1999

prolongasse na vertical por 7 ou 10 metros e terminasse em ponta afiada. Se o estrado

permanecesse seco e limpo seria possível electrizar a haste a partir de núvens de trovoada

baixas, como o provaria a extracção de faíscas da haste de ferro.

O artigo de B. Franklin para P. Collison conjuntamente com outros escritos

similares foi publicada em livro em 1751 em Inglaterra, e em 1752 foi traduzido para

Francês pelo naturalista T. F. Dalibard (1703–1779) e publicado em Paris com grande

divulgação. Enquanto que em Inglaterra a apresentação por W. Watson na Royal Society

das ideias expressas por Franklin no seu artigo provocou sorrisos e expressões de desdém,

em França Dalibard promoveu a realização da experiência proposta por Franklin. Em

Marly-la-Ville, nos arredores de Paris, a 10 de Maio de 1752, durante uma tempestade

saltaram faíscas quando se aproximou um condutor ligado à terra da haste metálica

vertical com 12 metros montada num estrado isolado. Poucos dias depois o resultado

desta experiência era comunicado à Academia das Ciências de Paris. Esta comunicação e

a divulgação do livro de B. Franklin lançaram outros estudiosos na repetição desta

experiência, e levaram algumas pessoas de elevada condição social a colocarem hastes de

ferro ligadas à terra na cumeada dos telhados de suas casas.

Entretanto em Filadélfia, no início do Verão de 1752, B. Franklin realizou a sua

experiência do papagaio, o que lhe permitiu ter a ponta afiada de uma pequena haste

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