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Os Compostos Orgânicos Voláteis

Por:   •  8/6/2015  •  Seminário  •  1.800 Palavras (8 Páginas)  •  235 Visualizações

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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU – FURB

CCT - CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLOGICAS

ACADÊMICO: CRISTIANO RASWEILER NETO

PROFESSOR: EDÉSIO LUIZ SIMIONATTO

CURSO: ENGENHARIA QUÍMICA

Compostos Orgânicos Voláteis

Blumenau-SC

2014

Conceito

Compostos orgânicos voláteis (COVs) são compostos orgânicos que possuem alta pressão de vapor sob condições normais a tal ponto de vaporizar significativamente e entrar na atmosfera. Uma grande variedade de moléculas a base de carbono, tais como aldeídos, cetonas, e outros hidrocarbonetos leves são COVs. O termo é frequentemente utilizado no contexto legal ou regulatório e em tais casos a definição precisa depende das leis. Tais definições podem ser contraditórias e podem conter falhas. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) define COV como qualquer composto orgânico que participa em uma fotorreação; outros acreditam que tal definição é muito abrangente e vaga, pois compostos orgânicos não voláteis (no sentido de vaporizar sob condições normais) podem ser considerados voláteis por esta definição da EPA. O termo pode se referir tanto para compostos orgânicos bem caracterizados quanto misturas de composição variada.

  • Compostos que têm pressão de vapor maior de 10 Pa à 25◦C;
  • Temperatura de ebulição acima de 260◦C à pressão atmosférica;
  • Composto com 15 átomos de C ou menos.

Forma de geração (produção)

A origem dos Compostos Orgânicos Voláteis se dá por processos naturais ou antropogênicos. Os maiores responsáveis pela produção destes compostos são as indústrias em seus diferentes processos, assim como na estocagem e transferência de seus produtos. Além delas, automóveis e aviões também são fontes de geração através da queima dos combustíveis fósseis.

        Alguns dos processos industriais que podem gerar estes compostos são a queima de óleo diesel, de gasolina e de seus aditivos, refino de petróleo e a pintura realizada em indústrias automotivas.

        Na indústria petroquímica os compostos mais liberados são acetaldeído, acetona, benzeno, tolueno, tricloroetileno, triclorotolueno e xileno. Emissões de VOCs de uma unidade de craqueamento de nafta estão na faixa de 0,6 a 10 kg por tonelada métrica de etileno produzido.

Benzeno, tolueno e xilenos são COVs com grande potencial tóxico. O benzeno, por exemplo, é colocado na gasolina para melhorar a sua qualidade e também aparece na fumaça do cigarro.

Abaixo estão listados alguns tipos de setores industriais e as devidas emissões de COV.

        Calçadista: Emitidos para a atmosfera devido ao uso de tintas e colas contendo solventes. Dando que a libertação deste poluente muitas vezes se realiza para o próprio ambiente de trabalho.

        Fundições de metais: As operações de moldagem, preparação, pintura, e desengorduramento das peças liberam os COVs. A aplicação de tintas líquidas libera COVs na fase gasosa, já a aplicação de tintas em pó emite partículas.

Mobiliário: O processo de envernizamento móveis liberta COV para o meio ambiente, por conta da aplicação e secagem de produtos contendo solventes. A utilização de cola nestes processos também liberam COVs, sendo classificados como emissões difusas.

        Têxtil: Aplicam-se solventes para a limpeza dos produtos têxteis e também são consideradas liberações difusas. As tintas para o tingimento e estampas de artigos são fontes de COVs.

Toxicidade (tipo de ação)

Etilbenzeno: A principal via de exposição humana é a inalação de vapor e/ou névoa, embora a exposição possa ocorrer por contato dérmico e ingestão. A exposição de curto prazo pode irritar os olhos, nariz e via aérea superior, e causar vermelhidão e bolhas na pele, fadiga, tontura e falta de coordenação. Na exposição prolongada pode produzir fadiga, cefaléia, irritação dos olhos e da via aérea superior. O contato dérmico repetido pode causar ressecamento e dermatite.

Butadieno: é cancerígeno, inalatória e causa leucemia. A exposição

também pode ocorrer por contato dérmico e a partir da ingestão de alimentos e água contaminados, entretanto, a exposição por estas vias é improvável.

Benzopireno: afeta à saúde humana em quaisquer níveis de exposição;

Benzeno: Os principais efeitos do benzeno são pela exposição crônica (longo prazo) através da sangue. Causa danos na medula óssea e pode causar uma diminuição de células vermelhas do sangue, levando a anemia. Ele também pode causar sangramento excessivo e diminuir o sistema imunológico, aumentando a chance de infecções. Provoca leucemia e está associado a outros cancros do sangue e pré-cânceres do sangue.

Tricloroetileno e Percloroetileno: são considerados tóxicos para espécies aquáticas, biodegradando lentamente no ambiente aquático;

Clorobenzeno: pode estar presente nas águas residuais urbanas, afetam o meio.

Diclorometano: pode causar problemas em nível da oxigenação correta no sangue.

Tolueno: A inalação voluntária do toluol (que apresenta potencial de abuso) causa danos ao organismo e pode levar à dependência. O tolueno pode afetar o sistema nervoso. É facilmente absorvido pelos pulmões (40 a 60% do inalado). Níveis baixos ou moderados podem produzir cansaço, confusão mental, debilidade, perda da memória, náusea, perda do apetite e perda da visão e audição. Estes sintomas geralmente desaparecem quando a exposição termina.

Hexano: possui toxidade fraca, porém durante prolongada exposição, pode causar dor de cabeça, náuseas, tonteiras, perturbações visuais e auditivas, além de excitação.

Xileno: Afeta o sistema nervoso central. Causa irritação severa de olhos, pele e trato respiratório. A exposição crônica pode causar danos ao fígado, aos rins, e efeitos adversos do sangue. Líquido inflamável e vapor.

Formaldeído (formol): A exposição ao formaldeído (composto orgânico volátil) pode causar irritação nos olhos, nariz e garganta e ainda provocar náuseas, vertigens e redução da força física.

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