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A TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

Por:   •  3/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.372 Palavras (14 Páginas)  •  139 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O trabalho apresentado aborda fundamentos dentro de uma sociedade empresarial denominada Teoria Clássica da Administração elaborado por Henry Fayol, sendo assim o tema abordado tem como objetivo explorar os conceitos realizados por ele e demonstrar seus pontos estudados sob variadas óticas agregando a administração atual à teoria abordada. Segundo Stoner (1999 apud GIACOMELLI FERREIRA, 2002, p. 14), a Teoria Clássica da Administração surgiu da “necessidade de encontrar as linhas mestras para administrar organizações complexas como as fábricas. ”

2 ORIGENS DA ABORDAGEM CLÁSSICA

Segundo Chiavenato (2003, p.49), as origens da Abordagem Clássica da Administração remontam as consequências geradas pela Revolução Industrial e podem ser resumidas em dois fatos genéricos, a saber:

O crescimento acelerado e desorganizado das empresas, ocasionando uma gradativa complexidade em sua administração e exigindo uma abordagem científica e mais apurada que substituísse o empirismo e a improvisação até então dominantes. O aumento do tamanho das empresas leva à substituição das teorias de caráter totalizante e global [...] por teorias micro industriais de alcance médio e parcial [...]. Com a grande empresa com dimensões mais amplas surgem as condições iniciais de planejamento da produção, reduzindo a improvisação.

A necessidade de aumentar a eficiência e a competência das organizações, no sentido de se obter o melhor rendimento possível dos recursos e fazer face à concorrência e à competição que se avolumavam entre as empresas. Com a substituição do capitalismo liberal pelos monopólios, instala-se nos Estados Unidos, entre 1880 e 1890, a produção em massa, aumentando o número de assalariados nas indústrias - torna-se necessário evitar o desperdício e economizar mão-de-obra. Surge a divisão de trabalho entre aqueles que pensam (gerentes) e os que executam (trabalhadores). Os primeiros fixam os padrões de produção, descrevem os cargos, determinam funções, estudam métodos de Administração e normas de trabalho, criando as condições econômicas e técnicas para o surgimento do taylorismo e do fordismo nos Estados Unidos e do fayolismo na Europa.

A Teoria Clássica surgiu numa época tumultuada, na segunda década do século XX, quando ocorreu:

A Primeira Guerra Mundial (1914-1917) envolveu a Europa e os Estados Unidos em operações militares conjuntas. Em seguida, os meios de transporte tiveram enorme expansão, com a indústria automobilística, as ferrovias e o início da aviação militar, civil e comercial. As comunicações também passaram por enorme expansão do jornalismo e do rádio em ondas médias e curtas. E na Europa surgiu a Teoria Clássica da administração. (CHIAVENATO, 2003, p.80).

3 A OBRA DE FAYOL

Henri Fayol foi um dos principais personagens da história da administração, fundou a Teoria Clássica da Administração. Formado em engenharia, começou a trabalhar cedo em uma indústria de metalúrgica e carbonífera. Galgando assim cargos de extrema importância e chegando a diretor geral da empresa.

Sua teoria clássica trata, pela primeira vez, da administração como uma disciplina de estudos voltados a organização empresarial e profissional, com enfoque na função e nas decisões dessa empresa.

Dessa forma, Fayol compreende que toda empresa apresenta seis funções essenciais que ele define como o “corpo da empresa”, essas funções são:

  1. Técnicas: produção de bens e serviços;
  2. Comerciais: compra, venda e permuta;
  3. Financeira: procura e gerência de capitais;
  4. Segurança: proteção e preservação dos bens e das pessoas;
  5. Contábeis: inventário, registro, balanços, custos e estatísticas;
  6. Administrativas: relacionadas com as cinco funções anteriores, estando acima e em reciprocidade com elas.

Portando, tendo o “corpo da empresa” e sabendo que a sexta função está em junção com as cinco demais funções, Fayol conclui que:

Nenhuma das cinco funções essenciais precedentes tem o    encargo de   formular o programa de ação geral da empresa, de construir o seu corpo social, de coordenar os esforços e de harmonizar os atos. Essas atribuições constituem outra função, designada pelo nome de administração. (FAYOL, 1950, p.10).

Num segundo momento, Fayol define as funções exclusivamente administrativas ou os elementos do administrador que são:

  1. Prever: traçar de forma sistemática os objetivos que a empresa buscará no futuro;
  2. Organizar: a maneira como a empresa coordena todos os seus recursos;
  3. Comandar: conduzir a empresa para os objetivos traçados;
  4. Coordenação: reunir, unificar e harmonizar todas as atividades visando o alcance dos objetivos;
  5. Controlar: verificar se todos os procedimentos estão de acordo com o as regras da empresa.

Esses seis elementos constituem o chamado processo de administração que segundo Chiavenato (p.81) “são localizáveis no trabalho do administrador em qualquer nível ou área de atividade da empresa”. Dessa forma entende-se que qualquer que seja o nível do administrador dentro de uma empresa ele tem que desempenhar esses seis trabalhos ou essas seis funções administrativas.

No entanto, Fayol entende que todos os níveis hierárquicos de uma empresa possuem responsabilidades administrativas, e essas responsabilidades são proporcionais à função que cada indivíduo exerce dentro da empresa. Descentralizando a ideia de que as funções administrativas são únicas e exclusivas dos administradores, podemos entender melhor essa descentralização das responsabilidades de acordo com a ideia de Chiavenato (p.82) “A função administrativa não se concentra exclusivamente no topo da empresa, nem é privilegio dos diretores, mas é distribuída proporcionalmente entre os níveis hierárquicos.”.

Entretanto, Fayol discute os termos administração e organização mostrando suas diferenças significativas e conceituais, indo além de suas semelhanças sinônimas. Segundo Fayol, a administração é um conjunto de processos, sendo ela o topo, enquanto a organização faz parte desse conjunto, sendo está subordinada. Um marco que inicia o significado duplo do conceito organização, sendo o primeiro entendido como “uma entidade social na qual as pessoas interagem entre si para alcançar objetivos específicos. ”, e o segundo como “função administrativa e parte do processo administrativo.”.

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