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A CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA

Por:   •  7/3/2017  •  Resenha  •  4.190 Palavras (17 Páginas)  •  197 Visualizações

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RESUMO

Este trabalho teve como objetivo realizar uma pesquisa sobre a evolução da contabilidade, do período primitivo até a contabilidade eletrônica, e também demonstrar a importância. Sendo a contabilidade uma ciência, é um processo sempre em elaboração, por isso é ampliada e revisada continuamente. A contabilidade é igual em qualquer entidade, porém necessita de adequação em cada tipo de empresa. Contadores, empresários e administradores, tiveram que adaptar-se diante das mudanças significativas ao longo do tempo advindas da evolução da economia, do crescimento das empresas, da criação de corporações e com a abertura do capital das empresas para investidores nas bolsas de valores, tiveram que alterar os procedimentos contábeis. Da mesma forma, a evolução da informática trouxe grande avanço na forma de registrar os eventos contábeis, para a integração das informações e para a transmissão das mesmas às partes interessadas.

Palavras-chave: Evolução da contabilidade; contabilidade eletrônica; procedimentos contábeis.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo evidenciar a evolução da história da contabilidade do período intuitivo primitivo à contabilidade eletrônica.

Segundo Schmidt (2000), a Contabilidade teve origem na necessidade do homem de controlar os registros de aquisições de bens.

Embora se diga que a Contabilidade teve seu início através do trabalho do Frei Luca Pacioli, foram encontrados, em períodos anteriores, outros tipos de registros que remontam à Ciência Contábil, com formas diversas de registrar a movimentação de riqueza.

Muito se perdeu pelo tempo sobre o início dos registros contábeis. A natureza sigilosa dos registros e a ética já exigida em tempos remotos contribuíram para a imprecisão das datas no processo evolutivo. (SÁ, 1997, p. 17).

Assim como o homem progrediu, a Contabilidade também progrediu e tornou-se uma ferramenta indispensável para o progresso da humanidade. (SCHMIDT, 2000, p. 12).

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Lopes de Sá (1997, p. 8), em seu livro História Geral e das Doutrinas da Contabilidade, considerou que “A literatura de história da Contabilidade, hoje em grande desenvolvimento em várias partes do mundo, é, todavia, escassa no Brasil.”

O pensamento contábil evoluiu pelo tempo e existiram etapas distintas que caracterizaram os progressos desta ciência. (LOPES DE SÁ, 1997, p. 11)

Conforme Schmidt (2000), os principais estágios de Evolução da Contabilidade estão resumidos conforme segue:

- 8000 a.C., eram utilizadas simples fichas de barro com vários formatos (discos, cilindros, triângulos, cones, ovóides, tetraedros) para o controle do cultivo agrícola e criação de animais;

- 4400 a.C., as fichas tornam-se complexas, aparecendo em antigos e novos formatos, com linhas e pontuações e algumas eram perfuradas, indicando a origem.

- 3250 a.C., surgimento de um sistema de garantia, com selos pessoais e institucionais, que, com freqüência eram utilizados para proteger fichas contábeis. Muitas vezes eram utilizados ambos os selos para indicar o aumento de controle, tanto legal quanto burocrático.

- 3200 a.C., nas eram impressas referências superfícies dos envelopes para identificar os ativos e o patrimônio contido nas fichas, representando uma espécie de partidas dobradas contidas nas fichas.

Figura 1 - Vedação do cilindro (direita) e sua marca. Meio do terceiro milênio a.C. 

                              [pic 1]

                                    Fonte: Museu do Louvre, 2007.

- 3100 a 3000 a.C., surgimento da escrita cuneiforme, caracterizada por elementos em forma de cunha, que eram impressas nas fichas de barro, serviu para transcrever a língua dos sumérios em ideogramas, e depois em sílabas.

Com o passar do tempo, as fichas cuneiformes, aos poucos, caíram em desuso e os sumérios, ao invés de usar envelopes de barro com os lacres de garantia, passaram a utilizar apenas como molde para impressão de fichas nas tabelas de barro. (SCHMIDT, 2000, p. 19).

Os sumérios desenvolveram um sistema de escrita especifica para o registro de contabilidade dos templos. “Os registros escritos eram necessários para a administração do rico patrimônio acumulado pelos templos através de oferendas religiosas, como escravos, rebanhos, terras.” (NETTO, 2013)

Para demonstrar como era a escrita cuneiforme, segue foto é uma tábua de barro de, aproximadamente, 2000 a.C.:  

Figura 1 - Escrita cuneiforme

                                      [pic 2]

                                                  Fonte: Netto (2013)

                   

                 

De acordo com Lopes de Sá (1999, p. 17), “antes que o homem soubesse escrever e antes que soubesse calcular, criou ele a mais primitiva forma de inscrição que foi a artística, da qual se valeu para também evidenciar seus feitos e o que havia conquistado para seu uso”.

Lopes de Sá (1997), considerou aspectos do conhecimento a partir de determinados fenômenos históricos de pontuam a Evolução da Contabilidade, conforme segue:

Quadro 1 – Períodos evolutivos da Contabilidade

I

Intuitivo Primitivo:

Refere-se aos períodos da pré-história da Humanidade, com registros rudimentares da arte e da riqueza.

II

Racional-Mnemônico:

Estabelecimento de métodos de organização da informação e disciplina dos registros, ocorrido na Antigüidade – iniciou cerca de 4.000 a.C.

III

Lógico Racional:

Origem da partida dobrada. Período da Idade As comprovações iniciaram a partir da segunda metade do século XI.

IV

Literatura:

Difusão do conhecimento, quando autores preocuparam-se em ensinar, por meio de livros escritos, a forma de realizar os registros e as demonstrações. Tal período deu-se a partir do século XI, no mundo islâmico. E difundiu-se no Ocidente a partir do século XV.

V

Pré-Científico:

Nessa fase, transcendeu a simples informação, quando ocorreu a formação das primeiras teorias, abrindo caminho para a lógica do conhecimento contábil. Deu-se início à disciplina das contas, com intensa busca de raciocínios, definições e conceitos para o registro da riqueza. Este período deu-se a partir do final do século XVI, prolongando-se de forma evolutiva, até o início do século XIX.

VI

Científico:

Estabeleceram-se as bases das escolas do pensamento contábil.  Estudou-se, através das primeiras obras científicas, a essência dos fenômenos patrimoniais, o que significavam os fatos informados e relativos ao patrimônio, a partir das primeiras décadas do século XIX - período da História das Doutrinas.

VII

Filosófico-Normativo:

Com a preocupação de normatizar as informações e de penetrar na interpretação conceitual, a partir da década de 50 do século XX,  definiu-se bem as áreas da informação dos fenômenos patrimoniais. Tal período também é o da atualidade, com suporte no considerável avanço da tecnologia da informação.

Fonte: Adaptado de CRCRS apud Lopes de Sá (1997).

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