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CRÍTICA DE MARK AO CAPITALISMO – RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO E O ESTADO

Por:   •  21/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.983 Palavras (8 Páginas)  •  187 Visualizações

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CRÍTICA DE MARK AO CAPITALISMO – RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO E O ESTADO

Professora ECYLAJEUS

Andréa Cruz de Oliveira Pereira

Universidade Jorge Amado

Disciplina Sociologia

Salvador – BA, 07 de Novembro de 2018

CRÍTICA DE MARK AO CAPITALISMO – RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO E O ESTADO

     O socialismo científico é uma doutrina política, social e econômica formulada por Marx e Engels no final da década de 1840. Essa doutrina socialista visava analisar a sociedade para transformá-la. Seu objetivo principal era a substituição do capitalismo pelo comunismo, através de um processo revolucionário proletário. Marx lutava arduamente para que suas ideias fizessem parte de sua prática cotidiana. Baseou-se em conceitos, como o materialismo de Feuerbach e também sobre a dialética de Hegel, o que se mostrou um valioso exercício que contemplou as relações entre os indivíduos e com as instituições que balizavam o comportamento social. Seus estudos se debruçaram profundamente sobre em todas essas vertentes, que eram constantemente questionadas e revistas. Foi um grande responsável por reorientar todo o debate entre intelectuais na Europa. Por meio do chamado materialismo histórico, compreenderam que as sociedades humanas viabilizam suas relações a partir da forma pela qual os bens de produção são distribuídos entre os seus integrantes.

     Dessa forma, as condições socioeconômicas acabavam determinando como a cultura, o regime político, a moral e os costumes se configurariam. O capitalismo desenvolvido por Marx é uma teoria social crítica da própria forma específica de vida social que se originou na Europa Ocidental e tem se desenvolvido como um sistema global complexo. Dentro do quadro de uma abordagem não-evolucionária, tal investigação deve explicitar e explicar a feição característica da modernidade, naquilo que se relaciona a formas sociais historicamente específicas.

      O resultado é uma forma de dominação social nova e crescentemente abstrata, uma forma que subordina as pessoas a imperativos estruturais impessoais e a restrições que não podem ser adequadamente captadas em termos de dominação concreta e que gera uma dinâmica histórica progressiva. Apresentar a análise de Marx como uma crítica historicamente específica do trabalho no capitalismo conduz a uma compreensão da sociedade capitalista muito diferente daquela que está presente nas interpretações marxistas tradicionais. Embora sua análise crítica do capitalismo inclua a crítica à exploração, à desigualdade social e à dominação de classe, vai além disso, ao procurar elucidar o próprio tecido das relações sociais na sociedade moderna, e a forma abstrata de dominação social que lhes é intrínseca, através de uma teoria que fundamenta sua constituição social em determinadas e estruturadas formas de práticas.

     O pensamento econômico de Marx aparece exposto em  Fundamentos da Crítica da Economia Política, de 1857 e em Das Kapital (O Capital), de 1867-1869. Sua teoria econômica materialista histórica procura explicar como o modo de produção capitalista propicia a acumulação contínua de capital, e sua resposta está na confecção das mercadorias. Elas resultam da combinação de meios de produção (ferramentas, máquinas e matéria-prima) e do trabalho humano. No marxismo, a quantidade de trabalho socialmente necessária para produzir uma mercadoria é o que determina o seu valor mínimo. A ampliação do capital através da mais-valia, conceito já criado, mas plenamente desenvolvido apenas por Karl Marx, demonstrando que o trabalho produz valores superiores ao dos salários (que é o valor necessário à reprodução da força de trabalho). A esse diferencial, que irá se tornar um conceito fundamental da teoria de Marx, é considerado a fonte dos lucros e da acumulação capitalista.

     Marx e Engels desenvolveram uma concepção de Estado que foge da linha do pensamento dominante de sua época e, inclusive, de Hegel, grande influência dos autores. Para Marx o Estado não é o ideal de moral ou de razão, mas uma força externa da sociedade que se põe acima dela não para conciliar interesse, mas para garantir a dominação de uma classe por outro e a manutenção da propriedade. Engels, em seu livro A origem da propriedade privada, do Estado e da família esclarece que o Estado surgiu junto com a propriedade privada para protegê-la. Para os autores a propriedade privada gerou um conflito inconciliável, o conflito entre as classes sociais. Para impedir que os membros da sociedade se devorassem a classe dominante criou o Estado, forma pela qual se mantém no poder. Por isso todo Estado, por mais democrático que seja é uma ditadura. Marx e Engels mostram que as principais características do Estado são a burocracia, a divisão dos súditos por território e uma força militar, um exército permanente.

     Marx, ao perceber que o Estado é um aparelho de dominação de uma classe por outra, percebe também que a revolução armada para a construção do socialismo é uma forma passageira de Estado, mas segundo ele é um Estado que já não é mais Estado, pois não só inverte a relação de domínio como cria as bases para seu próprio fim. Esse é o Estado Operário. Marx e Engels defendem, no entanto, esse Estado apenas para triunfar sobre o adversário, para acabar com a divisão da sociedade em classes. Com o fim do capitalismo, desaparecem com eles as classes sociais e, portanto, o Estado, pois só pode haver dominação de classe numa sociedade dividida em classes. Engels, em Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico esclarece:

Quando já não existir nenhuma classe social que precise ser submetida; quando desaparecerem, juntamente com a dominação de classe, juntamente com a luta pela existência individual, engendrada pela atual anarquia da produção, os choques e os excessos resultantes dessa luta, nada mais haverá para reprimir, nem haverá necessidade, portanto, dessa força especial de repressão que é o Estado. O primeiro ato em que o Estado se manifesta efetivamente como representante de toda a sociedade - a posse dos meios de produção em nome da sociedade - é ao mesmo tempo o seu último ato independente como Estado.

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