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Pellets e Briquetes

Por:   •  29/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.779 Palavras (12 Páginas)  •  344 Visualizações

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PANORAMA NACIONAL DE PRODUÇÃO DE PELLETS E BRIQUETES

2014


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        

2 PROCESSO DE PELLETZAÇÃO E BRIQUETAGEM DE RESÍDUOS        

2.1 PROCESSO DE PRODUÇÃO DE BRIQUETES        

2.2 TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DE BRIQUETE        

2.3 TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DE PELLETS        

3 NORMAS E ESPECIFICAÇÕES PARA ANÁLISE DE BRIQUETES E PELLETS        

4 MERCADO DE BRIQUETES E PELLETS NO BRASIL        

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS        

REFERÊNCIAS        


1 INTRODUÇÃO

É essencial diminuir o uso de fontes fósseis na geração de energia por causa das emissões de gases do efeito estufa (GEE). É essencial reduzir a emissão de GEE na ordem de 50 a 85% até 2050, possibilitando a estabilização da concentração atmosférica desses gases em níveis que propiciem mitigar os efeitos das alterações climáticas em curso (EDENHOFER et al, 2012)

O primeiro grande esforço visando a mitigar as emissões de GEE em escala global foi concretizado pelo Protocolo de Kyoto. Analisado e negociado no Japão em 1997, entrou em vigor em fevereiro de 2005, constituindo-se um compromisso pelo qual os países desenvolvidos tinham a obrigação de reduzir a quantidade de gases poluentes, em relação aos níveis de 1990, em pelo menos 5,2%, até 2012 (MAROUN, 2007).

No Brasil, o Governo Federal promulgou a Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, criando a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), pela qual se compromete, até 2020, em reduzir entre 36,1% e 38,9% as emissões de GEE. Dentre as principais medidas de mitigação de emissões e estabilização das concentrações de GEE está o aumento da participação energética originada de fontes renováveis.

O estudo de fontes alternativas e sustentáveis de energia tornou-se nos últimos anos uma área de pesquisa de grande importância. Dentro desse contexto, a utilização de biomassa para a geração de energia é vista como uma das alternativas à substituição dos combustíveis de origem fóssil. Um dos principais desafios dessa área é encontrar soluções para a utilização da biomassa de forma eficiente.

Biomassa é geralmente entendida como toda a matéria orgânica, não fóssil, de origem vegetal, animal ou microbiana. Para fins energéticos compreende: plantas cultivadas ou nativas; descartes das lavouras; florestas nativas ou cultivadas e resíduos florestais, ou de madeira inclusive de construções; esterco de animais domésticos; esgotos urbanos; lixo doméstico com resíduos de origem animal ou vegetal; formações orgânicas como a turfa; resíduos de matadouros e das indústrias de processamento de produtos agrícolas (GENTIL, 2008).

Os resíduos da biomassa podem ser utilizados como combustíveis sólidos, para a produção de energia nas condições em que se encontram, sob controle de umidade; podem também ser transformados em partículas menores através de processos mecânicos, ou ainda, compactados na forma de briquetes e pellets. (VALE; GENTIL, 2008)

Os briquetes e pellets resultam da compactação de resíduos lignocelulósicos, e são utilizados na geração de energia na forma de calor ou eletricidade. O diâmetro dos pellets pode variar entre 6 e 16 mm, enquanto os briquetes possuem diâmetro superior a 50 mm. Podem ser produzidos a partir de qualquer resíduo vegetal, como, por exemplo, serragem e restos de serraria, casca de arroz, sabugo e palha de milho, palha e bagaço de cana-de-açúcar, casca de algodão, casca de café, soqueira de algodão, feno ou excesso de biomassa de gramíneas forrageiras, cascas de frutas, cascas e caroços de palmáceas, folhas e troncos das podas de árvores nas cidades, dentre outros. As vantagens da compactação dos resíduos agrícolas e florestais são de cunho operacional, logístico, energético e ambiental.

Os briquetes e pellets são substitutos diretos da lenha em muitas aplicações, incluindo o uso residencial, em indústrias e estabelecimentos comerciais como olarias, cerâmicas, padarias, pizzarias, lacticínios, fábricas de alimentos, indústrias químicas, têxteis e de cimento dentre outros. O emprego de briquetes está difundido em países em desenvolvimento, e o de pellets em países mais desenvolvidos, pois requer maior nível de automação e controle do processo (BHATTACHARYA, 2002)

No Brasil são produzidos cerca de 1,2 milhão de toneladas de briquetes por ano. Destes, 930 mil t são de madeira e 272 mil t de resíduos agrícolas como bagaço de cana, palha e casca de arroz, resíduos de caroço de algodão entre outros (BRAZILIAN ASSOCIATION INDUSTRY BIOMASS AND RENEWABLE ENERGY, 2012). A taxa de crescimento da demanda de briquete é de 4,4% ao ano, o que demonstra a importância potencial no mercado de energia renovável (SILBERSTEIN, 2011).

Em relação ao cenário de pellets de madeira, a demanda mundial está aumentando rapidamente, devido à conveniência e facilidade de manuseio e transporte. Em 2010, o comércio mundial de combustíveis sólidos a partir da biomassa (excluindo carvão) ascendeu a 18 milhões de toneladas. Mais de 90% desse total foi de pellets (40%) resíduos de madeira (25%) e lenha (25%). A Europa utiliza aproximadamente 85% do total produzido no mundo, ressaltando-se que somente a Suécia responde por 20% desse consumo (SAWIN et al., 2012).


2 PROCESSO DE PELLETZAÇÃO E BRIQUETAGEM DE RESÍDUOS

2.1 PROCESSO DE PRODUÇÃO DE BRIQUETES

A produção de briquetes é uma forma de utilizar sobras de madeira e biomassa florestal para concentrar a sua energia, gerando assim um produto com poder calorífico melhor que o da lenha, melhorando a oferta interna de energia renovável e limpa. Produzido através dos processos de secagem e prensagem, o briquete é um produto inovador que pode substituir de forma eficaz a utilização de lenha, óleo, energia elétrica, gás e outras fontes de energia nos ramos industrial, comercial e residencial.

Diversos tipos de matéria-prima pode ser utilizado para a produção de briquetes como o pó de serra, maravalhas, casca de arroz, palha de milho, sabugo, bagaço de cana, pedaços descartados nas serrarias e diversos outros resíduos agroflorestais.

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