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Turismo E As TICs

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Por:   •  16/9/2014  •  2.103 Palavras (9 Páginas)  •  486 Visualizações

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O TURISMO E AS TIC´s

RESUMO:

Este é um artigo sobre a utilização da Tecnologia daInformação na atividade turística. O objetivo principal é descrever aspossibilidades de utilização da TI como suporte áqueles que trabalham noTurismo, de forma que possam escolher a melhor opção de acordo com oprojeto a ser implantado.Como que por um acaso do destino, COSTA (2001) afirma que o Turismoe as TIC (temas deste artigo) constituem duas das maiores e maisdinâmicas indústrias do mundo, o que nos leva a acreditar na importânciada inserção do Turismólogo no uso e aplicação da Tecnologia daInformação nas suas atividades profissionais.

Palavras-chave:

tic. turismo. comunicação. informação

PARTE 1

De acordo com as Recomendações da Organização Mundial deTurismo/Nações Unidas sobre Estatísticas de Turismo, o conceito é

as atividades que as pessoas realizam durante suas viagens epermanência em lugares distintos dos que vivem, por um período de tempoinferior a um ano consecutivo, com fins de lazer, negócios e outros.

A origem do termo Turista

No findar do século 16, ao se formarem em seus estudos, os filhosda aristocracia britânica eram presenteados com uma viagem de cerca de 4 anos,no percurso de vários países da Europa, com a finalidade de adquirir experiência eao mesmo tempo em que servia como complementação de sua formação. Por causa da demorada estadia fora de seu país, esta viagem era chamada de gran-tour

É o tour que originou a palavra turista.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Pelo que se estuda, mais especificamente na Wikipedia, define-se que o nascimento do Turismo se deu no Século 19, quando se considera que as pessoas se deslocavam espontaneamente para descansar, aumentarem sua cultura, tratar de negócios ou para manter a proximidade familiar. Por outro lado, se deve considerar também que, em função de acontecimentos de grande amplitude, as pessoas muitas vezes se vêm obrigados a se deslocar, como por exemplo, as guerras, a migração, o comércio, etc.

Idade Antiga

Encontra-se registros da História da Grécia Antiga, onde se aprende que o turismo tinha grande importância. Um grande destaque no Turismo daquela época eram as olimpíadas, que proporcionava grande deslocamento de pessoas, que além de participarem de eventos esportivos, participavam ativamente de eventos religiosos, como por exemplo, as visitas aos oráculos de Delfos e ao Oráculode Dódona.

Idade Média

Os conflitos existentes na Idade Média, aliados à recessão econômica que imperou naquela época, levaram a um retrocesso nas realizações do turismo. Contudo, o que se manteve estável, foram as peregrinações religiosas. Foi nesta era que iniciaram expedições à Jerusalém, com povos saindo de várias regiões, e se iniciaram as peregrinações pelo Caminho de Santiago e as viagens anuais para Meca. As peregrinações contavam com pessoas de todas as classes sociais, inclusive com reis e sua côrte. Estes grandes volumes de pessoas se deslocando, por vários dias, deram origem aos estabelecimentos de hospedagem.

Ao se analisar a linha do tempo da história, se percebe que foi na Idade Média que Portugal, Inglaterra e Espanha deram impulso às expedições marítimas, fato este que despertou interesse em viagem para países mais distantes.

Idade Contemporânea

Nesta era, se considera dois grandes fatores como propulsores da atividade do turismo: a ascensão econômica da burguesia e o advento do transporte a vapor. Assim, se deixa de utilizar os veículos com tração animal para se utilizar otrem e o barco a vapor reduzindo consideravelmente o tempo dos deslocamentos.Com esta supremacia nos transportes marítimos, muitos países iniciaram as viagens intercontinentais, que favoreceu tanto as viagens turísticas quanto a migração. Por outro lado, a malha ferroviária da Europa permitia que muitas regiões com beleza natural fossem exploradas, dando origem ao turismo de montanha.

PARTE 2

Segundo CRUZ & GÂNDARA (1999), em tempos atuais os efeitos da tecnologia são diferentes daqueles da revolução industrial. São mais democráticos, mais pessoais, mais sutis e profundos. Como ensina MCKENNA(1998), os efeitos da tecnologia estão mudando as percepções essenciais, os julgamentos de valores, os relacionamentos e os mercados. Esta mudança ocasionou que o velho mundo dos negócios se torna-se o novo mundo digital, que para RAPP & COLLINS (1998), trata-se de um acontecimento ímpar, e bastante singular, e por se tratar de economia, altera intensamente o mercado. Um rápido olhar na recente linha do tempo da história, mostra que a competitividade de uma empresa na década de 80 era baseada na qualidade. Após, nos anos 90 a reengenharia era a mola propulsora para as inovações empresariais. Em tempos de século XXI, a mensuração é o delay entre o momento em que se obtém a informação e a velocidade em que se toma uma decisão. GATES (1999) diz que isto resultará na alteração dos estilos de vida dos consumidores e suas expectativas em relação às empresas. Sobre este mesmo tema, VALLS (1996) percebe que as informações que fluem através dos meios de comunicação são objetivas, instantâneas e completas, com isto o turista evita o embaraçoso e lento processo de busca e seleção de informações em diversas fontes.

A INFORMAÇÃO

VAITSMAN(2001), entende a informação como “fenómeno conhecido, fato ou acontecimento, algo que esta estritamente ligado ao passado enão ao futuro.” MENDES (2006), explica que informação é um conjunto de dados agrupados, de forma que se forneça subsídios à tomada de decisão. Como a decisão é que torna o planejamento em ação, para se administrar um empreendimento na multifacetada globalização, a informação foi elevada ao posto de principal patrimônio da empresa, ao ponto de que, se a empresa ter seus dados perdidos ou adulterados, sua competitividade cai consideravelmente. Ao se estabelecer relações entre a informação e o Turismo, VINCENTIM (1999) explica que na ótica do cliente, o turismo é formado basicamente pela informação. De acordo com GADOTTI (1999), a informação tem reconhecidamente grande importância no turismo, pois o produto turístico é um serviço, e por isso as informações devem ser precisas e confiáveis, de forma que os viajantes tenham subsídios para fazer suas escolhas, considerando que não é possível fazer um

test- drive do que se quer comprar. Segundo O´CONNOR (2001),se o produto não for o que se esperava quando se pagou, não se pode rever facilmente seu dinheiro de volta. De acordo com GADOTTI (1999), o grande número de pessoas que se deslocam entre cidades, estados e países, vem apresentando crescimento acelerado nas últimas décadas, fazendo com que a indústria do turismo expanda-se rapidamente, ao mesmo tempo em que as mudanças experimentadas na sociedade moderna no meio ecológico, no meio social, no meio cultural, no mundo do trabalho, no mundo do lazer e no mundo empresarial, indicam a necessidade de que as organizações modifiquem sua estrutura organizacional, de forma que seja sustentável sob diversos pontos de vista CAPRA (2002).Neste aspecto, GADDOTI evidencia que a estruturação da informação no turismo estará muito ligada à utilização da Tecnologia da Informação,que através de suas ferramentas e softwares , permite tanto ao gestor quanto ao turista, ter subsídio que lhe permitam a forma mais agradável de investir seusrecursos.

A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO

Chamam-se de TIC´s às Tecnologias de Informação eComunicação (NTICs), que são as tecnologias e métodos para comunicar surgidasno contexto da Revolução Informacional, "Revolução Telemática" ou TerceiraRevolução Industrial, desenvolvidas gradativamente desde a segunda metade dadécada de 1970 e, principalmente, nos anos 1990. (Wikipedia, 2007)MENDES (2007) explica que as TIC´s são a evolução do conceito deTI, que antes se resumia aos computadores e seus periféricos. Com o advento dainternet, houve a convergência das duas tecnologias, a da informação e a dacomunicação, originando equipamentos que utilizavam as duas filosofias. Assim, oque antes era possível somente em computadores específicos, atualmente os equipamentos e softwares

da TIC permitem ao usuário obter informação, de forma interativa e remota, a partir de dados que foram previamente inseridos na maquina. Assim, tem-se os computadores pessoais , as impressoras, câmeras de vídeo, webcams, celular, TV, email, internet, fotografia, cinema, redes de acesso (com fio e sem fio).

AS TIC´s E O TURISMO

Para MARBACK (1999) a importância da utilização das TIC´s no turismo é grande, pois considera que para se ter um destino turístico virtual, é necessário não só a informação geral sobre o contexto geográfico, ambiental econômico e social, como também muitos dados específicos e informaçõesexaustivas.Neste cenário, LAGE (2000) destaca possíveis ações on-linecapazes de intensificar a importância da internet junto ao setor turístico. A autoraidentifica a ampliação do “self-service”, visto que o site fica disponível 24 hs, demodo que se pode promover uma maior articulação entre empresários,consumidores e fornecedores, aumentando e potencializando os contatos entreessas elementos integradores do sistema turístico.Esta ampliação, citada acima, corrobora COSTA (1998), queconsidera 3 efeitos bem definidos do uso das TIC´s:

Novos modelos de intermediação mais eficientes;

crescente relação direta entre ao administradores de serviço eseus clientes;

Personalização e melhoria da proposta ao cliente.As conseqüências são traduzidas como vantagens:

diminuiçãos de custos;

melhoria da comunicação;

incremento do conhecimento das organizações.Em importante pesquisa realizada no Brasil COSTA (1998) informaque os turistas cada vez mais vêm elegendo seus destinos através das TIC´s, desobremaneira pela internet. Nesta, analisou quatro parâmetros: atratividade,velocidade da conexão, organização dos conteúdos e o design do site.A atenção no desenvolvimento destes itens revestem-se deimportância porque a atratividade pode levar o internauta a comportar-se como umturista em potencial. Em relação a velocidade de conexão, quanto mais rápido, masfacilmente o usuário pode se descolar pelo espaço virtual em busca de informações.Quanto a organização dos conteúdos, quanto mais diretas as informações contidasnos links, mas facilmente se conduz o internauta a outro link, enquanto que o quantomais simples o design do site (cores, letras e imagens harmoniosas e com efeitosque não desviam a atenção) mais sucesso se terá.Assim, em um site que se deseja muitos acessos, é imprescindívelque contenha informações corretas e atualizadas sobre o aspectos geográficos,localização, estabelecimentos comerciais, telefones, hospitais, transporte, banco,eventos da cidade, centros culturais, meios de hospedagem, etc.

INTERNET: A GLOBALIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO

Um dos gênios do século XX, DRUCKER (2000), sentenciou que“Na geografia do mercado digital, simplesmente se eliminou a distância”. ParaMARBACK (1999), a tecnologia gradativamente está tornando o mundo menor, equanto mais rápido os avanços tecnológicos forem incorporados, assegurandopioneirismo, ganhos de produtividade e competitividade, a inovação representará achave para a sobrevivência e o sucesso das empresas contemporâneas.Contextualizando esta definição em Turismo, se pergunta de queforma as novas tecnologias favorece a tendência do Turismo em ter fronteiras cadavez menos demarcadas em relação ao seu meio ambiente, uma vez que mais setrabalha em "em rede", dentro delas, os seus colaboradores também trabalharemcada vez mais "em redes de relacionamento.ABREU & COSTA (2000), parecem responder a isso, quando dizemque “o setor de turismo pode ser bastante beneficiado com o uso da internet, vistoque pode diminuir bastante consideravelmente seus custos de reserva, utilizando-sesistemas que permitem a reserva automática, sem intervenção humana, já adotadospor algumas grandes redes de hotéis ao redor do mundo”. Para MARBACK (1999)esta realmente é a tendência, e está ancorada na informação e no conhecimento,que são instrumentos do mundo globalizado.O que se espera desta tendência é o desenvolvimento econômico, oque, de acordo com DRUCKER (1998), só será viável a partir do aumento continuoda produtividade, aliado à inserção de mais trabalhadores especializados em seusegmento, que dominem e introduzam tecnologias de ponta no mercado do turismo,e que falem outros idiomas.

CONCLUSÃO

Para MARBACK (1999), desde o final do século passado, odesenvolvimento de um destino turístico esta cada vez mais atrelado ao avanço dasTIC´s. Para o turismo, a informação é básica em todas as instâncias de cadeia devalor, recurso vital e estratégico que se deve principalmente, à sua oferta deprodutos e serviços. Para cada pessoa que embarca para um destino turístico, háuma grande quantidade de informações processadas e comunicadas.Com isso, LOVELOCK & WRIGHT alertam que “o grande desafiopara os profissionais de serviços é ser flexível, tratando cada pessoa mais comoindividuo do que como um clone do cliente anterior”. Isso remete ao uso intensivode sistemas de Relacionamento com o Cliente, onde cada ação do cliente sejaregistrada, para que se transforme em informações que permitam oferecer-lhe nofuturo, propostas personalizadas ao seu estilo de vida. Essas iniciativas encontramorientação em COSTA (2001), onde orienta que as TIC´s tornaram-se um dos maisimportantes determinantes da competitividade do setor do turismo.

REFERÊNCIAS

ALBERTIN, Alberto L. Comércio Eletrônico. Modelo, aspectos e contribuições de sua aplicação. São Paulo Atlas, 1999.

CAPRA, F. As conexões ocultas. Ciência para uma vida sustentável. Editora Cultrix. São Paulo 2002.

COSTA, Moabe Breno Ferreira. Internet e a potencialização da actividade turística. In Turismo-visão e ação. Ano 1, nº 1, jan.1998. UNIVALI: 1998.

CRUZ, Gustavo da. GÂNDARA, José M. G. O turismo, a hotelaria e as tecnologias digitais. UNIVALI, 1999

DRUCKER, P. F. O desafio dos países desenvolvidos. HSM Management. São Paulo, v2, n.11,mai./jun.1998

DRUCKER, Peter. Administrando em tempos de grandes mudanças. São Paulo: Pioneiras, 1999

GADOTTI, Sara Joana. O processo de Gestão da Informação nas empresas de lazer e entretenimento de Balneário de Camboriú. UNIVALI:1998

GATES, Bill. A empresa na velocidade do pensamento. São Paulo:Companhia das Letras, 1999

LAGE, B,. Helena Gelas. A comunicação de massa e turismo. Turismo teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000.

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