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A Magia das Cores

Por:   •  1/12/2022  •  Projeto de pesquisa  •  3.864 Palavras (16 Páginas)  •  119 Visualizações

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TEMA

Química Geral

TÍTULO

A Magia das Cores

CARGA HORÁRIA

- 2 bimestres

N° DE TURMAS

- 1 turma (30 alunos)

INTRODUÇÃO

À primeira vista parece difícil pensar em um ponto de encontro entre a arte e a ciência. Desde a infância aprendemos na escola disciplinas separadamente, sendo que na arte sempre se prezava pela subjetividade, criatividade e interpretação, e nas disciplinas científicas, como a Química e a matemática, valorizava-se sempre a razão, o método e a obtenção de resultados concretos. Será que é possível aumentar o interesse dos nossos alunos pela relevante história da Ciência? E como as aulas de Química com arte poderão contribuir para isso? O desenvolvimento da inteligência não é simples questão de associações empíricas, mas uma construção na qual o sujeito, em cada estágio do desenvolvimento produz novidades, diferentes do que existia antes, porém construídas a partir das anteriores.

Nesse contexto, a química, enquanto uma disciplina que propõe o estudo de conceitos abstratos, demanda que os sujeitos que procuram compreendê-la vivenciem esse processo construtivo, de forma a permitir um entendimento cada vez mais complexo das situações em análise, possibilitado pelos novos elementos aprendidos.

JUSTIFICATIVA

A Química é a ciência que estuda a matéria, a sua composição, as transformações químicas por ela sofridas no decorrer dos tempos e as variações de energia que acompanham estas transformações, representa uma parte importante em todas as ciências naturais, básicas e aplicadas. Contudo o ambiente escolar deve promover conhecimentos que contribuam para o desenvolvimento intelectual e social, que sejam úteis na teoria e na vida prática. Assim o aluno aprende por diversas situações e experiências. Vygotsky (1998) apresenta em suas pesquisas, que o ser humano passa por dois processos de formação dos conceitos. O primeiro processo ocorre na fase infantil, quando a criança, em suas experiências cotidianas, desenvolve habilidades fora da escola, em convivência familiar e com outras pessoas. O segundo processo apresentado diz respeito à formação dos conceitos científicos, ocorrido na escola, sendo sistematizado por experiências de cunho científico, com maior grau de complexidade (SILVA et al, 2006).

Passear por um jardim num dia de Primavera ou atravessar um parque em pleno Outono são momentos que tornam evidente a importância que a cor assume na natureza. A cor é um tema apaixonante tanto para a Ciência como para a Arte e a sua percepção é uma característica da experiência humana da qual, na realidade, sabemos muito pouco.

Resumidamente pode dizer-se que a percepção da cor se dá em três estádios diferentes, cada um deles envolvendo processos complexos: excitação de diferentes tipos de células da retina dos nossos olhos pela luz visível a valores de comprimento de onda distintos, transmissão do impulso nervoso ao cérebro através do nervo ótico e interpretação do sinal que chega ao córtex cerebral. O cérebro determina a cor analisando a sensibilização de cada tipo de célula da retina.

Do ponto de vista físico-químico, a cor é um fenómeno que resulta da interação da radiação eletromagnética na zona do visível com a matéria. O homem é capaz de ver nesse intervalo de valores de comprimento de onda a que correspondem diferentes cores, entre o violeta e o vermelho, num contínuo como o arco-íris, e cuja mistura constitui a luz branca. A cor de um objeto resulta assim, de um modo simplificado, da absorção seletiva de luz a alguns valores de comprimento de onda, refletindo o objeto os restantes. Por exemplo, a cor verde das folhas das plantas deve-se à absorção de radiação pelas moléculas de clorofila nas regiões do vermelho e do azul do espectro do visível, sendo a luz verde refletida. Um material que absorve todos os comprimentos de onda da luz visível é preto enquanto outro que não absorve nenhum é branco.

A cor pode assim ser devida à utilização de pigmentos ou corantes. Os pigmentos são materiais inorgânicos que se apresentam sob a forma de pequenas partículas ligadas entre si pelo aglutinante (óleo, ovo ou mesmo saliva ou gordura animal utilizados pelos artistas rupestres) e que são os principais constituintes das tintas usadas em pintura. Quanto aos corantes, substâncias coradas de natureza orgânica, são solúveis em água e/ou álcool e fundamentalmente usados em tinturaria e na alimentação. Nos pigmentos inorgânicos, os elementos de metais de transição desempenham um papel muito importante na produção de cor enquanto nas moléculas orgânicas dos corantes este fenómeno deve-se fundamentalmente à existência de ligações duplas alternadas.

De acordo com Piaget (2001), o desenvolvimento da inteligência é uma construção por parte do sujeito, uma criação contínua, ou seja, o sujeito que realiza um trabalho e tem ideias novas, mesmo que modestas, as desenvolve no curso de seus esforços. Segundo o mesmo autor, a chave para o mistério da compreensibilidade do mundo é a criatividade, pois o mundo é compreensível somente na medida em que a mente cria os instrumentos para interpretá-lo; assim, é necessário criar para compreender. Dessa forma, compreende-se que o conhecimento é uma leitura interpretativa da realidade, e não simplesmente uma cópia.

ÁREA DO CONHECIMENTO / COMPONENTES CURRICULARES

Ciências da Natureza  - Componente curricular: Química.

Linguagens e Suas Tecnologias - Componente curricular: Arte

Matemática e Suas Tecnologias

COMPETÊNCIAS GERAIS:

2 - Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

4 - Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

9 – Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10 - Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

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