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Para Raios

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Por:   •  10/5/2013  •  2.218 Palavras (9 Páginas)  •  666 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo levar ao conhecimento de projetistas, engenheiros e outros

interessados no assunto, algumas orientacoes tecnicas e praticas sobre a implantacao de Sistemas de

Protecao Contra Descargas Atmosfericas, baseado em nossa larga experiencia de instalacao, fabricacao ,

projeto e consultoria tecnica. Foi usada uma linguagem acessivel para facilitar o entendimento de leigos e

pessoas com poucos conhecimentos na area eletrica.

As orientacoes aqui contidas foram embasadas nas Normas Tecnicas NBR5419 / 2001 .

Recomendamos que a norma seja lida, antes de se iniciar qualquer projeto.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A fim de se evitar falsas expectativas sobre o sistema de protecao, gostariamos de fazer os

seguintes esclarecimentos:

1 - A descarga eletrica atmosferica (raio) e um fenomeno da natureza absolutamente imprevisivel e

aleatorio, tanto em relacao as suas caracteristicas eletricas (intensidade de corrente, tempo de duracao,

etc ), como em relacao aos efeitos destruidores decorrentes de sua incidencia sobre as edificacoes.

2 - Nada em termos praticos pode ser feito para se impedir a "queda" de uma descarga em determinada

regiao. Nao existe "atracao" a longas distancias, sendo os sistemas prioritariamente receptores. Assim

sendo, as solucoes internacionalmente aplicadas buscam tao somente minimizar os efeitos destruidores a

partir da colocacao de pontos preferenciais de captacao e conducao segura da descarga para a terra.

3 - A implantacao e manutencao de sistemas de protecao (para-raios) e normalizada internacionalmente

pela IEC (International Eletrotecnical Comission) e em cada pais por entidades proprias como a ABNT

(Brasil), NFPA (Estados Unidos) e BSI (Inglaterra).

4 - Somente os projetos elaborados com base em disposicoes destas normas podem assegurar uma

instalacao dita eficiente e confiavel. Entretanto, esta eficiencia nunca atingira os 100 % estando, mesmo

estas instalacoes, sujeitas a falhas de protecao. As mais comuns sao a destruicao de pequenos trechos do

revestimento das fachadas de edificios ou de quinas da edificacao ou ainda de trechos de telhados.

5 - Nao e funcao do sistema de para-raios proteger equipamentos eletro-eletronicos (comando de

elevadores, interfones, portoes eletronicos, centrais telefonicas, subestacoes, etc ), pois mesmo uma

descarga captada e conduzida a terra com seguranca, produz forte interferencia eletromagnetica, capaz de

danificar estes equipamentos. Para sua protecao, devera ser contratado um projeto adicional, especifico

para instalacao de supressores de surto individuais (protetores de linha).

6 - Os sistemas implantados de acordo com a Norma , visam a protecao da estrutura das edificacoes

contra as descargas que a atinjam de forma direta, tendo a NBR-5419 da ABNT como norma basica.

7 - E de fundamental importancia que apos a instalacao haja uma manutencao periodica anual a fim de se

garantir a confiabilidade do sistema. Sao tambem recomendadas vistorias preventivas apos reformas que

possam alterar o sistema e toda vez que a edificacao for atingida por descarga direta.

HISTÓRICO

O raio e um fenomeno da natureza que desde os primordios vem intrigando o homem, tanto pelo

medo provocado pelo barulho, quanto pelos danos causados.

Para algumas civilizacoes primitivas o raio era uma dadiva dos deuses, pois com ele quase sempre

vem as chuvas e a abundancia na lavoura. Para outras civilizacoes era considerado como um castigo e a

pessoa que morria num acidente de raio , provavelmente havia irritado os Deuses sendo o castigo

merecido. Havia tambem civilizacoes que glorificavam o defunto atingido por um raio, pois ele havia sido

escolhido entre tantos seres humanos , com direito a funeral com honras especiais.

Apos tantas civilizacoes o homem acabou descobrindo que o raio e um fenomeno de natureza

eletrica e por isso deve ser conduzido o mais rapidamente possivel para o solo, a fim de minimizar seus

efeitos destrutivos.

O primeiro cientista a perceber que se tratava de um fenomeno eletrico foi Benjamin Franklin

( 1752 ), que na epoca afirmou que apos a colocacao de uma ponta metalica em cima de uma casa, esta

atrairia os raios para si e a edificacao estaria protegida contra raios, caindo estes na ponta metalica.

Apos alguns anos, tomou conhecimento de edificacoes que tinham sido atingidas e o raio nao havia

caido na ponta metalica. Assim sendo, reformulou sou teoria e afirmou que a ponta metalica seria o

caminho mais seguro para levar o raio ate o solo com seguranca caso a ponta seja atingida por um raio. A

partir dai comecou-se a definir a regiao ate onde esta ponta teria influencia ( sec. XVlll - Gay Lussac ) e

comecou-se as esbocar os primeiros cones de protecao , cuja geratriz era funcao de um angulo pre

definido, resultando num cone com um raio de protecao.

Este

...

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