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A POLARIDADE DE MOLÉCULAS

Por:   •  4/6/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.514 Palavras (7 Páginas)  •  194 Visualizações

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RESUMO[pic 1]

Foi constatado através do experimento a existência e inexistência de polaridade de determinadas amostras de substâncias pela sensibilidade das mesmas quando submetidas à um campo elétrico, bem como pela análise da dissolução de polar em polar e apolar em apolar. Em adição, os resultados indicaram a capacidade de miscibilidade das amostras imanente às forças intermoleculares e consequentemente á seu índice eletronegativo.


1 INTRODUÇÃO                                                                        

Na natureza, a grande diversidade de substâncias presentes é também acompanhada das distintas propriedades que as constituem diferenciando-as, tais como miscibilidade, solubilidade, etc. O estudo da estrutura molecular dos átomos em si, bem como o conceito de polaridade e a definição de forças intermoleculares, procuram a facilitação do compreendimento destes variados comportamentos que se podem observar.

A começar pelo conceito de ligação química, um atómo quando interagido com outro produz forças que tendem ao agrupamento dos mesmos. Das mais fortes ligações conhecidas, se destacam as iônicas seguidas das covalentes, sendo esta primeira responsável pela associação de forças eletrostáticas, enquanto esta última visa o compartilhamento de elétrons (RUSSEL,1994).

A presença de polaridade em determinada substância pode ser validada informalmente na diferença de eletronegatividade entre os pares ligantes. Acontece que alguns átomos possuem essa capacidade eletronegativa de exercer força suficiente para que o compartilhamento de elétrons seja atraido mais fortemente para seu lado, tornando o momento dipolo resultante acentuado. Caso não haja tal discrepância e seu momento dipolo resultante seja nulo, a molécula pode ser dita como apolar (que não possui dipolo). Esta definição vale, para efeito de praticidade, a utilização deste conceito na prática de solubilização, onde somente haverá solução homogênea se ambos compostos reagidos forem polares ou ambos forem apolares (ATKINS, 2012).

Outro método prático para verificação de polaridade em moléculas consiste na sua variação de comportamento perante a um campo elétrico. Moléculas polares tendem, de acordo com o seu índice eletronegativo, apresentarem relativa sensibilidade quando submetidas a campos elétricos; por outro lado, moléculas apolares não sofrem grande influência dos mesmos, mantendo seu curso inalterável (KOTZ, 2005). Nesta prática foi utilizado, para verificação de polaridade, o método de eletrização por atrito, o qual consiste na aproximação de corpos e sua consequentemente troca de carga elétrica (SILVA, 2011).

Vale ressaltar que, por mais que alguns compostos apresentem caráter predominantemente polar, pode haver determinada porcentagem (mesmo que ínfima) de sua composição que apresente características apolares, e vice-versa, tornando-o um composto anfifílico (RUSSEL, 1994).

Os objetivos da prática a seguir consistem na avaliação do comportamento de determinadas substâncias submetidas a um campo elétrico, a classificação das mesmas quanto a sua polaridade e a influência da polaridade em sua solubilização.


2 PARTE EXPERIMENTAL                                                                      

2.1 Materiais e reagentes

Os seguintes materiais foram utilizados no experimento:

  • Agitador tipo Vortéx (Lederer & Avancini);
  • Béquer de 250 mL;
  • Bureta de 50 mL;
  • Estante para tubo de ensaio;
  • Flanela;
  • Pipeta volumétrica;
  • Régua;
  • Tubo de ensaio.

Os seguintes reagentes foram utilizados no experimento:

  • Água destilada ();[pic 2]
  • Cloreto de sódio ([pic 3]
  • Clorofórmio ( [pic 4]
  • Diclorometano ([pic 5]
  • Etanol ([pic 6]
  • Iodo ([pic 7]
  • Óleo.

2.2 Procedimento experimental

2.2.1 Exposição das substâncias a um campo elétrico

        Foi preenchida uma bureta de 50 mL, que estava sobre um béquer, com água destilada. Em seguida a torneira da bureta foi aberta para que formasse um filete de água. Com o filete de água já constituído, aproximou-se uma régua eletrizada a partir do atrito com o cabelo humano, e observou-se uma mudança na trajetória do filete. Logo após foi repetido o experimento usando clorofórmio ao invés de água.

2.2.2 Solubilidade versus polaridade

        Foram realizadas 8 misturas em tubos de ensaios distintos. No primeiro tubo 4,0 mL de água destilada com 1,0 mL de óleo, no segundo tubo 4,0 mL de diclorometano com 1,0 mL de óleo, no terceiro tubo 5,0 mL de água destilada com 0,5 g de cloreto de sódio, no quarto tubo 5,0 mL de diclorometano com 0,5 g de cloreto de sódio, no quinto tubo 5,0 mL de água destilada com 0,2 g de iodo, no sexto tubo 5,0 ml de diclorometano com 0,2 g de iodo, no sétimo tubo 2,5 mL de água destilada com 2,5 mL de diclorometano, e no oitavo tubo 2,5 mL de etanol com 2,5 mL de diclorometano. Logo após as misturas foram revolucionadas usando um agitador tipo Vortéx (Lederer & Avancini). A seguir, anotou-se o ocorrido em cada tubo.


3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Exposição das substâncias a um campo elétrico

        Ao atritar a régua no cabelo, a mesma fica eletrizada, pois os átomos mais externos de cada corpo entram em contato trocando energias elétricas. No caso, a régua fica carregada negativamente. Ao aproximá-la do filete de água, o mesmo é atraído, por possuir uma parte positiva e uma parte negativa, concluindo que as moléculas de água são polares. Já ao aproximar a régua do filete de clorofórmio, não ocorre atração ou repulsão, devido ao fato dele apresentar apolaridade (SILVA, 2011).

3.2 Solubilidade versus Polaridade

Diante do teste de solubilidade dos reagentes (Tabela 1) e a polaridade dos mesmos (Tabela 2), notou-se que a polaridade tem influência sobre a solubilidade das moléculas, sendo polar dissolvendo em polar e apolar dissolvendo em apolar, com exceção de etanol que é anfifílico (ATKINS, 2012).

Tabela 1: Teste de solubilidade entre reagentes.

TUBO

REAGENTE 1

REAGENTE 2

RESULTADO

01

4,0 mL de água destilada

1,0 mL de óleo

Não solúvel

02

4,0 mL de diclorometano

1,0 mL de óleo

Solúvel

03

5,0 mL de água destilada

0,5 g de cloreto de sódio

Solúvel

04

5,0 mL de diclorometano

0,5 g de cloreto de sódio

Não solúvel

05

5,0 mL de água destilada

0,2 g de iodo

Não solúvel

06

5,0 mL de diclorometano

0,2 g de iodo

Solúvel

07

2,5 mL de água destilada

2,5 mL de diclorometano

Não solúvel

08

2,5 mL de etanol

2,5 mL de diclorometano

Solúvel

Fonte: AUTORES, 2019

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