Relatório Técnico para obtenção de Outorga de Água
Por: Milton de Souza Macedo Neto • 6/5/2015 • Relatório de pesquisa • 4.511 Palavras (19 Páginas) • 3.195 Visualizações
RELATÓRIO TÉCNICO PARA OBTENÇÃO DE OUTORGA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA
- POÇO TUBULAR PROFUNDO - POÇO 1
COORDENADAS: 19º 43' 55,0'' E 47º 58' 39,0''
BACIA HIDROGRÁFICA ESTADUAL: RIO UBERABA
BACIA HIDROGRÁFICA FEDERAL: RIO GRANDE
REQUERENTE: RESPONSÁVEL TÉCNICO:
ATLÂNTICA BRASIL INDUSTRIAL LTDA. MILTON DE SOUZA MACEDO NETO
CNPJ: 60.398.914/0010-75 ENG. DE MINAS - CREA/MG: 62.084/D
AVENIDA FRANCISCO PODBOY, 1701 RUA MAJOR EUSTÁQUIO, 21 APTO. 402
DISTRITO INDUSTRIAL I – UBERABA – MG CENTRO – UBERABA – MG
CEP: 38.056-640 CEP: 38.010-270
FONE: (34)3321-6126 FONE: (34) 3075-0874
e-mail: nilson@atlantica.com.br e-mail: reyball@gmail.com
Uberaba (MG) - Junho de 2007
SUMÁRIO
1. Caracterização e descrição geral do empreendimento 3
2. Geologia Local 4
3. Caracterização do sistema aqüífero 5
4. Finalidade do uso e Tipos de consumo da água no empreendimento 6
5. Balanço do uso da água no empreendimento 6
6. Condições de reservação 8
7. Métodos de tratamento e Sistema de recirculação de água 8
8. Justificativa da vazão requerida e Regime de Operação do Poço 9
9. Avaliações e observações sobre métodos de controle de vazão e níveis de água e interferências 10
1. Caracterização e descrição geral do empreendimento
A empresa ATLÂNTICA BRASIL INDUSTRIAL LTDA., localizada à Avenida Francisco Podboy, 1701, no Distrito Industrial I, Uberaba (MG), ocupa uma área de 16,79 ha sendo que deste total 2,40 ha são utilizados pelo empreendimento para a consecução de seu objetivo social, incluída aqui áreas dos setores de apoio, as áreas destinadas à circulação, estocagem, manobras e estacionamento, as áreas efetivamente utilizadas ou reservadas para disposição ou tratamento de efluentes e resíduos, dentre outras utilizações.
A atividade principal é de industrialização de couro (curtume), para confecção de bancos para veículos, do tipo NOBUCK com produção média diária prevista de 1.500 (um mil e quinhentos) peles/dia que serão acondicionadas em armazém próprio indústria, devidamente embaladas e prontas para expedição.
Para atingir esta produção a empresa tem cerca de 300 funcionários entre contratados e terceirizados revezando-se e efetuando serviços em dois turnos diários de oito horas, durante o período de segunda a sexta-feira.
O processo industrial inicia-se com o couro pré-curtido (WET-BLUE).
Na etapa de remolho é feito um banho das peles pré-tratadas no píquel onde são adicionados produtos curtentes e alcalinizantes (CaCO3) para uma difusão do emitente no interior da pele e posterior fixação dos curtentes às proteínas.
Após esta etapa o couro é comprimido entre dois rolos recobertos com filtros para remoção do excesso de água. É a etapa de enxugamento. Com o couro enxuto são feitas à quantificação e divisão das peles e as mesmas são encaminhadas para as rebaixadeiras onde a pele passa em máquina própria para acerto de sua expressiva. Observa-se que nesta etapa gera resíduos sólidos denominados serragem de rebaixadeira, que é composta de pequenos pedaços de fibra. Após inspeção e classificação a pele volta para uma lavagem inicial e adição de curtente para fixação final do curtente às proteínas da pele.
A etapa de neutralização consiste em colocar o couro em fulões onde é submetido a um banho sob agitação contendo solução de acetato de sódio, bicarbonato de sódio para neutralizar a acidez leve contida no couro. No mesmo fulão acima descrito, o couro passa por uma recurtição final atingindo as características finais.
O couro é tingido na cor desejada através de solução de corantes ácidos. Vale ressaltar que nesta operação é realizada com volume de água variável em função da maior ou menor penetração desejada do corante.
Após o tingimento os couros engraxados com óleo vegetal, animais ou sintéticos com o objetivo de lubrificar fibras da pele. As peles ainda passam por lavagem final para limpezas.
Na etapa de estiramento, o couro sofre estiramento através de placas metálicas perfuradas onde o couro é preso por ganchos esticados para aderir à superfície. Após o couro é seco através de secadores a vácuo que são mesas de aço inoxidável onde o mesmo é estendido e recoberto por uma segunda chapa, formando vácuo através de uma bomba que acelera o processo de evaporação.
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