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Relatório Química Agrícola Terceiro Bimestre

Por:   •  28/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.502 Palavras (15 Páginas)  •  273 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Nos solos existem nutrientes que tem como objetivo nutrir as plantas, que são classificados em macro e micronutrientes.  Exceto o carbono, o oxigênio, e o hidrogênio, determinaram que as plantas necessitam de treze elementos minerais essências, os quais foram classificados em macro e micronutrientes. Eles são retirados do solo de forma iônica, com água, ou por transporte ativo, sendo levado pelo xilema ate a parte aérea da planta, onde são utilizados ou redistribuídos.

Aqueles classificados em macronutrientes  são – nitrogênio (N), fosforo(P), potássio(K), cálcio (Ca), magnésio(Mg ) e enxofre(S).

E os que são classificados em micronutrientes são – Boro (B), cloro (Cl), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), cobre (Cu) e zinco (Zn).

Os macronutrintes são exigidos em quantidades maiores aparecendo na matéria seca do tecido vegetal, e o micronutrientes são exigidos em quantidades menores.

Como existem os nutrientes que nutri as plantas também possui o alumínio que é considerado um inimigo de todas as culturas e plantações.  Mas os óxidos do alumínio é um agente que contribui eficazmente á estrutura dos solos tropicais, sendo, portanto, altamente benéfico.  Portanto, o alumínio trocável que, por poder de causar plasmólise, isto é, a desidratação e o encolhimento do plasma nas células radiculares são seriamente prejudiciais à planta. Mas esta plasmólise é causada quando a proporção alumínio / base for desfavorável.

O alumínio é um dos causadores de acidez no solo, onde que no solo existe quatro tipos de acides a acidez ativa, potencial e trocável e não trocável que são um dos fatores limitantes ao desenvolvimento das culturas. A acidez potencial vem ser a acidez que se refere-se ao total de íons de H+ e os íons de Al+³, adsorvidos nos colóides da fase solida.

Cálcio por ser um elemento imóvel na planta os sintomas característicos da deficiência manifesta-se nas folhas mais novas. As plantas apresentam as folhas quebradiças, encurvadas e com reduzido crescimento do sistema radicular e do caule. Em caso extremo de deficiência, o broto terminal morre, e as plantas não alcançam o florescimento.

As deficiências são, normalmente, corrigidas com aplicação no solo, de corretivos, de preferência calcário dolomítico, visando manter a saturação de bases acima de 50%.

Todavia o cálcio é responsável pela estabilidade estrutural e fisiológica dos tecidos das plantas, juntamente com outras substâncias, ele regula os processos de permeabilidade das células e tecidos; também tem função de ativador enzimático. O cálcio forma fitatos e pectatos, que o torna importante na manutenção da integridade da parede celular.

O indicador da disponibilidade de cálcio nos solos é o Ca-trocável, extraído com KCl 1 M. Apesar dos teores de Ca2+ da grande maioria dos solos brasileiros serem considerados baixos, ele não tem sido problema para a videira, pois a calagem utilizada para aumentar o pH do solo aumenta o teor de Ca-trocável. Para os solos do RS, teores maiores que 4 cmolc/l são considerados altos, sendo que na Serra Gaúcha a maioria dos solos possuem naturalmente altos teores e, mesmo assim, a exploração da videira tem aumentado a concentração de cálcio no solo.

Já o magnésio é um elemento móvel na planta. Os sintomas de deficiência caracterizam-se por clorose internerval nas folhas mais velhas, os bordos do limbo desenvolvem-se recurvados para baixo. As plantas florescem, mas os botões florais caem prematuramente.

Normalmente, a aplicação de calcário dolomítico oferece a quantidade suficiente de magnésio para a cultura. Recomenda-se que os materiais corretivos apresentem uma relação cálcio-magnésio na proporção 4/1. O Mg participa na ativação de várias enzimas e na estabilidade de ribossomas; ele também é um componente do pigmento de clorofila. Mais de 300 enzimas são influenciadas pelo magnésio.

O indicador da disponibilidade de magnésio nos solos é o Mg-trocável, extraído com KCl 1 M. Apesar dos teores de Mg2+ da grande maioria dos solos brasileiros serem baixos, ele também não tem sido problema sério para a videira, pois, como para o cálcio, a utilização de calcário dolomítico para aumentar o pH do solo também aumenta o teor de Mg. Para os solos do RS, teores maiores que 1,0 cmolc/l são considerados altos.

A determinação do teor "trocável" de cálcio e magnésio do solo é executada na maioria dos laboratórios que se dedicam à análise de solos, em virtude da importância que esses dois elementos apresentam tanto para a nutrição vegetal, como para o conhecimento de determinadas propriedades químicas do solo.

Uma  titulação complexométrica ou complexometria, representa uma técnica de análise volumétrica que visa a formação de um complexo de coloração, na reação entre o analito e o titulante, sendo usado para indicar o ponto final da titulação um indicador. Titulações complexométricas são extremamente úteis para a determinação de diversos íons metálicos em solução. Um indicador capaz de produzir uma pronunciada mudança de coloração é usualmente usado para detectar o ponto final da titulação complexiométrica.

A análise complexométrica ou complexometria compreende a titulação  de íons metálicos com agentes complexantes ou quelantes, sendo um agente quelante qualquer estrutura, da qual façam parte dois ou mais átomos possuidores de pares de elétrons não utilizados em ligações químicas primárias, mas sim, usados como "imãs" eletrostáticos para se prenderem a íons metálicos.

O ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) é o quelante mais usado em química analítica. Praticamente todos os elementos da tabela periódica podem ser analisados com EDTA, seja por titulação direta ou seqüência de reações indiretas. O EDTA é um ácido fraco hexaprótico  que em soluções aquosas dissocia-se produzindo espécies aniônicas.

O agente complexante de maior importância é o EDTA (ácido etilenodiaminotetracético), que forma complexa muito estável com vários íons metálicos. Ainda nestas titulações é muito importante o ajuste do pH do meio em análise, uma vez que em meio ácido, os íons H+  competirá com os íons metálicos na quelação e em meio alcalino os íons metálicos tendem à formação de hidróxidos alcalinos pouco solúveis. Como a ação máxima complexante do EDTA é em meio fortemente alcalino, muitas vezes há necessidade de adição de um agente complexante auxiliar nas titulações.

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