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Crítica com base no texto: ALVES, Rubens. Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação. São Paulo: Ed. Loyola, 2001

Por:   •  30/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.721 Palavras (7 Páginas)  •  405 Visualizações

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Era um granjeiro com muito estudo. Estudou administração para que sua granja funcionasse cientificamente se preocupando apenas com as tarefas, usando da observação e mensuração, fazendo da ciência um lugar de empirismo. Ele usou da especialização, incentivos às galinhas, padronização, fadiga dos animais, as más condições de trabalho, alguns elementos que poderíamos ver na ORT – Organização Racional do Trabalho, aplicada na Teoria da Administração Científica. Tratava as galinhas como sistemas mecânicos (máquinas) invés de sistemas orgânicos (vida). Doutorou-se em criação em galinhas. No curso retórico, estudou que em um negócio o essencial é a produtividade. O improdutivo dá prejuízo; deve, portanto, ser eliminado.

         Como punição a esta improdutividade o granjeiro transformava as galinhas em cubinhos de galinhas, eram descartáveis. O granjeiro, aprendeu nos seus estudos e trabalhou todos os métodos da Era Industrial, onde a ênfase estava nos recursos, no tamanho da organização, na estabilidade e permanência, a abordagem predominante da atividade humana nas organizações era de uma atividade meramente rotineira, repetitiva, física ou muscular, fazia parte dos processos produtivos como qualquer máquina ou equipamento. As pessoas eram fornecedoras de mão-de-obra e trabalho servil; os resultados eram focados exclusivamente no acionista ou proprietário (shareholder). Já na Era da Informação a ênfase está nas competências, na conectividade e na agilidade. As pessoas são fornecedoras tanto de competências e conhecimentos, quanto de trabalho intelectual. OS resultados são totalmente focados nos grupos de interesses envolvidos no negócio das organizações (stakeholders).

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Na era industrial prezava-se o trabalho físico, era tudo igual, padronizado, limitado. O trabalho era individualizado, o homem como máquina. Os talentos eram oprimidos e não desenvolvidos. O que não era produtivo era descartado. Tinham-se gerentes, que mandavam executar uma tarefa e puniam exigindo um árduo treinamento, homens como máquinas, especializados em uma única tarefa. O granjeiro estabeleceu um rigoroso sistema de controle da produtividade, ele só controlava, controlava e controlava, para garantir a qualidade total de sua granja. Estabeleceu então, metas rigorosas e explorava para alcança-las. Era necessário que cada galinha produzisse a partir de 250 ovos, se produzisse menos, eram descartadas. E as que conseguiam alcançar esta meta, recebiam mais ração como estímulo e bonificação, típico da Era Industrial (homo economicus – motivado pelo dinheiro, interesse).

Enquanto na era do conhecimento há o pluralismo (diversidade) dentro da organização, trabalho em equipe, onde o todo é maior que a soma de suas partes (sinergia). O trabalho é mental e o talento é aplicado. Os gerentes são líderes, que junto com toda a equipe planejam para alcançar um determinado objetivo. Tem-se uma aprendizagem organizacional, onde se aprende com as habilidades, experiências e conhecimento de todos. Surge o capital humano que é o conjunto de conhecimentos, competências e atributos para realização de um trabalho de modo a produzir valor econômico para toda a organização.

O granjeiro estudou muito, porém, não aplicava. O que é administração então? É saber interpretar os objetivos, transforma-los em ação organizacional por meio do planejamento, organização, direção e controle, para assim, alcançar os objetivos. Administração é o processo que consiste na coordenação do trabalho dos membros da organização e na alocação dos recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos de uma forma eficaz e eficiente. O granjeiro não usou todas as funções do administrador e muito menos tinha as habilidades necessárias. Ele planejou de maneira errada, não dirigiu, não organizou, ele apenas controlou.

Para alcançar seus objetivos, as organizações devem ser capazes de utilizar corretamente seus recursos, por isso precisam da administração. Todas as organizações têm um propósito ou uma finalidade.  Todas as organizações são compostas por pessoas, para tomada de decisões ou realização das tarefas. No caso do granjeiro, era apenas ele para a tomada de decisões, explorando dos animais. Todas as organizações possuem uma estrutura.

O granjeiro só se preocupou com a eficácia, onde deve-se fazer as coisas certas se preocupando apenas com os fins, maximizando os objetivos a serem alcançados com total ênfase nos resultados. Sem se preocupar com a eficiência em fazer bem as coisas, se preocupando em como fazer, com os meios, minimizando os recursos afim de não ter desperdícios, visando ênfase nos processos. O granjeiro só se preocupou com a execução do trabalho, com a mão de obra, com o nível operacional, ele não se preocupou a longo e médio prazo (nível tático e nível operacional). Não teve uma atuação estratégica abrangendo toda a organização e nem atuação tática, focando uma área comercial. 

Os administradores executam cada uma das funções interligadas para alcançar os objetivos definidos pela organização. Planejamento: Consiste na especificação dos objetivos, na definição das estratégias e ações que permitam alcança-los e no desenvolvimento de planos que integrem e coordenam as atividades da organização, permitindo-lhes concentrar sua atenção no que é mais importante para a organização. O granjeiro, apenas estipulou um objetivo, uma meta, porém não definiu ações e estratégicas para alcança-lo, não coordenou e planejou com o pensamento ainda de era industrial, um paradigma obsoleto. Ele apenas usou de punições e estímulos. Organização: Faz a distribuição de tarefas e dos recursos entre os membros para que estes alcancem os objetivos estabelecidos eficientemente, define quem tem autoridade e quando e onde devem ser tomadas as decisões. Apenas ele tinha autoridade e explorava as galinhas, não havia distribuição de tarefas e de recursos. Ele apenas queria alcançar sua meta, sem importar como. Direção: Processo de gestão de pessoas na organização. Dirigir significa liderar, motivo (incentivar) e coordenar (isto ele não fez, ele apenas explorou, controlou) os trabalhadores no desenvolvimento de suas tarefas. Selecionando o melhor canal de comunicação mais adequado e resolver conflitos, proporcionando um ambiente favorável à execução de um trabalho de qualidade, e no qual os trabalhadores se sintam satisfeitos. Controle: Assegura que os objetivos estão sendo alcançados. Consiste no monitoramento e na avaliação do desempenho da organização, na comparação com os objetivos planejados e na correção dos desvios. O granjeiro apenas utilizou do controle, para assegurar que os objetivos dele estariam sendo alcançados. Monitorando e avaliando o desempenho das galinhas. Comparando com os relatórios e onde ele queria alcançar.

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