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A GUARNIÇÃO DE REMO DO EXÉRCITO

Por:   •  3/5/2021  •  Resenha  •  1.350 Palavras (6 Páginas)  •  53 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL

Resenha Crítica de Artigo

JOÃO PAULO ARAÚJO DANTAS

Trabalho da disciplina GESTÃO DE PESSOAS E COMPETÊNCIAS

Tutor: Profª. ANDREA QUINTELLA BEZERRA

NATAL/RN

2021


A GUARNIÇÃO DE REMO DO EXÉRCITO

Referências/autores:

SNOOK, S.; POLZER, J. A Guarnição de Remo do Exército. Harvard Business School, mar./2004.

Os autores SNOOK e POLZER apresentam a experiência vivenciada em 2002 por um treinador de guarnição de remo da Academia Militar de West Point do Exército dos Estados Unidos, o coronel Stas Preczewski (ou treinador P.). Diante de uma situação inusitada o treinador P. está intrigado, pois, não consegue entender como nas competições entre as duas equipes por ele formada e treinada, a Varsity Junior (VJ), composta pelos remadores pertencentes ao ranking mais baixo da equipe, frequentemente vencem a equipe de Versity (V), esta composta pelos oito melhores remadores segundo suas constatações. O treinador P. possuía experiência de nove anos neste esporte, mesmo assim, não consegue decifrar e resolver o problema de sua equipe principal, mesmo após vários testes e experimentos realizados. O remo se destaca por ser o primeiro esporte interuniversitário nos EUA, disputado pela primeira vez em 1852, e exige dois fatores como o princípio do sucesso no esporte: habilidades pessoais (extrema força, resistência e técnica) e coordenação em equipe (liderança, sintonia entre o time e espírito de equipe). A situação levou o treinador P. a se questionar sobre o que fazer e percebeu três opções: trocar os barcos Varsity e Varsity Junior, alternar remadores ou intervir para melhorar o desempenho do barco Varsity.

O remo como o primeiro esporte interuniversitário dos Estados Unidos, desde 1852, tornou-se muito tradicional e atualmente o esporte é praticado o ano todo, enquanto no início praticava-se apenas na temporada anual. Nas grandes competições o sistema considera os melhores barcos (ou dois barcos) a cada rodada, e o vencedor classificado era passava para a rodada seguinte, e os piores em cada rodada eram excluídos. Assim, afunilava a cada ciclo, até chegar à equipe vencedora do Campeonato. Sendo um esporte de disputa muito acirrada não se podia ignorar qualquer detalhe, pois poderia definir o time vitorioso. A junção de habilidades pessoais e coordenação de equipe eram consideradas como os dois grandes fatores do sucesso. No intuito de aprimorar tais fatores, um Comitê Olímpico Norte Americano fora criado com o dever de pesquisar quais técnicas de guarnição de remo eram importantes para obtenção dos melhores desempenhos. O Comitê Olímpico considerava a existência de 200 variáveis as quais se subdividam em quatro categorias, a seguir apresentadas: 1) Força e condicionamento; 2) Técnica de remar; 3) Fatores Psicológicos; 4) organização de um programa. Os técnicos mais experientes destacam, apenas entre 11 a 20 variáveis importantes, e ainda, acreditam nos fatores psicológicos como de grande relevância na caminhada rumo ao sucesso. Os técnicos mais jovens além de elegerem vários fatores de desempenho, enfatizavam o uso da técnica como preponderante sobre as demais categorias. Já os técnicos intermediários valorizavam o condicionamento físico.  As habilidades físicas individuais eram avaliadas detalhadamente através de testes físicos, como levantamento de peso e uso de equipamento semelhante ao barco, chamado de “maquina de remo”. Periodicamente, os atletas, eram avaliados e seus resultados eram comparados aos dos anos anteriores e ainda ao desempenho físico das equipes concorrentes. Outro fator fundamental é a habilidade de trabalhar em equipe. Exige-se quase perfeição na sincronia dos remadores. Portanto, a atitude mental dos remadores deveria está em perfeita harmonia e focados na meta comum de cruzar a linha de chegada à frente dos outros barcos. Entretanto, o domínio dos detalhes, pela equipe, é essencial ao sucesso de todos, anulando o desenvolvimento de talento individual como em outros esportes, como o basquete ou futebol. Também a confiança no trabalho do outro é preciso para que se possa desenvolver bem a atuação conjunta, por ser um esporte coletivo a individualidade prejudica a todos.

 No retiro em Atlanta, um dos locais de treinamento, muitos testes de competições em “carrinho”, método que fornecia dados sistemáticos sobre as habilidades dos remadores individualmente, destacaram-se os oito melhores remadores e estes foram postos no barco Varsity e os outros oito, com desempenhos inferiores, foram selecionados para o barco Varsity Jr. O treinador iniciou as competições entre estas duas equipes e na primeira vez o barco Varsity facilmente venceu o barco Varsity Jr, deixando os oito melhores membros entusiasmados nesta primeira experiência.

De volta ao Rio Hudson o treinador observou membros da Varsity descontentes com outros membros da equipe, reclamando que eles deveriam ter melhores resultados na competição contra a equipe da VJ. Para o treinador P pareceu muito bom esse questionamento, pois imaginava que os atletas estavam buscando a excelência, mas não foi isso o que estava por vir. Na visão do treinador P já era comprovado o seu método de seleção, pois os melhores atletas estavam na equipe V e esta sempre venceria como foi comprovado na primeira competição. Logo na sequência dos treinos no Rio Hudson a equipe Varsity Jr vence a equipe Varsity, isso deixa o treinador com questionamentos, levando-o a realizar novamente outros testes e na maioria das vezes a equipe VJ vencia a V. Uma primeira constatação foi que Varsity perdia não pelo fato da outra apresentar melhor desempenho, mas porque ficou mais lenta. Consequentemente foram feitas avaliações mais detalhadas para identificar os verdadeiros motivos deste ocorrido. Reformulou os grupos e em seguida constatou que cada membro da Varsity era melhor individualmente, mas que juntos tornavam-se uma equipe perdedora. O treinador P em suas pesquisas e entrevistas a cada membro das equipes e verificou alguns pontos a seguir: os membros da Varsity não se consideravam líder e todos eram considerados desagregadores de equipes, enquanto que na equipe VJ nenhum era considerado desagregador de equipe. A criação de um canal de comunicação foi incentivada pelo treinador para que os membros interagirem entre si e com o treinador, utilizando-se de troca de e-mails. O Treinador P observou que a equipe Varsity Jr era motivada. Enquanto a Varsity demonstrava individualismo. A Atitude mental dos membros da equipe VJ era positiva enquanto a Varsity era questionável. Após o treino as equipes realizavam uma reflexão autocrítica sobre o desempenho. A equipe V criticava uns aos outros em relação aos treinos e detalhes, enquanto a equipe VJ não apontava culpados, mas faziam observações de maneira genérica ao grupo. O Treinador P tentou trocar alguns membros da VJ para Equipe V, e verificou que a equipe V perdia com maior diferença. E neste teste invalidou a hipótese de que trocar os membros. A situação levou o treinador P. a se questionar sobre o que fazer e percebeu três opções: trocar os barcos Varsity e Varsity Junior, alternar remadores ou intervir para melhorar o desempenho do barco Varsity.

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