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Qualificação Profissional E Mercado De Trabalho

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Por:   •  12/10/2014  •  507 Palavras (3 Páginas)  •  394 Visualizações

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Qualificação profissional e mercado de trabalho

A sociedade brasileira é dinâmica, fecunda na geração de novos fenômenos e fatos, os quais sinalizam vivacidade. Para este dinamismo, concorrem vários fatores, entre eles, um contexto democrático no qual atuam diversos grupos de interesse que disputam palmo a palmo interpretações e diretrizes da ação pública para o equacionamento de grandes questões socioeconômicas.

É neste ambiente político, tomando-se a compreensão laica do termo, que as versões, muitas vezes, suplantam os fatos.

Dessa forma, como as relações entre mercado de trabalho e qualificação são centrais na definição das diretrizes de um modelo de desenvolvimento que implicam conflitos de visões e interesses, especialistas e grupos sociais organizados estão divididos sobre o assunto.

Por um lado, o maior dinamismo econômico que tem reflexo sobre o mercado de trabalho ao gerar elevação salarial é fenômeno que tem a lógica prevista e delineada nos bons textos da teoria econômica. Trata-se, neste sentido, de possibilidade integrante das regras de um jogo, amplamente aceito até o momento atual. Com este modelo, o Brasil ultrapassou, inclusive,

revoluções tecnológicas com perfil altamente conservador e de consequências nefastas para os trabalhadores do país, nos anos 1990.

Com o aceno do desenvolvimento, entretanto, para parte da grande mídia e segmentos do setor empresarial, o funcionamento das engrenagens do mercado agora em prol da valorização do trabalho parece gerar um estranhamento.

Assim, nos embates interpretativos sobre um novo padrão de funcionamento de seleções e contratações sob a égide do crescimento, surgiu a denominação “apagão de mão de obra”. Na prática, expressa um deslocamento da realidade atual que resultou em ampliação das dificuldades para compatibilização de qualificações requeridas e ofertadas, para uma situação hipotética de inexistência absoluta de trabalhadores qualificados, este novo “conceito” parece ter sido cunhado com a intenção calculada de impacto midiático.

Se aceito sem questionamento, por se acreditar bom mobilizador social para o legítimo e necessário debate acerca da escolaridade e da qualificação profissional, o discurso do “apagão de mão de obra” pode gerar um afastamento das soluções reais para os problemas do mercado de trabalho no país. Afinal, muitas vezes repetido, este raciocínio acaba por hegemonizar a

ideia de que as limitações à produtividade e ao desenvolvimento se devem às características da própria força de trabalho.

Vista de modo crítico pelo DIEESE, que considera esta colocação reducionista e distorcida, outro posicionamento diante deste ponto é adotado.

Para o DIEESE, os fundamentos da dessincronia entre qualificações demandadas e oferecidas no mercado de trabalho nacional encontram-se, hoje, no histórico desequilíbrio e nas desigualdades que orientaram a disponibilidade e absorção produtiva dos trabalhadores brasileiros. Assim, motivada pela ideia de que este debate pauta o desenvolvimento centrado no

trabalho, a instituição vem produzindo vários estudos sobre as relações entre

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