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A Epidemiologia na importância de trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  5.369 Palavras (22 Páginas)  •  291 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS

CAMPUS REITOR EDGAR SANTOS

CURSO DE NUTRIÇÃO

PROJETO DE PESQUISA

Epidemiologia Nutricional

Comportamento de Risco para Transtornos Alimentares e Percepção Corporal em Pacientes com Fibromialgia do Município de Barreiras, Estado da Bahia.

Discente: Anne Caroline da Cruz Pereira

Professor: Marlus Pereira

BARREIRAS
BAHIA – BRASIL
MARÇO/2018

  1. INTRODUÇÃO

Os determinantes das escolhas alimentares estão relacionados às necessidades fisiológicas, fatores psicológicos, ambientais, culturais e socioeconômicos. Essas escolhas são adquiridas na infância, através da vivência social, e podem ser mantidas ou alteradas no decorrer da vida, constituindo a base do comportamento alimentar (ROSSI, 2008).

 O ato de se alimentar apresenta duas principais funções: fornecer nutrientes necessários para a manutenção do funcionamento adequado do organismo e proporcionar prazer e satisfação, associados à liberação de neurotransmissores como a dopamina e serotonina, ambos relacionados à sensação de bem-estar. Porém essas funções só podem ser realizadas através de estímulos internos que levem o indivíduo a reparos corporais e comportamentais (LENT, 2010).

O cotidiano dos grandes centros urbanos, as responsabilidades do dia-a-dia e a pressão midiática exercem grande influência nas escolhas alimentares e na percepção da imagem corporal. A literatura tem sugerido que esses fatores citados estão associados à insatisfação da imagem corporal e à indução de escolhas alimentares (CALADO e SEPÚLVEDA, 2012), que podem comprometer a saúde mental e tornar a relação com alimento conflituosa.

O conceito de imagem corporal refere-se às percepções e pensamentos sobre o corpo através das experiências vividas pelo indivíduo. Essas experiências construídas através do convívio social são permeadas por sentimentos intrínsecos e influenciada também por determinantes socioculturais, como o estereótipo de corpo ideal, que normalmente encontra-se longe da realidade da maioria dos indivíduos. Essa distância entre o real e o ideal cria um conflito de insatisfação corporal que pode levar a comportamentos prejudiciais a saúde na tentativa desesperada de se alcançar o padrão almejado (BARROS, 2005). Sugere-se que a distorção da imagem corporal apresenta importante influência no comportamento alimentar e é uma das principais características encontradas em indivíduos que apresentam transtornos alimentares (SKRZYPEK, WEHMEIER e REMSCHMID, 2001).

Os transtornos alimentares (TAs) estão relacionados a alteração voluntária do comportamento alimentar, visando a perda intencional de peso, podendo ocorrer restrição, privação ou compulsão alimentar (ERSKINE, WHITEFORD e PIKE, 2016). A presença de depressão e ansiedade podem ser acentuar ainda mais esse tipo de comportamento (ABREU, 2004), fatores que têm contribuído mundialmente para o aumento da prevalência de TAs (KOLAR et al., 2016).

Diversos instrumentos de avaliação da satisfação da imagem corporal e questionários padronizados de identificação de comportamentos para transtornos alimentares são descritos na literatura (FREITAS, GORENSTEIN e APPOLINARIO, 2002). A identificação precoce desses comportamentos de risco pode auxiliar na conduta de um profissional de saúde, principalmente àqueles que lidam com populações vulneráveis, como os pacientes portadores de fibromialgia.

Os indivíduos com fibromialgia apresentam como principais características a dor crônica e generalizada associada a sintomas de depressão e ansiedade, os quais estão relacionados a um declínio da qualidade de vida. Além disso, nesse grupo de pacientes há um predomínio de sobrepeso, e, em decorrência da dor crônica, a prática de atividade física pode encontrar-se limitada (JONES e LIPTAN, 2009). Assim, considerando-se o estado emocional, as limitações decorrentes da dor e o estado nutricional dos indivíduos com fibromialgia, pode haver maior vulnerabilidade às influências externas no que diz respeito a restrições alimentares e à imagem corporal (MCCABE et al. 2006). Nos pacientes com fibromialgia as alterações nas escolhas alimentares, podem ser motivadas por mudanças subjetivas nas dores corporais, na autoestima, nas relações sociais, e no ambiente que vivem. Quando o ambiente é desfavorável, pode haver condições que proporcionem o desenvolvimento de insatisfação corporal e de transtornos alimentares que, uma vez instalados, poderão acentuar o declínio da qualidade de vida destes (ALMEIDA, 2014; SILVA, 2010; PROVENZA, 2004).

Como a fibromialgia não possui tratamento específico, para que todos os aspectos que envolvam a doença sejam tratados, destaca-se a importância da atuação de uma equipe multidisciplinar nos cuidados com o paciente. O acompanhamento nutricional desses pacientes pode auxiliar na melhora na qualidade de vida e prevenir o desenvolvimento de doenças e transtornos ao longo prazo (BRAZ, 2011). Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo avaliar o comportamento de risco para transtornos alimentares e percepção da imagem corporal em pacientes com Fibromialgia.

  1. OBJETIVO

a.        Objetivo Geral

Avaliar o comportamento de risco para transtornos alimentares e percepção da imagem corporal em pacientes com Fibromialgia.

b.         Objetivos Específicos

Caracterizar a população estudada segundo faixa etária, gênero, raça, escolaridade, renda, IMC, CP, CC e CQ.

Avaliar a percepção corporal em pacientes com Fibromialgia;

Identificar comportamentos de risco para transtornos alimentares em pacientes com fibromialgia;

Verificar se existe correlação entre as variáveis estudadas.

  1. METODOLOGIA

Tipo de Estudo: Trata-se de um estudo observacional, análitico e transversal, pelo método quantitativo.

Local do Estudo: Centro Municipal de Saúde Leônidia Aires.

Amostra: Não probabilistica, por conveniência.

Critério de Inclusão: Serão incluídos no estudo indivíduos adultos e idosos, com idade superior a 20 anos, completos no momento da pesquisa, de ambos os sexos, com o diagnóstico fechado ou em processo de investigação de fibromialgia, frequentadores do grupo de Fibromialgia de um Centro Municipal de Saúde de Barreiras, BA.

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