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SEGURANÇA E ORGANIZAÇÃO

Trabalho Universitário: SEGURANÇA E ORGANIZAÇÃO. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  2/10/2014  •  3.346 Palavras (14 Páginas)  •  271 Visualizações

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4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1 Trabalhar de acordo com as regras

Existem muitos fatores que podem colocar em risco a saúde e a segurança do trabalhador dentro de uma oficina mecânica, desde produtos perigosos até poluição sonora e a disposição irregular de equipamentos e peças. Assim como outros assuntos que antes eram deixados de lado, a preocupação com a integridade dos profissionais da reparação e fabricação nos dias atuais mudou muito, sendo que hoje este aspecto já é parte obrigatória da rotina das oficinas.

Em primeiro lugar devemos lembrar que o Ministério do Trabalho e a Legislação em vigor exigem que os empresários forneçam material de proteção e treinamento para os seus funcionários, que por sua vez têm a obrigação de usá-los. O problema é que muitas vezes os equipamentos não são disponibilizados, e em algumas ocasiões o próprio funcionário se recusa a utilizá-los.

A lei recomenda itens básicos como nível de iluminação adequado, equipamentos de proteção coletivos (EPC) e os equipamentos de proteção individuais (EPI). Além disso, é importante um layout interno da área do trabalho com as devidas sinalizações.

Uma seqüência lógica no layout da oficina, por exemplo, reduz o tempo de trabalho e minimiza os riscos de acidentes, afinal o trabalhador não precisa ficar andando de um lado para o outro desnecessariamente. Acidentes custam caro, então essas ações acabam repercutindo em benefício financeiro para o empregador e em bem estar para os funcionários.

O ambiente de trabalho em geral deve ser estruturado para também resguardar a integridade do funcionário. Um bom sistema de exaustão para expelir os gases corretamente, iluminação adequada, áreas específicas para determinadas tarefas.

Em situações de emergência e em casos de acidentes a oficina deve ter uma caixa de primeiros socorros com anti-séptico (mertiolate), esparadrapo, algodão, curativo pronto (bandaid), etc. Lembrando que qualquer medicação é proibida. É importante ter também um convênio com hospitais e os telefones do corpo de bombeiros, ambulância, polícia, resgate e o endereço da oficina sempre em um local de fácil visualização.

Além disso, a manutenção preventiva das instalações deve ser feita regularmente, como a substituição de lâmpadas queimadas, verificação do estado da fiação elétrica e das tomadas, manter o local de trabalho limpo, o piso deve estar sempre alinhado, pías e ralos desentupidos, eliminando vazamentos se existirem, providenciar a instalação de ventiladores onde for necessário e manter portas e acessos sempre livre. É importante ter um vestiário com armários para guardar as roupas entre outros itens de conforto e higiene para os funcionários, como um chuveiro, espaço para descanso e um lugar para a integração dos colaboradores da empresa. O empresário ganha com estas iniciativas, pois o cliente tem uma boa impressão do local e os funcionários sentem-se mais motivados.

Prezar pela saúde do trabalhador também evita acidentes e hoje muitas oficinas iniciam o dia com um exercício físico, o que além de ajudar na sua saúde ainda o deixa mais disposto e mais motivado para o trabalho.

Quando o funcionário está com mais disposição, ele ganha qualidade de vida e melhora sua produtividade. Tudo isso diminui o risco de acidentes e proporciona mais descontração na área de trabalho, criando assim um ambiente agradável.

4.2 Importância da implantação do Layout na organização

Os fatores higiênicos satisfazem necessidades que quando não atendidas diminuem a produtividade e o interesse do empregado, acarretando prejuízos á empresa. Aí se incluem o salário, a segurança, as condições ambientais do trabalho e outros fatores diretamente ligados a manutenção e ao bem estar físico do homem. Em outras palavras, os fatores higiênicos não estimulam uma produtividade além dos índices normais, embora à ausência possa diminuir os índices normais de produtividade.

Implantar e manter uma boa distribuição do trabalho são funções essências do estudo de organização, pois encontram-se intimamente ligadas a qualidade do trabalho, ao desempenho e satisfação do empregado e a própria consecução dos objetivos e metas fixadas pelo órgão.

O estudo do arranjo físico de móveis e equipamentos em qualquer local de trabalho é de importância indiscutível, pois disso depende do bem estar o melhor rendimento das pessoas. Uma boa disposição de móveis e equipamentos faculta maior eficiência dos fluxos de trabalho e uma melhoria na própria aparência do local.

Para a determinação de um arranjo físico torna-se aconselhável informar-se sobre as atividades a serem desenvolvidas em certo espaço disponível, sobre as dimensões e características dos móveis, máquinas e equipamentos necessários as operações que ali serão desenvolvidas, bem como, sobre o número de empregados que serão ali lotados e suas respectivas condições e fluxos de trabalho.

4.3 Equipamentos de proteção X Leis

Para evitar problemas com o Ministério do Trabalho é obrigatório que o empresário disponibilize para seus trabalhadores além dos equipamentos de proteção coletiva (EPC) e das devidas manutenções do ambiente de trabalho, os equipamentos de proteção individual, também conhecido por (EPI). Óculos, luvas, creme protetor para as mãos, protetor auricular, sapatos específicos e outros objetos que são extremamente importantes para o trabalhador na hora em que realizará o serviço.

A NR– 6 trata de Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Ela estabelece e define os tipos de EPI’s a que as empresas são obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre que as condições de trabalho o exigirem, a fim de resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 166 e 167 da CLT.

Prover os equipamentos, assim como o devido treinamento para uso é de responsabilidade do empregador, mas é obrigação do funcionário utilizá-los de forma correta, o que nem sempre acontece. Muitos funcionários se recusam a utilizar os equipamentos de proteção individual por não entender que essa prática vai resguardar sua integridade física e sua segurança no dia-a-dia do trabalho. É uma questão de conscientização.

O funcionário recebe o EPI juntamente com um treinamento especifico de como ele deve ser usado e assina um documento que comprova o recebimento dos mesmos. Assim sendo, o funcionário que descuida do uso dos equipamentos de proteção, apesar de tê-los recebido, pode receber uma advertência do empregador.

É importante lembrar que acima de 50 funcionários a empresa é obrigada a constituir a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), que tem a função de observar e relatar condições de risco nos ambientes de trabalho, solicitar medidas para reduzir e até eliminar os riscos existentes, discutir os acidentes ocorridos, encaminhando aos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e ao empregador o resultado da discussão, solicitando medidas que previnam acidentes semelhantes e ainda orientar os demais trabalhadores quanto à prevenção de acidentes, para que todos trabalhem sem riscos. A fiscalização sobre o uso do EPI fica por conta do empresário e é uma garantia para evitar processos posteriores com funcionários que venham a apresentar problemas de saúde no futuro.

A utilização dos EPI`s por parte dos funcionários é uma questão de amadurecimento desta filosofia, como o cinto de segurança, que antes ninguém usava e hoje já faz parte da rotina do motorista. Tem que ser trabalhada a maturidade para que tanto o empresário quanto o trabalhador sintam a necessidade de como é importante usar os equipamentos, criar o hábito, afinal, os benefícios são para eles mesmos.

4.4 Acidente Zero no Trabalho

O que é acidente? Se procurar a resposta em um bom dicionário encontrará - acontecimento imprevisto, casual ou não, ou então – acontecimento infeliz que resulta em ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria ruína, etc. Nesse sentido, é muito importante observar que um acidente não é simples obra do acaso e pode trazer conseqüências indesejáveis. Em outras palavras acidentes podem ser previstos, e se podem ser previstos podem ser evitados.

Quem se dedica à prevenção sabe que nada acontece por acaso no universo, muito menos o que costumamos chamar de acidente. Todo acidente tem uma causa definida, por mais imprevisível que pareça ser. Os acidentes em geral são o resultado de uma combinação de fatores, entre eles, falhas humanas e falhas materiais.

Vale lembrar que os acidentes não escolhem hora e nem lugar, podem acontecer em casa, no lazer, no ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções que fazemos de um lado para o outro para cumprir nossas obrigações diárias.

Quanto aos acidentes do trabalho, o que se pode dizer é que grande parte deles ocorre porque os trabalhadores encontram-se despreparados para enfrentar certos riscos.

Portanto devemos todos ter conhecimento e refletir sobre as conseqüências do acidente no trabalho para a vítima, para a família, para a empresa e para a sociedade.

Numa sociedade democrática as leis existem para delimitar os direitos e os deveres dos cidadãos. Qualquer pessoa que sentir que seus direitos foram desrespeitados pode recorrer à Justiça para tentar obter reparação por perdas e danos sofridos em conseqüência de atos ou omissões de terceiros.

As decisões da justiça são tomadas com base nas leis em vigor. Conhecer as leis a fundo é tarefa dos advogados. Mas é bom que o cidadão comum, ou seja, o trabalhador também tenha algum conhecimento sobre as leis que foram elaboradas para proteger seus direitos. Por isso, é importante saber o que a legislação brasileira entende por acidente do trabalho. Afinal, nunca se sabe o que nos reserva o dia de amanhã.

Na nossa legislação, acidente de trabalho é definido pelo Decreto n° 611/92 de 21 de julho de 1992, que diz:

Art. 139 - Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda, pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporária.

O acidente típico do trabalho ocorre no local e durante o horário de trabalho.

É considerado como um acontecimento súbito, violento e ocasional. Mesmo não sendo a única causa, provoca no trabalhador uma incapacidade para a prestação de serviço e em casos extremos, a morte.

Pode ser conseqüência de um ato de agressão, de um ato de imprudência ou imperícia, de uma ofensa física intencional, ou de causas fortuitas como, por exemplo, incêndio, desabamento ou inundação.

4.5 Organização de Oficina

Já se foi o tempo que oficina mecânica era sinônimo de sujeira e desorganização. Hoje as oficinas mecânicas de todos os portes (pequeno, médio e grande) podem se utilizar de ferramentas (técnicas) que ajudem na organização da oficina. Uma das técnicas bastante utilizadas nas oficinas e grandes montadoras é a técnica do gerenciamento visual. Entender como os elementos e técnicas do gerenciamento visual são usados para organizar e controlar uma oficina é o nosso objetivo. Esta técnica ajuda a assegurar aderência aos padrões e promover uma comunicação efetiva por toda a organização diminuindo o tempo de serviço executado nas atividades, mantendo a qualidade e conseqüentemente aumentado os lucros.

4.6 Objetivos do Gerenciamento Visual na Oficina

O Gerenciamento Visual têm os seguintes objetivos:

• Promover segurança: Um ambiente onde problemas de segurança são eliminados.

• Promover Zero Defeito: Um ambiente onde condições para atingir Zero Defeito, Zero falhas, Zero desperdício, são estabelecidos e mantidos por todos.

• Compartilhar informações: Tornar visível todas as informações necessárias para controles de estoque, operações, equipamentos, qualidade, segurança e melhoria contínua.

• Detectar anormalidades: Todo padrão deve ser facilmente reconhecido para que desvios e anormalidades sejam imediatamente detectados.

• Recuperação rápida do processo: Se todas as informações forem claras, visíveis e de linguagem comum, as anormalidades passam a ser facilmente reconhecidas possibilitando assim uma rápida recuperação do processo.

• Promover Prevenção: Ao invés de estarmos fazendo correções, devemos prevenir anormalidades antes de ocorrerem, evitando assim os problemas.

• Eliminação de Desperdício: Sistemas Visuais demonstram claramente esforços e fontes que não adicionam valor ao produto.

• Poder de Decisão aos Empregados: Quando os padrões são visíveis e claros, os empregados têm condições de responder rapidamente aos problemas e atendem aos padrões estabelecidos.

• Promover Melhoria Contínua: Sistemas visuais ajudam a entender melhor todas as partes do nosso processo e encontrar mais oportunidades de melhoria.

4.7 Higiene e Segurança

A segurança Industrial é hoje considerada um importante capítulo da organização do trabalho. Sua finalidade é reduzir ao mínimo possível as probabilidades de ocorrência de acidentes.

De acordo com esse conceito moderno, toda ocorrência não programada que venha a interromper a continuidade do trabalho, ou que venha a interferir na sua continuidade é considerada acidente. Como se percebe, essa conceituação é muito mais ampla que a definida pela lei de acidentes de trabalho.

De acordo com o nosso conceito, o elemento caracterizador da ocorrência é a corrupção ou a interferência na continuidade da atividade. As lesões pessoais que possam advir da ocorrência são apenas um elemento a mais na caracterização. Pode-se dar ou não a lesão pessoal, quando da ocorrência que afetou a continuidade do trabalho.

A Segurança, diferente do que muitos supõem não é função exclusiva de um órgão especializado da empresa (Serviço, Divisão, Departamento etc.), tampouco é responsabilidade única das comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA), mas também, de todos aqueles que ocupam posição de chefia na empresa porque, em verdade, segurança é responsabilidade inerente à função de quem comanda ou supervisiona.

4.8 Para atingir seus objetivos, a Segurança Industrial visa:

• Pesquisar e estudar as causas ou fatores dos acidentes ocorridos.

• Inspecionar periodicamente os equipamentos e instalações da empresa.

• Promover a educação do pessoal no que diz respeito às questões de prevenção de acidentes e higiene industrial.

• Colaborar na introdução de melhores métodos de trabalho e determinar o emprego de aparelhos e dispositivos de proteção e segurança. Participa da aplicação de medidas disciplinares aos empregados que infringem normas e regras de segurança.

• Elaborar estatísticas dos acidentes ocorridos, determinando-lhes os coeficientes de gravidade e de freqüência.

4.9 Organização e Limpeza

Além de tornarem o ambiente de trabalho mais agradável, evitam que o fogo se inicie e se propague por um descuido qualquer. Lixo espalhado geralmente é fonte inflamável, podendo ter como conseqüência a ocorrência de incêndios.

Também o setor administrativo deve merecer muita atenção, pois o volume de material combustível, representado por móveis, cortinas, carpetes e forros é muito grande, possibilitando grande risco de incêndio.

Manutenção adequada de instalações elétricas, máquinas e equipamentos.

Cuidado com as instalações elétricas ocupam um dos primeiros lugares como fonte causadora de incêndio. Elas devem ser projetadas adequadamente e receber manutenção constante. Fios e componentes desgastados devem ser substituídos. Devem ser evitadas as improvisações ou gambiarras. A realização de serviços na área somente deve ficar a cargo de pessoas capacitadas.

Os equipamentos e máquinas devem receber manutenção e lubrificação periódicas, para evitar o aquecimento que gera calor, colocando em risco o ambiente de trabalho.

A NR–12 (Máquinas e Equipamentos). Estabelece as medidas prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação à instalação, operação, e manutenção de máquinas e equipamentos, visando à prevenção de acidentes do trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 184 e186 da CLT.

Já a NR-26 trata de Sinalização e Segurança. Estabelece a padronização das cores a serem utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes de trabalho, de modo a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. A fundamentação legal, específica e ordinária que da embasamento jurídico a existência desta NR é o artigo 200 inciso VIII da CLT.

4.10 Prevenção Contra Incêndios

Grandes incêndios acontecem e a única certeza que fica é a que todos eles começaram de um pequeno foco iniciado com a formação do triângulo do fogo. Um pequeno foco pode ser um fósforo aceso jogado por engano num cesto de lixo ou um curto circuito num aparelho de ar-condicionado.

A prevenção é um assunto tão importante que mereceu até legislação específica.

No Brasil, a própria Constituição e a Consolidação das Leis do Trabalho determinam que sejam cumpridas normas que têm por objetivo garantir condições seguras de trabalho.

A NR-23, que trata de Proteção Contra Incêndio, estabelece que todas as empresas devem possuir proteção contra incêndios, saídas para a rápida retirada do pessoal em caso de incêndio, equipamentos para combater o fogo em seu início e pessoas treinadas no uso desses equipamentos.

Para ser bem sucedido na prevenção de incêndios é preciso antes de tudo, ter mentalidade prevencionista e espírito de colaboração. A melhor medida para prevenir incêndios, como já foi dito, é evitar a formação do triângulo do fogo, o que pode ser conseguido por meio de algumas medidas básicas, como por exemplo:

• Armazenamento adequado de material;

• Organização e limpeza dos ambientes;

• Manutenção adequada de instalações elétricas, máquinas e equipamentos;

Materiais inflamáveis devem ser guardados fora dos edifícios principais, em locais bem sinalizados, onde a proibição de fumar deve ser rigorosamente obedecida.

4.11 Agentes Químicos

Certas substâncias químicas, utilizadas nos processos de produção industrial, são lançadas no ambiente de trabalho intencionalmente ou acidentalmente. Essas substâncias podem apresentar-se nos estados sólido, líquido e gasoso.

No estado sólido, temos poeiras de origem animal, mineral e vegetal, como a poeira mineral de sílica encontrada nas areias para moldes de fundição. No estado gasoso, como exemplo, temos o GLP (gás liquefeito de petróleo), usado como combustível nos fogões, como também o argônio usado em processos de soldagem. No estado líquido, temos os ácidos, os solventes, as tintas e os inseticidas domésticos.

Esses agentes químicos ficam em suspensão no ar e podem penetrar no organismo do trabalhador por:

• Via respiratória: Essa é a principal porta de entrada dos agentes químicos, porque respiramos continuadamente e tudo o que está no ar vai direto aos nossos pulmões. Se o produto químico estiver sob forma sólida ou líquida, normalmente fica retido nos pulmões e provoca a curto ou longo prazo sérias doenças chamadas pneumoconioses, como o edema pulmonar e o câncer dos pulmões. Se estiver no ar sob forma gasosa, causa maiores problemas de saúde, pois a substância atravessa os pulmões, entra na corrente sangüínea e vai alojar-se em diferentes partes do corpo humano, como no sangue, fígado, rins, medula óssea, cérebro e etc, causando anemias, leucemias, alergias, irritação das vias respiratórias, asfixia, anestesia, convulsões, paralisias, dores de cabeça, dores abdominais e sonolência.

• Via digestiva: Se os trabalhadores comerem ou beberem algo com as mãos sujas ou ficarem muito tempo expostos a produtos químicos, parte das substâncias químicas será ingerida junto com o alimento, atingindo o estômago e provocando sérios riscos à saúde.

• Epiderme: Essa via de penetração é mais difícil, mas se o trabalhador estiver desprotegido e tiver contato com substâncias químicas havendo deposição no corpo serão absorvidas pela pele. A maneira mais comum da penetração pela pele é o manuseio e o contato direto com os produtos perigosos, como arsênicos, álcool, cimento, derivados de petróleo, etc. Causam câncer e doenças de pele conhecidas como dermatoses.

• Via ocular: Alguns produtos químicos que permanecem no ar causam irritação nos olhos e conjuntivite, o que mostra que a penetração dos agentes químicos pode se dar também através dos olhos.

É importante tomar cuidado com os diferentes produtos químicos empregados nas indústrias e até em casa. Faça um levantamento dos produtos químicos que você utiliza, leia os rótulos das embalagens e informe-se sobre os efeitos que podem provocar no organismo humano.

4.12 Responsabilidade Social da Direção

Todos aqueles que ingressarem na direção de uma empresa devem reexarninar corajosamente as condições determinantes do êxito ou fracasso. Uma direção com senso de responsabilidade requer a renovação de todos os velhos conceitos e práticas comerciais. Esta renovação significa a criação de incentivos e condições de trabalho que originem e vitalize a produção e a distribuição de mercadorias como interesse comum. Pois que provavelmente, o conceito mais revolucionário da moderna direção está na sincera de que existe profunda relação entre o bem-estar público e o privado, que a direção, servindo o público, serve melhor a si mesma.

A direção atual procura o incremento da produção, fazendo os seus produtos mais atraentes para o maior número de consumidores mediante a redução do preço, embora mantendo ao mesmo tempo a qualidade. Isto explica o interesse da direção no aumento das entradas de todas as pessoas da comunidade, de modo que possam tornar-se consumidores. A direção moderna sabe perfeitamente que o êxito comercial duradouro só pode advir de um desejável serviço social. Hoje em dia, a direção deve ajustar-se ao bem estar total da nação e trata-se de continuar a colher benefícios. Pois que os negócios em todas as suas modalidades dependem para o seu êxito da população socialmente assegurada, de um povo sadio e bem informado, das pessoas cuja participação nos frutos do seu trabalho cria para os negócios, mercado sempre amplo. Assim, pois os diretores de estabelecimentos, não só por eles e pelos empregados, mas pela comunidade inteira, como um todo interessado no bem geral.

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