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Por:   •  10/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.604 Palavras (15 Páginas)  •  227 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que o crescimento da mortalidade por trauma é hoje um fenômeno mundial que atinge tanto países desenvolvidos como em desenvolvimento. Alguns fatores que contribuem para este quadro relacionam-se especialmente à vida urbana, ao ritmo econômico acelerado e às complexas relações sociais. No Brasil, os problemas de violência e os acidentes têm implicações de grande magnitude na saúde pública e, portanto, provocam forte impacto na morbidade e mortalidade da população. A estatística brasileira é alarmante, pois, segundo dados do Ministério da Saúde em 2001, ocorreram 120.819 mortes em conseqüência do trauma no Brasil.

Nesse sentido, estas lesões traumáticas têm impacto na sociedade, tanto para as vítimas como para seus familiares ocorrendo, além dos danos físicos e emocionais, prejuízos materiais e financeiros que se estendem por todo o período de recuperação e reabilitação.

1.1 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

O interesse em desenvolver uma proposta informatizada para o processo de enfermagem ao paciente politraumatizado de terapia intensiva emerge pelas seguintes considerações:

- Por constatar a alta incidência de morbimortalidade por trauma na Região da Grande Florianópolis - SC, atingindo pessoas nas mais variadas faixas-etárias e gerando seqüelas graves de incapacitação;

- Por ser o ambiente de terapia intensiva o local em que o paciente politraumatizado receberá assistência por tempo indeterminado;

- Por entender que a Enfermeira é profissional imprescindível da equipe de saúde, pois presta assistência a estas pessoas enquanto elas necessitarem;

- Pelos altos custos onerados ao sistema ao que diz respeito ao tratamento e reabilitação destas pessoas, na sua maioria, jovens saudáveis e produtivos;

- Por entender que a recuperação do paciente está diretamente relacionada à qualidade da assistência que é prestada. Dessa forma, torna-se fundamental que a enfermeira (re) estruture e (re) defina sua prática de maneira que esta venha a atender as perspectivas do cuidado das pessoas da região da Grande Florianópolis;

- Pela necessidade de uma assistência mais organizada, sistematizada e eficiente ao paciente politraumatizado;

- Por considerar a utilização da informática no ambiente clínico como uma possibilidade concreta para diminuir os erros humanos;

- Pela importância em dar continuidade ao trabalho iniciado em 1999 por Dal Sasso, Zabotti e Souza (2002), quando foi desenvolvida a primeira estrutura do processo de enfermagem informatizado ao paciente com alterações respiratórias e em seguida com alterações cardiovasculares em terapia intensiva, utilizando, naquele período, a CIPE versão Beta 2 e programada em linguagem Delphi.

Além disso, durante uma das disciplinas do Mestrado denominada Prática Assistencial que foi realizada em uma UTI Geral, nos meses de setembro a novembro de 2005 e visava organizar o processo de enfermagem a partir da Classificação Internacional da Prática de Enfermagem versão 1.0, detectaram-se algumas dificuldades enfrentadas pelas enfermeiras intensivistas. A primeira delas se relacionou com o acúmulo de atividades burocráticas que a enfermeira assume e que, por vezes, a afasta do cuidado direto ao paciente. Outro aspecto relevante foi quanto ao número reduzido de enfermeiras e demais profissionais de enfermagem que hoje atuam nas UTIs e que, reflete diretamente na qualidade da assistência prestada. Questões como: dificuldade na avaliação clínica do paciente; a inadequada estruturação para a coleta de dados e registros, bem como a interpretação das informações foram salientadas pelas enfermeiras durante o desenvolvimento da prática assistencial.

Assim sendo, o alto grau de morbimortalidade e as seqüelas apresentadas pelos pacientes politraumatizados, bem como a complexidade e a abrangência que envolve o cuidado de Enfermagem a este tipo de paciente, exigem da Enfermagem ações articuladas, individualizadas, integradas e contínuas às vítimas. Contudo, a atuação da pesquisadora em terapia intensiva fez perceber que a enfermeira se encontra, muitas vezes, atrelada em resolver as questões administrativas e burocráticas da UTI, especialmente no controle de materiais e pedidos, afastando-a da essência do cuidado. A assistência aos pacientes se dá, com freqüência por intermédio das prescrições médicas, cabendo à equipe de enfermagem executá-las.

Por conta disso, é importante ressaltar que o processo de enfermagem é reconhecido mundialmente como uma metodologia universal para organizar e sistematizar o cuidado de Enfermagem.

A partir daí, Dal Sasso (2005) deixa claro que a Sistematização Informatizada da Assistência de Enfermagem é o Processo de Enfermagem, porque envolve uma lógica que integra dado, informação e conhecimento no cuidado de Enfermagem.

Com o advento da informática, tornou-se também necessário definir um padrão de vocabulário capaz de descrever o que as enfermeiras fazem, como fazem e que resultados conseguem obter decorrentes da ação. Portanto, diferentes sistemas de padronização de registros clínicos foram desenvolvidos para a prática de enfermagem visando o desenvolvimento de um registro único de dados que possam, no prontuário dos pacientes, estar presentes e ser analisados (MARIN, 1995).

As propostas e modelos para classificar a prática de Enfermagem e a construção de terminologias continuam avançando, e atualmente com a aprovação da proposta para o desenvolvimento de um Sistema de Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem - CIPE (ICNP - International Classification for Nursing Practice) (MARIN, 2000; NÓBREGA e GUTIÉRREZ, 2000; SABA, 2002).

1.2 OBJETIVOS

- Desenvolver e avaliar o processo de enfermagem informatizado ao paciente politraumatizado de terapia intensiva via Web.

- Estabelecer os diagnósticos, as intervenções e os resultados de enfermagem identificados de acordo com a CIPE versão 1.0 em uma estrutura lógica informatizada de dados.

- Incorporar os dados informatizados em um ambiente via Web.

- Implementar o processo de enfermagem informatizado via Web, de acordo com a CIPE 1.0 ao paciente politraumatizado de terapia intensiva.

2 REVISÃO LITERÁRIA

Com o intuito de obter uma fundamentação mais abrangente que vise dar sustentação ao estudo, procurou-se organizar a revisão de literatura de acordo com as seguintes temáticas: o Paciente Politraumatizado

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