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Atividade Da Revolução Industria

Por:   •  16/3/2023  •  Resenha  •  1.194 Palavras (5 Páginas)  •  57 Visualizações

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        A gerência surgiu na Inglaterra durante a Revolução Industrial, motivada pela necessidade de coordenar a produção em larga escala e disciplinar a força de trabalho de uma quantidade cada vez maior de trabalhadores. Foram introduzidas técnicas para aumentar a eficiência e reduzir o tempo de produção, como a padronização dos processos e a cronometragem das atividades. Esse sistema garante ao gestor o domínio sob a classe trabalhadora, que o autor chama de “dominação de classes”, visto que confere a ele o poder de autoridade. O domínio é, de fato, nítido no ambiente de trabalho. As atividades desempenhadas pelos trabalhadores com uma hierarquia relativamente baixa são determinadas, cobradas e supervisionadas pelos seus superiores.  Atualmente a gestão é muito discutida e valorizada nas corporações, com função de gerenciar os trabalhadores e os processos, a fim de garantir que a força de trabalho seja direcionada aos objetivos do capitalista, que praticamente se resumem em lucro e marketshare. Nos dias atuais, uma empresa com má gestão está fadada ao fracasso, devido a enorme competitividade presente em todos os mercados.

        A administração surge, no mesmo contexto da Revolução Industrial citado no parágrafo acima, como uma disciplina capaz de enfrentar os desafios de uma nova era, voltada para a gestão eficiente de empresas. Um dos primeiros movimentos teóricos a surgir, em resposta aos novos desafios organizacionais da época, foi a escola clássica de administração. A busca pela máxima eficiência e a racionalização do trabalho foram os principais objetivos da escola clássica. Esses objetivos seriam alcançados por meio da padronização dos processos produtivos, especialização das funções, divisão do trabalho e gestão da força de trabalho. A escola clássica de administração dá ênfase exacerbada na eficiência, deixando de lado fatores sociais e individuais, questões que foram abordadas mais tarde por outras escolas.

        Taylor alega, em sua obra, que a administração deve ser baseada em métodos científicos para que consiga atingir seus objetivos de aumentar a produtividade e a eficiência das companhias. Alguns métodos que ele definiu para obter esses resultados são:

        Análise minuciosa do trabalho, a fim de reconhecer as melhores maneiras de realizar as tarefas, cronometrando o tempo gasto e identificando os melhores padrões de execução.

        Definição de métodos e procedimentos padronizados para garantir que as tarefas sejam realizadas sempre da mesma maneira, evitando desvios na qualidade dos produtos. Essa padronização excessiva dificulta o surgimento de ideias inovadoras que podem revolucionar o mercado, e acaba limitando o trabalhador.

        Divisão do trabalho em tarefas específicas, para que cada trabalhador desempenhe uma parte do processo, objetivando a máxima eficiência pela repetição. Essa extrema divisão do trabalho resulta na alienação do trabalhador.

        Recompensar os trabalhadores pelo trabalho bem feito, com bônus salarial baseado no desempenho individual. Essa estratégia é muito eficiente, pois motiva o funcionário a entregar o seu máximo, a fim de ser reconhecido por isso. Tanto o capitalista quanto o trabalhador saem ganhando.

        Criação de um departamento de planejamento e controle para garantir que as atividades sejam realizadas de acordo com os padrões estabelecidos. Departamento responsável pela gerência da força de trabalho.

        Participação em todos os processos por parte da administração, desde o planejamento até a execução, buscando obter o maior controle possível. Para o capitalista, é imprescindível que tenha uma pessoa pensando e garantindo que os interesses dele estejam sendo priorizados, mesmos nas camadas mais baixas da hierarquia.

        Na primeira metade do século XX, surge o sistema de produção em massa criado por Henry Ford, denominado fordismo em homenagem ao seu criador. O modelo foi desenvolvido como resposta aos desafios enfrentados na época, principalmente para atender à crescente demanda por produtos. O modelo era baseado na produção em série e na padronização dos produtos, permitindo assim uma produção em larga escala e redução de custos. A saturação do mercado, devida a produção excessiva e a resistência dos trabalhadores às péssimas condições de trabalho a quais eram submetidos foram os principais problemas desse modelo, que culminaram na crise do fordismo em meados de 1970. O clássico do cinema “Tempos Modernos” relata de maneira cômica a realidade dos trabalhadores na época, submetidos a extensas jornadas de trabalho, extrema repetição, praticamente transformando as pessoas em máquinas, e as precárias condições de trabalho. Analisando o filme é possível entender e identificar os principais problemas desse modelo produtivo. A crise do fordismo não significou o fim do modelo de produção em massa, mas a busca por um modelo de produção que valorize e respeite o trabalho humano.

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