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Hidrato

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Por:   •  23/3/2013  •  Tese  •  746 Palavras (3 Páginas)  •  504 Visualizações

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Hidrato de gás, ou clatrato é um sólido cristalino sendo composto de água e gases de peso molecular pequeno. Os hidratos de metano são abundantes em sedimentos submarinhos nas margens continentais. A distribuição dos clatratos pode ser mapeada através de perfilagem sísmica, perfis de poço, e amostragem geoquímica. A quantidade estimada de hidratos de gás submarino no mundo equivale aproximadamente a duas vezes o total de todos os recursos convencionais de óleo e gás. Entretanto, a exploração de hidratos de gás submarino como fonte de energia ainda não é viável em termos técnicos ou econômicos. Deslizamentos de grandes proporções podem ser desencadeados pela dissociação dos hidratos. O gás liberado durante um evento dessa natureza pode entrar na atmosfera, estimulando o efeito estufa. O talude continental do Brasil mostra em várias localidades assinaturas geofísicas da presença de hidratos de gás, e isto não é incomum, uma vez que as condições geológicas adequadas para a formação deste mineral são encontradas em outras áreas da margem continental. Apesar da existência de recurso como os hidrocarbonetos não-convencionais em águas brasileiras, esses também apresentam um risco desconhecido quanto às operações de exploração e de produção em campos de óleo e gás já em desenvolvimento em águas profundas.

Os hidratos de metano são constituídos por estruturas microscópicas de cristais de gelo, que aprisionam em seu interior moléculas de metano. Um material instável, de difícil extração.

Ameaça Ambiental:

Os hidratos de metano surgem como uma séria ameaça ambiental. Como noticiamos em outubro/08 (“Ameaça no fundo do mar”, GasNet, 02/10/08), um grupo de cientistas liderado por pesquisador da Universidade de Estocolmo localizou no mar Ártico a “primeira evidência de que podem estar sendo liberados na atmosfera milhões de toneladas de metano”. O fenômeno deve estar sendo provocado pelo derretimento do gelo que retém o gás, conseqüência da elevação da temperatura da água nestes locais. O metano emerge em bolhas, que se rompem na superfície do mar, e vai para a atmosfera.

O metano é um gás de efeito estufa (GEE), cuja molécula (CH4), tridimensional, em forma de tetraedro, é capaz de refletir vinte vezes mais calor que a molécula de CO2 correspondente, que é plana. Esta diferença na reflexão do calor irradiado pela Terra é um dos motivos da necessidade da queima do metano quando não há utilização, como se vê usualmente nos “flares” das plataformas marítimas e campos terrestres. Evidentemente, a liberação de quantidades não controladas de metano na atmosfera poderá contribuir para o agravamento do aquecimento global, na medida em que o aumento da temperatura do mar, hoje localizado em alguns pontos, se estenda pelas plataformas continentais. Um elemento a mais de pressão – e grande – para que encontremos, em breve, um caminho para a estabilização ou redução dos GEEs.

Se no aspecto “ameaça” os hidratos de metano só podem ser tratados por ações de longo prazo e âmbito global, no aspecto “oportunidade”, sua comercialização parece razoavelmente próxima. Países como Japão e Índia, cuja oferta de hidrocarbonetos é restrita ou nula, veem no produto uma possível alternativa energética, talvez momentaneamente desencorajada pela redução no preço do

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