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DEMISSÃO: A LINHA VERMELHA DO EMPREGO

Por:   •  3/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  4.159 Palavras (17 Páginas)  •  106 Visualizações

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DEMISSÃO: A LINHA VERMELHA DO EMPREGO

Ana Luiza Matos - 2179

Bárbara Freitas - 2584

Débora Rayane - 2558

Monique Ameno - 2982

Samara Rodrigues - 2541

RESUMO

É indubitável a importância e seriedade que o trabalho passou a ocupar na vida das pessoas, transpassou-se a ser nada menos do que o único percurso amplamente disponível para segurança, sucesso e satisfação das necessidades de sobrevivência. Dessarte ele passa a ser o critério que define a significação social dos indivíduos. Entretanto, assim como seu significado foi progressivo, o sistema e mercado que o sustenta passou a ser um jogo de braço de força, postulando cada vez mais um indivíduo protagonista competitivo e individualista, em um sistema cada vez mais instável e descontínuo. Não é condenável a demissão, muitas vezes e como será discorrida ao longo do artigo, ela é uma ação saudável e necessária às organizações. Porém defende-se em tese a maneira pela qual ela deve ser conduzida, principalmente pelos diversos fatores e consequências que dela recorrem nos indivíduos, uma vez que seu significado pode estar muito mais interiorizado e arraigado há sentidos e sentimentos profundos e intensos.

Palavras-chave: emprego, demissão, significado do trabalho.

1.INTRODUÇÃO

Atualmente, em um mercado cada vez mais competitivo e rígido, com uma constante e agressiva ascensão tecnológica, faz se mister que as organizações revejam suas políticas de redução de custos. O downsizing, também conhecido como enxugamento ou demissão, foi um dos meios que as empresas recorreram para sanar tal infortúnio. Dessa forma, a demissão e seu corolário imediato, o desemprego, têm sido vistos como inevitáveis diante dos ajustes necessários à sobrevivência das empresas na conjuntura atual se tornando cada vez mais presentes e frequentes nas organizações e na vida de todos os indivíduos. Porém é um tema muito pouco discutido e aprofundado. Fato que é alarmante, pois apesar de tal prática ser muito defendida como mecanismo de reestruturação e estratégias de sobrevivência, há controvérsias que os cortes sempre fazem bem às empresas, seguindo esse pensamento Caldas (2000) revela o quanto "enxugar" pode levar a empresa à beira da anorexia, especialmente quando as políticas não são claras e não se sabe fazer demissão.

Nesse novo quadro de demissão é integrado um processo de construção da identidade profissional com maior intensidade do que nas relações de trabalho anteriores. Os efeitos de tal ação estão ligados ao nível de importância e significado que o indivíduo denota do mesmo, e principalmente pelo seu despreparo individual. Destarte, é possível inferir que os efeitos que ela traz pode muitas vezes chegar a ser traumático e doloroso, segundo Caldas (2000) a demissão está simbolicamente associada ao fracasso e muito embora algumas situações não sejam consequências do fracasso individual, mesmo assim elas geram insegurança na pessoa.

Nas organizações os efeitos podem ser observados nos remanescentes, dessa forma tal prática deve ser administrada de forma correta e acima de tudo ética, para não prejudicar os mesmos e preservar a imagem da empresa.

Isto posto o objetivo do artigo é trazer luz aos efeitos e consequências da demissão tanto na visão organizacional como no individual, assim como mostrar as dimensões e significados do trabalho para o indivíduo, e como o mesmo compreende e comporta esse processo na sua vida. Serão utilizados dois estudos de casos, envolvendo uma visão da demissão do ponto de vista de um gerente, e uma entrevista com uma pessoa que passou por essa situação. Por conseguinte, espera-se compreender as duas visões desse processo, ter um entendimento maior e superno, para assim buscar alternativas e diminuir seus impactos tanto dentro das organizações como para o individual, pois é uma situação que todos estão suscetíveis a intercorrer.

2.REFERENCIAL TEÓRICO

Conforme a situação econômica atual, é comum se ver falar em corte ou enxugamento de pessoal e percebemos a crescente prática do mesmo no mercado empresarial. Com isto, percebemos a necessidade cada vez mais crescente em abordar o tema, não podendo mascarar a gravidade e a necessidade de se comentar o assunto. O estudo e pesquisa nessa área de conhecimento ainda é bem recente, se iniciando na década de 1980, por essa razão ainda são bem escasso materiais para pesquisas na área. Contudo, existem alguns autores que estudaram esse processo de demissão, nos apresentam formas de se tratar o tema, dentre eles, Miguel Caldas (2000), que é um dos que relaciona o processo de enxugamento ao downsizing, que se trata de um termo usado para empresas de renomado desempenho que passaram a enxugar pessoal de forma quase permanente elaborado por Kim Cameron. Esse processo de downsizing nos apresentam duas dimensões: uma temporal, que define as etapas do processo, e outra de radicalidade da mudança, que determinaria o conteúdo dessas etapas, de acordo com a intensidade necessária da intervenção. Onde uma tem o intuito de reduzir o tamanho da organização, e a outra etapa, reduzir a carga de trabalho remanescente. Este processo de enxugamento em si, sempre acarreta consequências mútuas , e estudar essas consequências, com o intuito de evitá-las o máximo possível, é o foco para se obter um processo acertivo de demissão. Para esse fim, apresentamos dois textos que explanam de melhor maneira o tema.

- Texto 1: “Consequências organizacionais de enxugamentos”.

Antes de tudo, é preciso conceituar o que é o processo de enxugamento que muitas empresas adotam como forma de corte de gastos. Em linhas gerais, enxugamento é o processo pelo qual a empresa promove uma espécie de demissão em massa como forma de conter gastos com pessoal e, de certa maneira, aumentar a produtividade com um menor quadro de colaboradores.

No texto em análise, abordou-se como o processo de enxugamento das empresas reflete na produtividade dos empregados remanescentes. Ou seja, como o temor e o receio sentido pelos colaboradores que remanesceram no quadro da empresa refletem diretamente no ritmo de produtividade da empresa.

Muitos estudos realizados com base na temática de queda de produtividade da empresa devido a demissões em massa mostraram como o corpo funcional remanescente de colaboradores

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