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USO DO GÁS NATURAL EM ALTERNATIVA AO GLP EM EDIFÍCIO RESIDENCIAIS DE SALVADOR - BA

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Por:   •  15/7/2014  •  5.027 Palavras (21 Páginas)  •  901 Visualizações

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USO DO GÁS NATURAL EM ALTERNATIVA AO GLP EM EDIFÍCIO RESIDENCIAIS DE SALVADOR – BA

Miriam de Oliveira B. Sousa*

Marcos Jorge Almeida Santana**

Resumo

O crescimento acelerado da cidade do Salvador favoreceu o surgimento de alternativas ao uso do gás liquefeito de petróleo em edifícios residenciais. O gás natural canalizado ganhou espaço no cenário Soteropolitano com início da operação da Companhia de Gás da Bahia – Bahiagás. Esse trabalho comenta sobre as instalações das redes, propriedades dos gases e custo de consumo, comparando as vantagens e desvantagens nesses aspectos e apresenta um pequeno estudo de campo realizado para comparar o consumo e os valores de uma conta para os dois tipos de gases.

Palavras-chave: Gás, Gás Liquefeito de Petróleo, Gás Natural.

Abstract

The accelerated growth of the city of Salvador favored the emergence of alternatives to the use of liquefied petroleum gas in residential buildings. Natural gas gained channeled space in the scenario Soteropolitano starting the operation of the Gas Company of Bahia - Bahiagás. This paper comments on the premises of the networks, properties of gases and cost of consumption, comparing the advantages and disadvantages in these aspects and presents a small field of study done to compare the consumption and figures from one account to the two gases.

KeyWords: Gas, Liquefied Petroleum Gas, Natural Gas.

* Miriam é aluna de engenharia civil do ultimo semestre da Universidade Católica do Salvador

** Marcos Jorge é doutor em Engenharia Urbana pela USP-SP

1 -Introdução

O uso do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) no Brasil como gás combustível para cocção de alimentos é muito popular, por ser de fácil transporte e armazenamento. Essa utilização é feita muitas vezes sem responsabilidade podendo gerar inúmeros acidentes como sempre ouvimos falar. Botijões conectados de forma irregular e/ou usados de forma imprópria podem ser vetores de grandes acidentes domésticos. As instalações de redes de distribuição de gás canalizado, tanto Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) como Gás Natural (GN), evitam o contato direto de pessoas comuns com os botijões, sendo o reabastecimento dos vasilhames e a manutenção das redes, realizado por profissionais especializados para o serviço. Botijão dentro de apartamentos está cada vez mais em desuso, principalmente em novos empreendimentos em que se dá ênfase a distribuição predial de gás, por questões de segurança, praticidade e as vantagens são inúmeras, poupa-se o espaço que o botijão ocuparia, o fornecimento é ininterrupto.

A crescente demanda de utilização de gás natural aponta como uma grande alternativa do uso de fontes combustíveis tradicionais, tais como GLP, óleo e carvão. (FELIX e MACHADO,2005). O estado da Bahia é um grande produtor de gás natural – possuindo reservas da ordem de 24 bilhões de m³ de gás, mas o seu consumo ainda é relativamente baixo em comparação as suas reservas – consome cerca de 6 mil m³/dia (ANP – Agência Nacional de Petróleo). Por isso, o fornecimento de gás natural para residências se tornou um mercado atrativo e em expansão na Bahia, como alternativa ao uso do conhecido gás de cozinha, GLP. Em vista disso, a Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás) no ano de 2004 começou a fornecer o GN aos domicílios da capital do estado, Salvador. Hoje, apenas dois bairros da capital possuem rede de distribuição de GN canalizado da Bahiagás, são os bairros da Pituba e do Imbuí, mas o crescimento da malha de distribuição é contínuo, com previsão de distribuição do gás para condomínios localizados na Av. Luis Viana Filho.

O uso do GN em residências trouxe um conceito de segurança e modernidade, ajudando as pessoas a terem economia e qualidade de vida (FELIX e MACHADO,2005). A instalação predial da rede de distribuição de gás natural (GN) em edifícios de Salvador segue um padrão pré-estabelecido pela empresa fornecedora do produto, Bahiagás, que elaborou no ano de 2004 o RIP (regulamento de instalação predial), que confere parâmetros que foram estabelecidos de acordo com as NBRs 14570/2000; 13103/2006 e a lei mucinipal n° 5690/1999.

Este trabalho está dividido em Introdução, Histórico, que descreve a composição dos gases e suas propriedades, um Estudo de Caso que mostra o comparativo do consumo dos gases para os mesmos equipamentos e a Conclusão onde são feitas algumas considerações finais propondo o uso do gás natural.

Desenvolvimento

2.1 - Gás Natural (GN)

O Gás Natural (GN) é composto por uma mistura de hidrocarbonetos leves originados da decomposição de matéria orgânica fossilizada ao longo de milhões de anos, freqüentemente encontrado em combustíveis minerais, isoladamente ou acompanhado de petróleo. É mais leve do que o ar, não tóxico, incolor e inodoro. Sendo uma fonte de energia limpa, podendo ser utilizada em substituição a fontes de energia mais poluentes, como óleo combustível, lenha e carvão.

Por estar no estado gasoso, o gás natural não precisa ser atomizado para queimar. Isso resulta numa combustão limpa, com reduzida emissão de poluentes e melhor rendimento térmico, o que possibilita redução de despesas com a manutenção e melhor qualidade de vida para a população. (FELIZ E MACHADO 2005). O gás natural caracteriza-se por sua eficiência, limpeza e versatilidade e é altamente valorizado em conseqüência da progressiva conscientização mundial da relação entre energia e o meio ambiente. Segundo a definição da NBR 14570/2000 o gás natural é descrito como hidrocarbonetos combustíveis gasosos, essencialmente metano, cuja produção pode ser associada ou não a produção de petróleo.

As especificações do gás para consumo na região nordeste do Brasil na Portaria n° 128, de 28 de agosto de 2001, é emitida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), as quais podem ser resumidas em:

• Poder calorífico superior (PCS) a 20 °C e 1 atm: 9.256 Kcal/m³;

• Enxofre total: 70 mg/m3 máximo;

• O2: 0,5 % em volume

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