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Trabalho Preciso

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Por:   •  11/3/2014  •  598 Palavras (3 Páginas)  •  298 Visualizações

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Em sala de aula a professora pergunta aos seus alunos: – O que vocês querem ser quando crescer? Várias crianças levantam a mão. Eu me sinto tímida, calada e com um imenso frio na barriga.

Alguém diz que quer ser médico, o outro bombeiro, outro engenheiro e outro, ainda, responde astronauta. Continuo muda e rezando para que ninguém lembre que eu existo por conta da grande timidez que já fazia parte do meu mundinho.

Quando naquele minuto de silêncio que demorou horas veio a pergunta crucial: – E Você, Rita Alonso? O que quer ser quando crescer? Senti meu rosto queimar, minha respiração ficar ofegante, mas num rompante inesperado, respirei fundo e com uma voz bem pequenininha consegui responder: – Quero ser professora!

A seguir a cena que nunca mais esqueceria em toda a minha vida: Uma gargalhada geral ecoou por toda a sala puxada pela própria “Tia Terezinha”, que complementou o horror da cena dizendo: – Minha filha, só se você quiser morrer de fome!

E, novamente, mais gargalhadas!

Nestes meus 20 anos em sala de aula, todas as vezes que me sinto cansada, desanimada, com vontade de desistir lembro deste triste e importantíssimo episódio que marcou definitivamente na escolha da minha carreira e, principalmente, me vêm à mente o sentimento de determinação e força de vontade para galgar um caminho que eu sempre tive certeza de ter absoluta vocação.

Poucos anos depois deste fato, conheci a professora Elisa. Ela era linda, decidida e revolucionária em seus métodos de ensino. Ensinou-nos o significado de palavras como “personalidade”, “determinação”, “sentimento”, “talento”… Ah, que saudades eu sinto desta professora principalmente quando ela resolveu ler o livro “Meu Pé de Laranja Lima” no finzinho das aulas. Cada dia um capítulo, cada dia uma lágrima…

Vejo este dois casos -duas professoras diferentes- como decisivos na vida do aluno, a importância da conscientização por parte dos professores de seu papel como formador de opinião, de caráter e, até, em muitos casos, de auxiliar na formação de personalidade. E mais ainda: a importância de nossas atitudes quando se fecha a porta e ficamos no palco de uma sala de aula.

Aos 14 anos comecei a dar aulinhas de recreação na antiga LBA (Legião Brasileira de Assistência) no Parque da Gávea e lá, ainda, ingressei num projeto na Secretaria Estadual de Educação, onde alunos adultos assistiam num monitor à novela da Secretaria de Educação chamada “João da Silva” e após a novela educativa eu ministrava aulas de português, matemática, ciências… Logo a seguir entrei para o projeto MOBRAL, alfabetizando jovens e adultos. Desta experiência, a minha maior conquista foi ensinar uma senhora de 64 anos de nome D. Pedrina a ler e a escrever.

Até o dia em que peguei um ônibus e fui fazer minha inscrição para o vestibular nas “Faculdades Integradas Estácio de Sá” na Rua do Bispo.

Exatamente! A UNESA não era universidade ainda e só existia no bairro do Estácio-RJ. Consegui o segundo lugar do meu curso no vestibular. Terminei a primeira faculdade, fiz a segunda e ganhei bolsa integral para a pós-graduação. Daí comecei a dar aulas na própria faculdade, não parei mais e lá se vão

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