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Contabilidade de Custos - ABC

Por:   •  22/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.185 Palavras (13 Páginas)  •  331 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE ECONOMIA ESTATÍSTICA ADMINISTRAÇÃO ATUÁRIAS E CONTABILIDADE

ABC – Activity Based Costing

(Custeio Baseado em Atividades)

Contabilidade de Custos – 2015.2

Carine Oliveira Souza - 373420

Introdução

A contabilidade de custos foi originalmente desenvolvida para solucionar o problema da avaliação dos estoques das empresas. Com o passar do tempo, aquilo que parecia inicialmente satisfatório, já não supria mais as necessidades das empresas. O sistema então evoluiu e passou a gerar informações para a tomada de decisões gerenciais.

A complexidade da atividade econômica, com empresas produzindo em grandes quantidades, um número cada vez mais diversificado de produtos e a automação progressiva dos processos de manufatura, contribuíram para realçar as “falhas” dos sistemas de custos então adotados. Esses sistemas mostravam-se ineficientes, principalmente na aplicação em empresas de grande porte que produzem grande variedade de bens e serviços e que possuem processos produtivos altamente industrializados.

O método de Custeio Baseado na Atividade (ABC) surgiu como forma de suprir essa necessidade de informações de custos, porém, devido a sua complexidade não é viável para qualquer organização. Esse sistema é considerado o mais avançado em termos de lógica dos critérios de alocação dos custos indiretos e mais vinculados à realidade produtiva atual, enquanto ferramenta ajuda a compreensão, a mudança e o crescimento organizacional.

As empresas vêm se interessando por esse método devido a sua preocupação com a competitividade global. O Modelo baseado em atividades (ABC) permite aos gestores a visão focalizada dos problemas que ocorrem em nível operacional, relacionados com a criação de valor para os clientes, e dos que ocorrem em nível de decisões de natureza econômica, relacionados com a otimização de retorno para os investidores.

Diante da importância das organizações conhecerem seus custos, e de optarem por um método que os auxilie na tomada de decisões, esse trabalho tem o intuito de realizar uma pesquisa e discorrer sobre o método ABC envolvendo o Referencial Teórico, as vantagens e limitações do método, finalizando com um exemplo ilustrativo.

Histórico

O estudo de Miller e Vollmann (1985) é reconhecido na academia como uma referência sobre a temática ABC. Os autores foram pioneiros em documentar o entendimento que para reduzir os elevados custos indiretos de fabricação as companhias deveriam analisar

outros elementos além dos custos de mão-de-obra direta e de materiais diretos. Segundo eles é necessário focar os custos das transações, as quais são responsáveis pela movimentação e transformação de materiais e informações necessárias para conduzir a produção.

Durante o final dos anos 80 e boa parte dos anos 90, diversos trabalhos foram publicados, tendo como principal expoente o professor Robert Kaplan (1992, 1998, entre outros). Especificamente no) Brasil, tem-se o como destaque os estudos desenvolvidos pelo

professor Masayuki Nakagawa (1995).

Os métodos de custeio tradicionais, baseado na assim chamada filosofia do custeio por absorção, chegaram aos anos 1980 eivados de criticas, principalmente dos gerentes, usuários da informação. Para estes, o sistema apresentava informações que pareciam contradizer as

técnicas modernas de administração de produção (TQM, JIT, etc) e sua experiência na administração das fábricas (JOHNSON; KAPLAN,

1993). Para Johnson e Kaplan (1993), os métodos de custeio tradicionais eram defasados, distorcidos e por demais agregados para serem úteis ao processo decisório. Nesta obra, os autores fazem um apanhado da evolução dos métodos de custeio a partir do fim do século XIX e realizam críticas contundentes. Ao final do livro, propõem algumas alternativas e algumas questões que deveriam ser respondidas pelos métodos de custeio. A partir de estudos conduzidos pelo CAM-I (Consortium for advanced manufacturing - international), começou a tomar forma o sistema de custeio gerencial (CMS – Cost Manufacturing System), materializado pelo método ABC (BERLINER; BRIMSON, 1992)

Segundo Bornia (2002), os primeiros registros a respeito do sistema de

custeio por atividades foram elaborados na primeira década do século XX por Alexandre Hamilton Church. Mais tarde, os livros Activity costing and inputoutput accounting, de Georg J. Staubus, publicado em 1971, e o Transaction Based Costing de 1985 escrito por Jeffery G. Miller e Thomas E. Vollmann também trouxeram grandes contribuições.

Nakagawa (1994a) afirma que a utilização da técnica do sistema de custeio por atividades, em conjunto com a análise de atividades utilizadas na administração científica, surgiu devido à necessidade da evolução das informações dentro das empresas.

No final dos anos oitenta e início dos anos noventa, o sistema de custeio por

atividades tornou-se uma abordagem conhecida por contadores, gerentes de operações, promotores de seminários e projetistas de softwares, principalmente após a publicação de um artigo intitulado Measure cost right: make the right decision, 52 (COOPER E KAPLAN, 1988), onde os autores, segundo Bornia (2002), assumiram a paternidade do sistema de custeio por atividades.

Para Pamplona (1997), o sistema de custeio por atividades surgiu porque os sistemas tradicionais de custo não acompanharam a evolução da tecnologia nos processos de produção, o qual exige o uso de metodologias como o Just-in-time, Kaizen, TQC, tecnologias de automação e toda a informatização dos processos que necessitam de atividades de apoio para a execução, manutenção, controle e gerenciamento.

Motta (1997) exemplifica algumas dessas atividades, tais como manutenção preventiva, inspeção de setups, programação da produção mais complexa e mão de obra suporte. Essas atividades geram um aumento nos custos indiretos e, segundo Martins (2000), somente podem ser apropriados de forma indireta aos produtos, mediante estimativas, critérios de rateio ou previsão de comportamento de custos. Essas formas de distribuição, ainda segundo Martins (2000), contém certo grau de subjetivismo, o que pode provocar erros nos valores rateados.

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