RELATÓRIO TRATAMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CAMPUS IJUÍ[pic 1]

DISCIPLINA DE QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL

RELATÓRIO TRATAMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

ACADÊMICOS (AS):

PROFESSORA:

Ijuí, 2016

Introdução

É indiscutível que nós, seres humanos, somos completamente dependentes da água. Seja para consumo, higiene, indústrias, fabricação de medicamentos, agricultura, alimentos, enfim, as utilidades são inesgotáveis. Mas a água não. Com a industrialização do mundo, o crescimento das cidades e da população, o consumo de agua aumenta cada vez mais. Com isso chegamos aos seguintes questionamentos: A água disponível para as pessoas é sempre adequada para o consumo humano? Após utilizada, ela é descartada para o ambiente da maneira correta? Nem sempre. O ideal seria que toda água que chega as casas dos brasileiros fosse completamente adequada para o consumo humano, não oferecendo nenhum risco a saúde, e toda água que após utilizada fosse descartada, tivesse um tratamento adequado para não prejudicar o meio ambiente. Então, como deve ser feito o correto tratamento dessa água? As estações de tratamento utilizam filtros e vários produtos químicos para limpar a água. A água coletada dos rios vem com folhas, peixes, lodo e muitas bactérias. Para chegar às nossas casas ela passa cerca de três horas dentro de uma Estação de Tratamento de Água (ETA), o que inclui fases de decantação da sujeira, adição de agentes químicos, floculação, filtração e fluoretação.

Objetivos

        Este trabalho tem como objetivo verificar a mudança do pH em uma amostra túrbida de água, observar que a partir da adição da solução de alúmen, a água começou a demonstrar aspectos diferentes, ou seja, um grau de limpeza mais acentuado, e ainda apresentar como, basicamente, a água é tratada em uma Estação de Tratamento de Água (ETA).

Metodologia

Para realização do experimento de tratamento de água potável foram utilizados os seguintes materiais:

-250 ml de água bruta;

-Béquer;

-Papel indicador para verificar pH;

-10 ml de hidróxido de cálcio 2%;

-Bagueta;

-2 ml de alúmen 1%;

-Chapa de aquecimento/agitador;

-Filtro Natural (algodão; pedra; pedrisco; areia fina e grossa);

-Filtro de papel;

-Funil;

Iniciamos o tratamento da água, colocando cerca de 250 ml de água bruta retirado de um rio não identificado, em um béquer. Medimos o pH com um papel indicador, e verificamos assim a turbidez dessa água conforme a tabela abaixo. A água apresentava características de cor avermelhada/marrom, sem cheiro.

Etapa de tratamento	pH	Turbidez (NTU)
Antes de iniciar o tratamento	6	83

Adicionamos cerca de 10 ml de hidróxido de cálcio 2% para ajustar o pH aos valores exigidos para o tratamento da água, agitamos por cerca de 2 minutos com uma bagueta, e então medimos novamente o valor do pH para averiguar se houve a correção.

Etapa de tratamento	pH	Turbidez (NTU)
Após a adição de base	10

 Após adicionamos 2 ml de alúmen 1% para remover das partículas as impurezas, o que formou flocos, agitamos cerca de 2 minutos na chapa de aquecimento onde verificamos a formação destes flocos, deixamos o sistema em repouso por mais de 10 minutos. Percebemos que os flocos começaram a se decantar para o fundo do béquer.

Partir daí, montamos um sistema como um filtro natural, utilizando um pedaço de algodão bem no orifício do reservatório apenas para que não vazasse os materiais, seguido de pedra, pedrisco e areia. Podemos perceber então que a água presente no béquer apresentava cor amarelada. Quando a colocamos neste filtro ela começou a apresentar aparência incolor, porém com um cheiro diferente.

Após, filtramos mais uma vez a água em um filtro de papel. Comparamos duas formas diferentes de se obter o mesmo resultado. O primeiro filtro, o dobrado liso é usado para se obter uma filtração mais lenta, então dobramos o papel ao meio, depois dobramos o papel novamente para obter um ângulo de aproximadamente 10 graus, cortamos um canto do papel para facilitar a aderência ao funil de vidro, abrimos o papel em formato de cone e colocamos no funil, umedecendo levemente com água destilada pressionando a parte superior do filtro contra a parede do funil para uma perfeita aderência.

Já o outro tipo de filtração que utilizamos, foi o pregueado, que consiste em uma filtração mais rápida. Para realização desta, dobramos o papel filtro ao meio várias vezes e quando abrimos o papel formou-se uma estrela.  Filtramos a água em ambas situações. A cor túrbida da agua já não fazia mais parte desta amostra, o que a olho nu seria ótima para utilização. Porém esta agua ainda precisava ser submetida ao teste microbiológico e a introdução do cloro para ser purificada e consumida.

Por fim, medimos novamente o valor do pH e a turbidez da água- conforme o quadro- estando devidamente tratada, faltando somente a analise microbiológica.

Etapa de tratamento	pH	Turbidez (NTU)
Após o tratamento	7	2,5

Resultados e Discussão

O tratamento de água é um conjunto de procedimentos físicos e químicos para que esta fique em condições adequadas para o consumo, ou seja, para que a água se torne potável. Esse processo livra a água de qualquer tipo de contaminação, evitando a transmissão de doenças, matando os microrganismos e tornando a mesma própria para o consumo e demais utilidades.

Após medirmos a turbidez da água, que estava em 83, foi medido o pH, que inicialmente se encontrava 6, adicionado 10 ml de solução de hidróxido de cálcio 2%, agitado e então medido o pH novamente, o qual passou a ser 10, tornando a solução, que antes era ácido, para base. Para realizar a coagulação, utilizamos 2 ml de solução de alúmen 1%, substância que serve para aglomerar (juntar) partículas sólidas que se encontram na água como, por exemplo, a argila e a terra, que a deixam turva. Posteriormente foi deixado a solução em repouso, para ocorrer a decantação, que por ação da gravidade, os flocos com as impurezas e partículas ficam depositadas no fundo do filtro, separando-se da água e tornando possível a retirada das partículas solidas que se formaram com a adição de solução de alúmen. Após aproximadamente 10 min, retiramos os flocos, que já se encontravam no fundo do funil de bromo e então filtramos a água, em um filtro natural, montado pelo grupo, para que as impurezas de tamanho pequeno ficam retidas no filtro. Por fim foi medido o pH novamente, o qual se encontrava em 7, e a turbidez que estava em 2,5, como é mostrado na tabela abaixo.