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Definição e funções básicas do Aglomerantes

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Por:   •  1/9/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  8.598 Palavras (35 Páginas)  •  1.593 Visualizações

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2. AGLOMERANTES

DEFINIÇÃO E FUNÇÕES BÁSICAS

É o material ativo, ligante, em geral pulverulento, cuja principal função é formar um pasta que promove a união entre os grãos do agregado. São utilizados na obtenção das argamassas e concretos, na forma da próprias pasta e também na confecção de natas.

As pastas são, portanto, misturas de aglomerante com água. São pouco usadas devido aos efeitos secundários causados pela retração. Podem ser utilizadas nos rejuntamentos de azulejos e ladrilhos.

As natas são pastas preparadas com excesso de águas. As natas de cal são utilizadas em pintura e as de cimento são usadas sobre argamassas para obtenção de superfícies lisas.

Requisitos básicos de um aglomerante mineral: adesividade, trabalhabilidade, resistência mecânica, durabilidade e economia.

CLASSIFICAÇÃO

Os aglomerantes podem ser classificados

 Quanto ao seu princípio ativo:

o Inorgânicos

 Aéreos: aglomerante cuja pasta apresenta a propriedade de endurecer por reações de hidratação ou pela ação química do anidrido carbônico (CO2) presente na atmosfera e que, após seu endurecimento, não resiste satisfatoriamente quando submetida à ação da água.

 Hidráulicos: aglomerante cuja pasta apresenta a propriedade de endurecer apenas pela reação com a água e que após seu endurecimento, resiste satisfatoriamente quando submetida à ação da água.

o Orgânicos

 Poliméricos:são os aglomerantes que tem reação devido a polimerização de uma matriz. Ex: resina epoxídica, resina acrílica, cola mástique.

 Betuminosos: aglomerantes que contêm ou são derivados do betume. Ex: alcatrão, asfalto, derivados da destilação do petróleo.

 Sob o ponto de vista químico:

o Quimicamente ativos: a pasta endurece por meio de uma reação química. Ex: cal, gesso, cimento.

o Quimicamente inertes: o endurecimento se dá por simples seca. Ex: argila.

 Quanto ao tempo de pega :

o Pega rápida: TIP (Tempo de Início de Pega) = 0 a 5 min. Ex: gesso, super cimento.

o Pega semi-lenta: TIP = 5 a 30 min. Ex: cimentos naturais.

o Pega lenta: TIP = 30 min a 6 h. Ex: cimento Portland.

o Pega muito lenta: TIP > 6 h Ex; cal comum.

2.1. TIPOS DE AGLOMERANTES

Nesse capítulo estaremos estudando os três aglomerantes mais utilizados na construção civil: a cal, o gesso e o cimento.

2.1.1. CAL

A cal é o nome genérico de um aglomerante simples, resultante da calcinação de rochas calcárias, que se apresenta sob diversas variedades, com características resultantes da natureza da matéria-prima empregada e do processamento conduzido.

2.1.1.1. Obtenção

A calcinação da rocha calcária pura resulta na produção de óxido de cálcio puro, material de grande importância industrial, onde alcança melhor preço que os produtos impuros normalmente utilizados na construção. Nas rochas calcárias naturais, o carbonato de cálcio é frequentemente substituído, em menor ou maior proporção, pelo carbonato de magnésio, que não constitui impureza propriamente dita. A sílica, os óxidos de ferro e de alumínio são impurezas que acompanham os carbonatos, em maior ou menor grau, na constituição das rochas calcárias.

Além das rochas calcárias, prestam-se, também, como matéria prima a produção de cal os depósitos de resíduos de esqueleto de animais, como ocorre em nossos sambaquis (depósitos naturais de materiais orgânicos).

2.1.1.2. Regulamentação

A Associação Brasileira de Normas Técnicas estabeleceu as seguintes normas para uso e controle da cal:

• NBR 6453/2003 - Cal virgem para construção civil - Requisitos.

• NBR 6473/2003 - Cal virgem e cal hidratada - Análise química.

• NBR 7175/2003 - Cal hidratada para argamassas.

• NBR 9205:2001 - Cal hidratada para argamassas - Determinação da estabilidade.

• NBR 9206:2003 - Cal hidratada para argamassas - Determinação da plasticidade.

• NBR 9207:2000 - Cal hidratada para argamassas - Determinação da capacidade de incorporação de areia no plastômetro de Voss.

• NBR 9289:2000 - Cal hidratada para argamassas - Determinação da finura.

• NBR 9290:1996 - Cal hidratada para argamassas - Determinação de retenção de água.

• NBR 14399:1999 - Cal hidratada para argamassas - Determinação da água da pasta de consistência normal.

2.1.1.3. Classificação

Usualmente se classificam as variedades de cal aérea segundo dois tipos critérios:

o da composição química básica e o do rendimento em pasta.

Classificação de acordo com a reação química

De acordo com a composição química, apresentam-se duas variedades: a cal cálcica e a cal magnesiana. A primeira, com um mínimo de 75% de CaO, e a segunda, com 20% no mínimo de MgO, devendo sempre a soma de CaO com MgO ser superior a 95%. Os componente argilosos SiO2, Al2O3 e Fe2O3 devem somar no máximo 5%. A proporção residual de CO2 deverá ser inferior a 10%, quando a amostra for retirada de outro local.

Classificação de acordo com o rendimento

De acordo com o rendimento em pasta, a cal apresenta duas variedades: cal gorda

e cal magra.

Entende-se

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