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ECONOMIA REGIONAL E DESENVOLVIMENTO DESIGUAL

Por:   •  8/3/2016  •  Dissertação  •  1.316 Palavras (6 Páginas)  •  485 Visualizações

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ECONOMIA REGIONAL E DESENVOLVIMENTO DESIGUAL

 Introdução

O processo de globalização, que guia as economias atualmente, serve para acentuar o destaque dado à economia regional, na medida em que os países passam a ser considerados regiões dentro de um mesmo bloco.

O desenvolvimento desigual intra-países e dentro das macro e microrregiões evidencia as falhas de mercado bem como os equívocos da adoção de certas políticas para a redução das desigualdades regionais. Aliado ao fraco desempenho operacional dessas políticas, e até como consequência dele, há a necessidade de uma reconstrução teórica que possibilite uma melhor compreensão deste fenômeno, as causas do insucesso das intervenções governamentais e de sua persistência ao longo do tempo.

Segundo Guimarães (1997, p.473), a importância de estudos em economia regional está ligada às necessidades de aprendizado das especificidades das regiões e à necessidade de aprendê-las enquanto bases produtivas ou dinâmicas. A negação desses estudos, por sua vez, é tanto mais forte quanto menor a visibilidade e menos justificável a existência dessa unidade e sua respectiva importância social e particularmente, econômica.

Desse modo, para caracterizar o desenvolvimento econômico, devermos ter um conjunto de medidas que reflitam alterações econômicas, sociais, políticas e institucionais, tais como: renda per capita, nível de emprego, segurança, expectativa de vida, distribuição de renda etc.

        

Economia regional

“Desde o surgimento da civilização, as atividades humanas e a qualidade de vida têm se distribuído de forma desigual entre os continentes e em seus territórios” (BRAUDEL apud THISSE, 2011 p. 17). Como afirma Braudel à economia desde o seu surgimento este apenas concentrado em número pequeno de ajuntamento de pessoas, uns maiores e outros menores, intitulados de aglomerações, que por sua vez a qualidade de vida não é distribuída adequadamente.

A economia tem como dever, de se preocupar com a concentração de atividades econômicas, sociais, políticas e administrativas, dentro de áreas geográficas intra e inter-relacionadas, com o objetivo de avaliar todas as características dessa região, o desenvolvimento acaba se tornando o resultado de uma economia bem distribuída e administrada.

A economia regional vem se desenvolvendo rapidamente, e tem sido um instrumento importante para projetos, propostas, entre outros para políticas tanto nacional como internacional, com finalidade de reduzir as desigualdades, porem muito ainda tem que se revisado com uma distribuição desigual essa economia acaba não chegando a todos.  

Desenvolvimento Regional desigual

Quando se fala em desigualdades regionais está se referindo basicamente aos diferentes níveis de desenvolvimento das regiões, daí a necessidade de compreender o desenvolvimento bem como suas variáveis determinantes. A desigualdade não deve ser vista como um problema endêmico, ela se manifesta em diferentes espaços.

 Além do desenvolvimento econômico em geral e da reconstrução européia e japonesa pós guerra, a desigualdade entre e dentro dos países ganhou destaque no cenário mundial. Na Europa várias manifestações relacionadas com o desenvolvimento econômico e com as desigualdades territorial e social deram origem à criação de várias instituições e de instrumentos de política regional. Na América Latina, o diagnóstico da Comissão Econômica Para América Latina (CEPAL) baseado nos conceitos de “centro” e “periferia”,

No Brasil, as diversidades aparecem de modo mais ainda acentuado, tendo em vista a sua própria extensão territorial, a questão da desigualdade econômica regional no Brasil tem sido uma marca permanente. Um fator determinante para essa desigualdade foi o processo de industrialização; que se deu de forma desigual no espaço, mais especificamente, de forma desigual entre as macrorregiões. Por diversas razões históricas, o processo de industrialização no país se concentrou na região Sudeste, em detrimento das regiões Norte e Nordeste. Além da desigualdade econômica entre as macrorregiões, é fato também a desigualdade intra-regional. A região Nordeste é um caso evidente deste fato.

Vale ressaltar que por muito tempo, o problema do Nordeste foi entendido como restrito às secas. A presença do Estado como agente econômico não era muito forte e as políticas públicas eram de caráter assistencial de combate às secas ou ao apoio de setores exportadores especialmente a produção açucareira. Só se pode falar de política de desenvolvimento para o Nordeste com a criação da SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) em 1959, que adotou como modelo de desenvolvimento nordestino a industrialização, objetivando o desenvolvimento da região e a interação desta com o Sudeste já desenvolvido. “[...] A industrialização, aliás, era vista como a “única saída” para combater o atraso do Nordeste” (ARAUJO,2000, p.144). O setor industrial seria o responsável pelo dinamismo da economia nordestina capaz de promover o crescimento do valor do PIB da região, de criar um mercado consumidor e de reduzir o subemprego urbano (ARAUJO, 2000).

 Contudo, é importante destacar que, o Nordeste se integrou ao processo industrial nacional, mas as trocas realizadas entre esta região e o Sudeste tomaram as seguintes formas: o Nordeste passou a ser exportador de matérias-primas e produtos agrícolas de subsistência para o Sudeste e importador de mercadorias manufaturadas, máquinas, equipamentos e bens intermediários para as suas industrias. Diante desse quadro de desenvolvimento desigual que as desigualdades regionais se agravaram no país, de um lado o Sudeste se tornou bem sucedido industrialmente, enquanto a região nordestina se apresentava em plena estagnação econômica de sua base econômica inicial e dependente do capital e do mercado externo à região.

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