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A DETERMINAÇÃO DO TEOR DE HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO NO LEITE DE MAGNÉSIA E ÁCIDO ACETILSALICÍLICO

Por:   •  14/4/2022  •  Relatório de pesquisa  •  2.318 Palavras (10 Páginas)  •  213 Visualizações

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE TECNOLOGIA

CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS

MINISTRANTE:  JOSE ELSON SOARES FILHO

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO NO LEITE DE MAGNÉSIA E ÁCIDO ACETILSALICÍLICO

Componente: Diógenes Moura Junior

TERESINA – PI

MARÇO/2022

  1. INTRODUÇÃO

Uma das substâncias orgânicas mais comumente encontradas na indústria farmacêutica e que vem ganhando cada vez mais destaque na área é o Ácido acetilsalicílico (AAS, C8O2H7COOH ou C9H8O4). Uma vez que, o mesmo é frequentemente encontrado como princípio ativo de um dos medicamentos mais comercializado mundialmente, a aspirina, que pertence ao grupo dos fármacos anti-inflamatórios não esteroides que atuam como antipiréticos, no abaixamento de febres; analgésicos, no alivio de dores; e anti-inflamatórios, no tratamento de inflamações [1,2]. Ademais, apesar do uso do Ácido acetilsalicílico assegurar diversos efeitos benéficos, atuando principalmente na prevenção de doenças cardiovasculares, derrames cerebrais, tromboembolismo pulmonar entre outras, o mesmo limita-se, pois a depender do organismo ele pode trazer o risco de efeitos adversos indesejáveis [2]. A figura abaixo apresenta a estrutura do AAS:

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Figura 1 - Estrutura do Ácido acetilsalicílico [3].

Visto isso, vale destacar que a realização do controle de qualidade nas industrias dos fármacos é de extrema importância para o controle não só de eficácia e credibilidade, mas também de qualidade e segurança [4].  A qualidade de um medicamento não se trata unicamente de uma questão comercial em si, mas também moral e legal. No campo da saúde, o não cumprimento das exigências e qualidades consideradas imprescindíveis podem acarretar complicações como: falta de eficácia no tratamento devido à subdosagem terapêutica e efeitos tóxicos provocados por super doses terapêuticas [5]. Com isso, a fim de garantir os devidos requisitos necessários durante a fabricação dos medicamentos, as indústrias farmacêuticas necessitam cumprir as determinações impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), definidas pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 17, de 16 de abril de 2010, que dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos de uso humano [4]. Dessa forma, o controle analítico dos fármacos é de grande interesse químico, visto que os comprimidos podem apresentar quantidades de princípios ativos diferentes das indicadas na fórmula e, não obstante terem um peso regular, bastando que os pós a comprimir apresentem diferentes densidades para que sejam desigualmente distribuídos [6].

Nesse ponto de vista, segundo Skoog (2006), a titulação volumétrica de neutralização é amplamente utilizada no processo de determinação da concentração de analitos constituídos por ácidos ou bases ou qualquer um que possa ser convertido nessas espécies por meio de um tratamento adequado [7]. O ácido acetilsalicílico (AAS) de massa molar 180,16 g/mol, por sua vez pode ser determinado através da volumetria de neutralização utilizando uma solução padrão de hidróxido de sódio e como indicador do ponto final da titulação, uma solução alcoólica de fenolftaleína 1%. Dessa forma, quando a reação de neutralização do AAS se encontrar estequiométrica e tendo conhecimento do número de mols de NaOH empregado na titulação, é possível determinar a concentração do AAS no comprimido [8,9]. Tanto na Figura 2 quanto na Equação 1 é mostrado a reação de neutralização.  

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Figura 2 - Reação de neutralização do ácido acetilsalicílico [10].

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Equação 1 – Reação de neutralização

Outro grupo de fármaco amplamente comercializado mundialmente são os antiácidos que comumente são consumidos por pessoas que sofrem com perturbações gástricas, originadas pelo excesso do ácido estomacal, ácido clorídrico [12]. Em que, comumente é encontrado em sua composição pelo menos uma das seguintes substancias: bicarbonato de sódio, carbonato de cálcio, carbonato de magnésio, hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio e trissilicato de magnésio. Uma das opções mais barateadas e encontradas no mercado é “leite de magnésia”, composto de uma suspensão de hidróxido de magnésio em água [3]. O seu uso como antiácido deve-se ao fato de ser uma substância alcalina, que atua neutralizando a hiperacidez estomacal e reduzindo a sensação de queimação. Sua propriedade laxativa explica-se pela reação com o ácido clorídrico (HCl) do suco gástrico, que produz, além de água, o cloreto de magnésio (MgCl2), uma substância higroscópica, ou seja, capaz de absorver umidade, o que lubrifica as paredes do intestino e intensifica os movimentos peristálticos, eliminando a constipação intestinal (popularmente conhecida como prisão de ventre). Além disso, o leite de magnésia também estimula a liberação da colecistoquinina, um dos principais hormônios que controlam o processo de digestão [11]. A reação responsável pela ação antiácida deste medicamento é representada pela seguinte equação química:

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Equação 2 - Reação de neutralização

A análise do teor de hidróxido de magnésio numa amostra de "leite de magnésia" não pode ser feita por titulação direta, devido à baixa solubilidade deste composto, que dificulta a determinação do ponto de equivalência da titulação. Por essa razão, utiliza-se o método de Retrotitulação, no qual o hidróxido é totalmente neutralizado por uma quantidade em excesso, porém conhecida de solução ácida padrão [13].

2.OBJETIVO

Nesta prática, desejou-se determinar o teor de hidróxido de magnésio Mg(OH)2 em amostras de leite de magnésia. Já na segunda parte do estudo, objetivou-se determinar a quantidade de ácido acetilsalicílico presente na amostra   de Aspirina empregando   uma   titulação   direta   contra   uma   solução   padrão   de hidróxido de sódio.

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