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A Geopolítica do Mar da china

Por:   •  23/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.976 Palavras (12 Páginas)  •  194 Visualizações

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1.Objectivos

1.1Objectivo Geral

        

  • Estudar a geopolítica do Mar da china.

1.1.1Objectivo Específicos

  • Estudar  a política externa chinesa e o sector económico .

2.Introducao

O presente trabalho visa analisar a tensão relação china-americana no Mar do Sul da China.

 Para tanto, começa por trazer as principais características que tornam este mar o epicentro dos novos conflitos na região Ásia-Pacífico, para em seguida, por meio de conceitos inovadores, verificar os reais interesses sino-americanos em jogo, no Mar do Sul da China.

Em esforço exemplificativo da “disputa” entre Washington e Beijing naquele Mar, trazemos o Impeccable Incident, para no fecho conclusivo da pesquisa, analisar se a tensa relação sino- americana é fruto de um determinado padrão, ou apenas uma ruptura nas políticas externas dos dois países.

Durante a Guerra Fria, o sistema internacional caracterizava-se por uma ordem bipolar, facto que não teve continuidade após a queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e da maior parte dos governos socialistas do Leste Europeu. Finda essa época, os Estados Unidos da América (EUA) surgem como única superpotência, tendo em conta a sua superioridade em influir em assuntos políticos, económicos e militares em todo o mundo. Contudo, nas últimas décadas, assistimos ao aumento da influência política, militar e económica no cenário internacional de outros poderes regionais, como a RPC, a Federação Russa e a União Europeia (UE). Como refere Luís Tomé (2005), poderes que também são determinantes para a resolução de grandes questões internacionais e regionais e que não podem ser ignorados, “cujas capacidades, percepções, ambições e evoluções são atentamente seguidas e ponderadas pela superpotência e por outros actores internacionais, embora não disponham nem do poder nem das ambições universais dos EUA”

3.A IMPORTÂNCIA DO MAR NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

 Com a finalidade de visualizarmos a dimensão do Poder Marítimo na configuração das relações internacionais será discorrido, resumidamente, a influência do poder marítimo no decorrer da história. Alfred Mahan (1890, apud MOREIRA, 2012) descreve poder marítimo como a associação de todas as forças e factores, instrumentos e circunstâncias geográficas com a finalidade de cooperar para conseguir o domínio mar; garantir o seu uso e impedi-lo ao adversário. Carvalho (1982) acrescenta que o poder marítimo são os factores do poder nacional que auxiliam a realização dos interesses marítimos nacionais

4.Localização Geográfica

O Mar do Sul da China cobre uma área de aproximadamente 397.680 quilómetros quadrados, no Oceano Pacífico, banhando: China, Taiwan, Vietnam, Filipinas, Malásia, Brunei, Indonésia, Singapura e Tailândia, doravante, denominados países ribeirinhos. Este mar estende-se desde Singapura (Estreito de Malaca) ao sul até o Estreito de Taiwan, ao  norte. Dois grandes grupos de ilhas são encontrados nele: Spratly e Paracel.

De acordo com Kaplan (2011): “O Mar do Sul da China funciona como a “garganta” das rotas marítimas mundiais, abrangendo os Estreitos de Malaca, Sunda, Lombok e Makassar.”

5.Características do Mar do Sul da China

O Mar do Sul da China possui algumas características que o fazem dele um mar singular em termos da geopolítica internacional e o torna uma região de extrema volatilidade, política e econômica .Ele é contestado multilateralmente, não apenas por países ribeirinhos, mas também por terceiras potências com interesses não declarados, que estão amparados por fatos que, no desenrolar desta pesquisa serão oportunamente aventados.[pic 1]

Estas características geoestratégicas do Mar do Sul da China e a conflituosidade lá existente entre os países da região o torna singular. Circunstâncias as que deve acrescentar-se o fato de que terceiras potências como os Estados Unidos, também possuem interesses políticos e estratégicos na referida zona, como a defesa da livre navegação ou até mesmo a manutenção de pesquisas científicas e exploratórias com confessados (e questionados) fins pacíficos.

O Mar do Sul da China é o elo estratégico entre os oceanos Pacífico e Índico. Para muitos países e suas forças navais, a manutenção da livre circulação neste espaço torna-se um elemento geopolítico relevante, seja para a China como para os Estados Unidos, que visam a qualquer custo manter a liberdade e a segurança do fluxo de seus navios, comerciais e militares.

5.1 ÁGUAS CONFLITUOSAS, ÁGUAS PERIGOSAS

Os inúmeros conflitos marítimos entre os países banhados pelo Mar do Sul da China estão principalmente pautados pela expansão de seus domínios sobre aquelas águas. Como dito precedentemente, além dos países daquela região compreenderem o factor estratégico e a importância do domínio do Mar do Sul da China para a consequente manutenção da segurança regional, existe uma série de conflitos marítimos pelo controle dos arquipélagos Spratly e Paracel, que são dois conjuntos de ilhas localizadas naquela porção marítima e reconhecidos internacionalmente como fontes de recursos minerais, tais como petróleo e gás. Grande parte dos países ribeirinhos reivindica parte ou totalidade destes.

6.Os Arquipélagos Spratly e Paracel

Estas reivindicações têm de certa forma ocasionado um imbróglio político e até mesmo jurídico. Apesar da China e do Vietnam reclamarem para si a maior porção dos arquipélagos, outros Estados ribeirinhos reivindicam parte dos mesmos,

O arquipélago Spratly torna-se mais fácil de identificar por ser significativamente maior que o Paracel. Há mais de cem ilhas que ocupam cerca de 160 mil quilómetros quadrados no Mar do Sul da China, sendo dez vezes maior que o arquipélago Paracel.

O arquipélago Paracel, por sua parte, está constituído por cerca de 30 ilhas e recifes, ocupando 15.000 quilómetros quadrados de área no Mar do Sul da China e tornando a navegação ao seu entorno, perigosa.

7.O PENSAMENTO NAVAL CHINÊS

Desde o início da década de 80, poderíamos salientar que dois factores contribuíram, de certo modo, para uma nova concepção do pensamento naval chinês, mais apropriada ao seu contexto, ou seja, ao maior crescimento económico e inserção da China na economia e política internacional.

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