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Por:   •  18/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.887 Palavras (12 Páginas)  •  184 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

P2

ECONOMIA DE MERCADO

Michelle Gibin Matsumoto

RA: 562290-5

CÓD: 707R

TEL: (11) 98143-3511

SÃO PAULO

NOVEMBRO 2014

O surgimento da sociedade de mercado

Tradição, imutabilidade, ordem – eram esses os conceitos mais importantes na sociedade econômica medieval, fomos apresentados a essa forma pouco familiar e estática de vida econômica. Nossa finalidade, entretanto, é outra: não é a descrição dos fatores que conservaram a estabilidade econômica da sociedade medieval, mas sim identificar as forças que a sabotou.

Forças de mudança

As forças das mudanças são: o mercador itinerante, a urbanização, as cruzadas, o crescimento do poder nacional, as explorações, a mudança na atmosfera religiosa, o calvinismo, a ética protestante, a falência do sistema manorial e o surgimento da economia monetária.

O surgimento do aspecto econômico da vida

Por trás de todos esses acontecimentos perturbadores, podemos entrever um enorme processo que literalmente revolucionou a organização europeia. Enquanto que no século 10 transações em toda a espécie de dinheiro eram apenas periféricas à solução do problema econômico, por volta do século 16 e 17 o dinheiro em moeda e papel já começava a constituir a forca elementar da coesão econômica.

Acima dessa monetização geral da vida, porém, outra mudança, talvez mais profunda, estava ocorrendo. Foi o aparecimento de uma esfera econômica de atividade, visível de dentro da matriz circundante de vida social, e dela separada. Falamos da criação de todo um aspecto da sociedade que jamais existira, mas que dali pra frente formaria um aspecto de comando da existência humana.

Trabalho, terra, capital, cercamentos, surgimento do proletariado, fatores de produção, trabalho assalariado, capitalismo e motivação para o lucro são outras forças de mudança.

A invenção da economia

A nova sociedade de mercado fez mais que somente criar um ambiente em que os homens não apenas eram livres, mas obrigados a buscar os interesses próprios: fez surgir também um problema de dificuldade considerável e grande importância. Tratava-se de compreender o funcionamento de um mundo em que pessoas em busca de enriquecimento não eram mais limitadas a seguir os seus antepassados ou a modelar suas atividades econômicas conforme os ditames de um senhor ou rei no comando.

A “filosofia” do comércio

Essa nova ordem precisava de uma “filosofia” – uma explicação razoável de como uma sociedade assim se manteria, “funcionaria”. Sem dúvida, essa filosofia não saltava aos olhos. De muitas maneiras, o novo mundo de pessoas em busca de enriquecimento causava perplexidade e temos aos contemporâneos, a mesma impressão dos líderes imaginários de uma sociedade tradicional.

Não surpreende que os filósofos do comercio discordaram. Na Inglaterra, um grupo de panfletários e mercadores, os chamados mercantilistas, vieram com uma explicação de uma sociedade econômica que acentuava a importância do dinheiro e glorificava o papel do negociante ou mercador, cujas atividades tinham tudo para trazer “dinheiro” ao Estado pela venda de bens aos estrangeiros. Na França, uma escola de pensadores a quem denominamos fisiocratas teve ideias bastante diversas. Exaltaram as virtudes do fazendeiro e não as do mercador. Toda a riqueza, em última instancia, provinha da abundância da natureza, diziam, indiferentes à riqueza dos comerciantes e até mesmo à dos fabricantes. Para os fisiocratas, estes pertenciam a uma classe “estéril” que nada acrescentava à riqueza produzida pelo fazendeiro. O trabalho deveria ser pobre, embora não necessariamente “miserável”.

Visões tão diferentes dificultaram uma unanimidade predominante na política econômica. A concorrência deveria ser regulamentada ou deixada livre? A exportação de ouro deveria ser proibida, ou os “tesouros” poderiam entrar no reino ou dele sair conforme os ditames dos ventos do comercio? Os produtores agrícolas deveriam pagar impostos por serem a verdadeira origem de toda a riqueza, ou os impostos deveriam ser cobrados dos prósperos comerciantes? As respostas para essas perguntas perturbadoras aguardaram o aparecimento de Adam Smith (1723-1790), o santo patrono de nossa disciplina e uma figura de enorme envergadura intelectual. Sua obra maior, a Riqueza das Nações, publicada em 1776, ano da Revolução Norte-Americana, ofereceu ao mundo ocidental o primeiro relato completo de algo que ele desejava muito conhecer – o funcionamento de seus próprios mecanismos econômicos.

A divisão do trabalho

O mundo descrito por Adam Smith era diferente do nosso. Era um mundo de empresas muito pequenas: sua famosa descrição de uma fábrica de alfinetes envolve uma indústria com dez empregados. Era ainda limitada pelas restrições das guildas medievais: não havia na Inglaterra mestre chapeleiro que pudesse empregar mais que dois aprendizes. Na famosa casa da cutelaria de Sheffield, nenhum mestre podia ter mais que um aprendiz. Mais importante ainda, era um mundo em que monopólios protegidos pelo governo tinham acordos com alguns ramos do comercio, como o dos negócios com as Índias Ocidentais. Apesar de todas as diferenças em relação à sociedade econômica moderna, a visão básica que Smith ofereceu à sua época ainda é capaz de esclarecer as tarefas econômicas da nossa.

A atenção de Smith foi ocupada por dois problemas principais. O primeiro está implícito no título do livro: trata-se de sua teoria sobre a mais importante tendência de uma sociedade de “liberdade perfeita” – a tendência para o crescimento.

O crescimento econômico – isto é, o crescimento continuo da produção de bens e serviços para o bem da sociedade – não era uma preocupação para filósofos de sociedades apegadas à tradição ou mesmo de sociedade comandadas por imperadores com mentalidade imperial. O que Adam Smith distinguiu, todavia, no meio do aparente turbilhão de uma sociedade de mercado, foi um mecanismo escondido que agiria para aumentar a “riqueza das nações” – sobretudo das nações que gozavam de um sistema de liberdade perfeita e que nele não interferiam.

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