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COTAS RACIAIS .

Por:   •  22/9/2017  •  Trabalho acadêmico  •  618 Palavras (3 Páginas)  •  129 Visualizações

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       COTAS RACIAIS.

     As cotas raciais estão se expandindo atualmente no Brasil. Grande parte das universidades públicas nacionais está adotando o sistema. No qual tem por finalidade a inclusão de negros no ensino superior público, facilitando assim o acesso desta camada étnica a níveis de conhecimento superior.

  Desde sua criação, as cotas raciais têm sido motivo de discussão não só entre estudiosos, mas principalmente entre jovens estudantes, atingidos diretamente pela prática. Considerada um meio de indenizar os negros pelas consequências de nosso passado escravista, tais cotas reservam metade das vagas ofertadas pelas universidades às pessoas dessa etnia.  Pretensiosamente o sistema de cotas busca, através da facilitação de afro descendentes [afrodescendentes] terem acesso ao ensino superior público, a igualdade social e racial. Tal medida toma como base o passado histórico dessa camada vivenciado no Brasil colônia, no qual os negros não viviam condicionalmente como cidadãos com direitos legais dentro da sociedade se comparados aos brancos. Condição evidenciada, por exemplo, na escravização. Processo que corrompeu a socialização plena desta camada, justamente proveniente dos preconceitos em prol deste passado histórico sistematicamente desfavorável aos negros. A criação do sistema de cotas raciais se por um lado traz alguns benefícios para a etnia negra, por outro aumenta o conflito ideológico entre as raças. Vários estudantes que não se enquadram nesse sistema reclamam da notável diferença de pontuação, entre um membro cotista e outro não cotista, para ingressar na universidade. Seria inevitável o surgimento de críticas ao sistema em uma sociedade acostumada a ver os negros apenas como uma ferramenta de trabalho. A atual constituição, que vigora desde 1988, em um de seus artigos rege o direito e a igualdade independente da etnia. Porém, em uma sociedade que carrega péssimos exemplos do seu passado colonizador, fica difícil colocar tal artigo em prática. Infelizmente o sistema de cotas vai levar um tempo para entrar definitivamente na ideologia do povo brasileiro. Diante dos expostos apresentados fica evidente que medidas tão radicais, como o sistema de cotas raciais, não são bem vistas pela sociedade brasileira. Talvez seja preciso uma revolução ideológica para o brasileiro aceitar a igualdade racial. O governo brasileiro deve em seu papel equacionar medidas que tentem primeiramente sepultar a pior das heranças deixada pelos colonizadores: o racismo, para então amenizar as diferenças inter-raciais. Percebe-se, contudo, que o caráter da lei tem servido como um método não de ajudar os negros, mas de absolver o Brasil e a sociedade da culpa pelo nosso sombrio passado e pelo nosso enraizado preconceito. Dar facilidades aos negros não basta para acabar com a sua segregação. Na verdade, reforça as ideias de exclusão e os priva da possibilidade de concorrer com as outras etnias e demonstrar sua equivalência intelectual. Desse modo, podem servir como impulsionadoras de visões preconceituosas, principalmente entre a juventude, próxima geração de nossa sociedade.  Além disso, a lei pode ter efeito reverso a longo prazo. Na saída do negro da universidade e em sua entrada no mercado de trabalho, pode haver uma perca da competitividade, justificada por uma suposta maior facilidade para entrar no ensino superior. Vale lembrar que tentar amenizar a segregação nas instituições de ensino não o faz também nas empresas contratantes.

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