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Ferro

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Por:   •  21/4/2014  •  Seminário  •  3.173 Palavras (13 Páginas)  •  394 Visualizações

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Ferro

O ferro é fundamental para a homeostase celular. É crucial para o transporte de oxigênio, para a síntese de DNA e metabolismo energético. É um mineral cofator importante para enzimas da cadeia respiratória mitocondrial e na fixação do nitrogênio. Nos mamíferos é utilizado principalmente na síntese da hemoglobina (Hb) nos eritroblastos, da mioglobina nos músculos e dos citocromos no fígado. Um indivíduo adulto tem no seu organismo de 4 a 5 g de ferro, sendo que cerca de 2,5 g na forma de Hb.3

A deficiência de ferro acarretará consequências para todo o organismo, sendo a anemia a manifestação mais importante. Por outro lado, o acúmulo ou excesso de ferro é extremamente prejudicial para os tecidos, uma vez que o ferro livre promove a síntese de espécies reativas de oxigênio que são tóxicas e lesam proteínas, lipídeos e DNA. Dessa forma, é necessário que haja um perfeito equilíbrio no metabolismo do ferro, de modo que não haja falta ou excesso do mesmo. Essa homeostase vai possibilitar a manutenção das funções celulares essenciais e ao mesmo tempo evitar possíveis danos teciduais. Dentro da homeostase do ferro, os mecanismos de excreção são menos desenvolvidos e eficazes do que aqueles que regulam a absorção e distribuição, e nesses processos várias células, hormônios e proteínas transportadoras do ferro estão envolvidas.3

A ingestão de ferro é de extrema importância para o funcionamento normal do sistema imunológico. As sobrecargas e as deficiências de ferro resultam em alterações na resposta imunológica. O ferro é fundamental para as bactérias; portanto, uma sobrecarga de ferro ( especialmente intravenoso) pode resultar em risco aumentando de infecção. A deficiência de ferro afeta a imunidade humoral e celular. As concentrações de linfócitos T circulantes diminuem em indivíduos com uma deficiência de ferro e a resposta mitogênica é tipicamente prejudicada. A atividade das células natural killer (NK) também diminui.1

Há duas proteínas que se ligam ao ferro – a transferrina (no sangue) e a lactoferrina ( no leite materno) - parecem proteger o organismo contra infecções por não disponibilizar o ferro aos micro-organismos que dele necessitam para a sua proliferação. O ferro é empregado pelas células cerebrais para o funcionamento normal em pessoas de todas as idades. O ferro esta incluído na função e na síntese de neurotransmissores e, possivelmente, de mielina. Os efeitos nocivos da anemia por deficiência de ferro em crianças persistem por alguns ano. Por exemplo, foram observados prejuízos no desempenho escolar, na competência sensório-motora, na atenção, no aprendizado e na memória em crianças com anemia.1

No último trimestre de gestação é onde ocorre a maior demanda de ferro pela gestante, devido ao aumento da massa eritrocitária para suprir as necessidades do feto. Nesse período o feto adquire a maior parte das suas reservas, que atingem o valor aproximado de 340mg ao nascimento.7

A gestação a termo confere quantidades suficientes de ferro para o feto, mesmo em condições de anemia ou desnutrição da mãe, pois a eritropoiese fetal é assegurada utilizando-se as reservas maternas, mesmo que sejam limitadas. A deficiência de ferro é observada em prematuros, já que a interrupção precoce do período gestacional nos últimos meses impede a aquisição suficiente de ferro para atender às necessidades orgânicas. A quantidade de ferro recomendada para gestantes é de 27mg/dia no 2o¬ e 3o trimestre, o que requer suplementação medicamentosa, pois considerando-se que a dieta habitual fornece 6 a 7mg de ferro por 1.000kcal, seria necessário consumir em torno de 5.000kcal para atingir o valor recomendado.7

De acordo com a OMS recomenda-se que todas as gestantes recebam suplemento no ultimo trimestre como medida de profilática à mobilização dos depósitos de ferro. A quantidade máxima tolerada segundo as novas recomendações nutricionais é de 45mg/dia. Contudo, esse valor não está levando em consideração a terapêutica para tratamento de anemia. A orientação alimentar deve priorizar a ingestão de ferro heme ( carnes e vísceras) e melhorar a biodisponibilidade de ferro não-heme (leguminosas, legumes, verduras verdes – escuras, ovo) com a ingestão de sucos ou alimentos ricos em vitaminas C junto com as refeições.7

Vitamina C

O acido ascórbico tem a capacidade de ceder e receber elétrons, o que lhe confere um papel essencial como antioxidante. Nesse sentido, a vitamina C participa do sistema de proteção antioxidante e, dentre suas varias funções, esta de reciclar a vitamina E. Essas características fazem com que frequentemente seja recomendada a suplementação de vitamina C. Além disto é necessária para produção e manutenção do colágeno, participando na hidroxilacão da prolina formando a hidroxiprolina. É essencial para a oxidação da fenilalanina e da tirosina e para a conversão de folacina em acido tetra-hidrofolico. É também necessária para redução do ferro férrico a ferro ferroso no trato intestinal. Propaga-se que concentrações altas de vitamina C auxiliam o organismo na resistência a infecção, entretanto dados ligando a maior ingestão de vitamina C mesmo sendo na forma de frutas cítricas, com a prevenção e cura das gripes e resfriados carecem de maiores evidencias cientificas.4

Atualmente, estudos tem explorado o possível potencial terapêutico da vitamina C. A maioria desses estudos tem voltado sua atenção para a função antioxidante dessa vitamina, podendo apresentar efeito protetor contra doenças coronárias, tratamento da hipertensão e redução de incidência de cataratas e no desenvolvimento de tumores, prevenção e tratamento do câncer. Entretanto, é importante destacar que tais efeitos terapêuticos da ingestão de vitamina C ainda não são totalmente conhecidos, além de muitas dessas funções serem baseadas em estudos epidemiológicos.4

A necessidade de vitamina C para o crescimento do feto é desconhecida, mas sabe-se que a concentração plasmática materna da vitamina diminui progressivamente durante a gestação, provavelmente secundária a hemodiluição, bem como pela transferência ativa para o feto. A deficiência de vitamina C durante a gestação foi associada a aumento do risco de infecções, ruptura prematura de membranas, parto prematuro e pré-eclâmpsia. A RDA foi definida pelo valor da EAR (soma da EAR de mulheres não-grávidas e quantidade necessária que garanta a concentração máxima de neutrófilos, e a quantidade necessária para a transferência de quantidades adequadas para o feto); assim, mulheres de 14 a 18 anos, 19 a 30 anos e 31 a 50 anos necessitam de 80, 85 e 85mg/dia, respectivamente.

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