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A Comissão de Energia Atômica da ONU

Por:   •  29/8/2020  •  Projeto de pesquisa  •  378 Palavras (2 Páginas)  •  174 Visualizações

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O programa nuclear brasileiro começa a criar forma em 1956, cinco anos após a criação do Conselho Nacional de Pesquisa (atual CNPq), direcionado pelo almirante Álvaro Alberto da Motta e Silva. Um dos seus objetivos era desenvolver conhecimentos para a trabalhar com a energia nuclear. Para isso, foi passado ao público que o Programa era um meio de desenvolvimento econômico, científico e tecnológico do país. Álvaro Alberto foi representante do Brasil na Comissão de Energia Atômica da ONU e já tinha tentado um plano de desenvolvimento nuclear apresentando-o ao Conselho de Segurança Nacional (CSN) por meio da Academia Brasileira de Ciências (ABC), em 1946.

Porém, essa não foi a primeira vez que houve tentativa de criar um conselho de ciências. Desde a década de 1930 havia propostas, mas todas fracassavam, devido a grande mentalidade conservadora brasileira da época, impulsionada pela oligarquia cafeeira contrária a mudanças.

O Brasil, que exportava urânio para os Estados Unidos, pelo Projeto Manhattan de 1942, decidiu, por proposta de Álvaro Alberto, além de cobrar valor monetário, também queria conhecimentos técnicos para auxiliar na pesquisa brasileira, desejando poder dominar o ciclo completo da produção de energia atômica, tornando-o independente de outros países nessa área. Além do apoio estadunidense, houve uma aproximação com a Alemanha Ocidental também, firmando, em 1953, um acordo de importação de tecnologias nucleares e ultracentrífugas. Devido à oposição dos EUA, só chegaram ao Brasil em 1957.

Durante todo o seu projeto, houve diversos polêmicas e problemas, como as Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPI) de 1956 e 1978 sobre a questão nuclear e a revelação no governo Sarney a capacidade do Brasil de enriquecer urânio, o que estava fora do regime de salvaguardas internacionais. Além disso, pode-se citar problemas de funcionamento das usinas em Angra. Por esses motivos, o Programa Nuclear Brasileiro nunca foi consensual, havendo contestações e indagações quanto a finalidade do projeto.

Mas mesmo com tudo isso, o Programa continua ativo e avançando, muito pelos seus diversos usos como pesquisas tanto na área nuclear, como em reator multipropósito para diagnóstico de câncer, além de fornecer energia elétrica, principalmente, para o estado do Rio de Janeiro. O Brasil possui, também, a sexta maior reserva de urânio do mundo, facilitando o funcionamento do projeto.

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