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AS BACTERIAS PATOGENICAS

Por:   •  29/10/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.994 Palavras (8 Páginas)  •  180 Visualizações

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                                       Rafaela Da Silva Ferreira Gonçalves

 

                           BACTERIAS PATOGENICAS

       

               Trabalho acadêmico referente as Bactérias patogênicas.

         Do curso de Biomedicina   6º períodos para disciplina  Microbiologia Básica.

                                           LEOPOLDINA

                                                 2019

   INTRODUÇAO

        A  infecção do trato urinário (ITU) é definida como presença de bactérias patogênicas no trato urinário; as infecções podem ocorrer em localizações diversas, como na bexiga urinária, nos rins, ureteres e uretra, apresentando intensidade que varia desde a colonização assintomática da urina sem agressão tecidual, até a invasão bacteriana dos tecidos de qualquer uma das estruturas do sistema urinário A aderência das bactérias à bexiga leva a um quadro de cistite bacteriana; estas podem ascender para os ureteres e atingir a pelve renal causando um quadro de pielonefrite. Clinicamente, a pielonefrite costuma se diferenciar da cistite pela presença de sintomas clínicos sistêmicos. As manifestações clínicas mais comuns das ITU são micção frequente e dolorosa de pequenas quantidades de urina turva, peso supra púbico com dor; febre e dor costovertebral podem estar presentes.

        Em indivíduos idosos é comum dor abdominal. O fluxo urinário comprometido, mecânica ou funcionalmente, é a condição básica mais comum que predispõe os pacientes a ITU. A obstrução mecânica pode ser causada por cálculo renal, refluxo vesiculoureteral, obstrução do colo da bexiga, estrangulamento da uretra e hipertrofia prostática. Cateterismo e outros procedimentos mecânicos das vias urinárias colocam o paciente em alto risco. A expansão do útero durante a gravidez causa redução na capacidade urinária da bexiga e uma pressão externa sobre os ureteres. A nefropatia diabética, tabes dorsais ou poliomielite são causas funcionais menos comuns de comprometimento do fluxo urinário; e as lesões da coluna vertebral também podem levar a um mau funcionamento neurogênico das vias urinárias.

      A mucosa intacta é a barreira efetiva para a invasão bacteriana. A osmolaridade extrema, o conteúdo elevado de uréia e o baixo pH da urina inibem o crescimento de muitas espécies de bactérias. Entretanto, quando a mucosa sofre lesão ou úlcera (devido à inserção de instrumentos ou cateteres), o pH e a osmolaridade da urina se alteram (como na gravidez).

       O mesmo ocorre com elevadas concentrações de glicose nos pacientes com diabetes mellitus, para os quais existe possibilidade muito maior de que a bactéria introduzida na bexiga se multiplique e cause infecção. Corpos estranhos, como os cálculos renais e cateteres, servem como apoio para o crescimento das bactérias e são fontes de infecções crônicas e recorrentes das vias urinárias. A ITU é uma patologia extremamente frequente, que ocorre em todas as idades, desde o neonato até o idoso; sendo que nos primeiros meses de vida o sexo masculino é preferencialmente acometido, devido ao maior número de malformações congênitas. A partir deste período, durante toda a infância e principalmente na fase pré-escolar, as meninas são mais acometidas por este tipo de infecção. Na vida adulta, nas mulheres a incidência de ITU se mantém em picos maiores devido à atividade sexual, gestação e menopausa. Esta prevalência também se deve ao RBAC.

      A prevalência das infecções do trato urinário (ITU) varia com o sexo e a idade dos pacientes. A frequência dos microrganismos causadores de ITU é dependente do local onde foi adquirida a infecção, intra ou extra-hospitalar, e também difere em cada ambiente hospitalar considerado. A caracterização das ITU permite elucidar os fatores pré disponentes, bem como, os microrganismos mais envolvidos neste tipo de infecção. O presente trabalho objetivou determinar a prevalência dos patógenos envolvidos nas infecções do trato urinário. Foram analisados 226 resultados de exames bacteriológicos de urina realizados de janeiro de 2003 a janeiro de 2004. Durante este período foram identificados 52 casos de ITU e os agentes etiológicos isolados foram: Escherichia coli (75,01%), Klebsiella sp. (13,46%), Staphylococcus saprophyticus (7,69%), Proteus mirabilis (1,92%) e Pseudomonas sp. (1,92%). Pacientes do sexo feminino foram os mais acometidos. Observou-se um predomínio de ITU em indivíduos com idade superior a 40 anos, totalizando 42,30% dos casos.

      Estima-se que 20 a 30% das mulheres tenham ITU pelo menos uma vez ao longo de suas vidas e que aproximadamente 5% destas irão desenvolver bacteremia.  Com relação as ITU em homens, pode-se observar que tais infecções estão relacionadas a problemas da próstata, cálculo vesicular, procedimento médico que envolva cateteres e diabetes mellitus. Os maiores responsáveis pelas ITU são os microrganismos Gram-negativos entéricos, especialmente a Escherichia coli, seguida dos demais Gram-negativos como a Klebsiella, Enterobacter, Actinobacter, Proteus, Pseudomonas, etc.

      O Staphylococcus saprophyticus, tem sido apontado como segunda causa de ITU não complicada em mulheres jovens e sexualmente ativas .A caracterização das infecções do trato urinário se faz extremamente importante, pois, pode elucidar os principais fatores predisponentes a esta patologia, bem como, os microrganismos mais envolvidos e, a partir destes conhecimentos, pode-se propor as formas de prevenção das ITU. Desta forma, este trabalho tem como objetivo determinar a prevalência dos patógenos envolvidos nas ITU bem como a idade e o sexo das pacientes acometidos.

 

      MATERIAL E MÉTODOS

     Foram analisados os resultados de 226 uroculturas durante o período de janeiro de 2003 a janeiro de 2004, realizadas no Laboratório de Análises Clínicas São Lucas, no município de Guarani das Missões, RS. As amostras de urina, não centrifugadas, foram semeadas com auxílio de uma alça calibrada de 0,01 ml, em placas de ágar sangue de carneiro e ágar Mac Conkey e incubadas a 35°C por 18 a 24 horas. Foram consideradas culturas positivas aquelas cujo crescimento foi superior a 100.000 UFC/mL.

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