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EMPREENDEDORISMO AMBIENTAL: CONCEITOS, CONTEXTOS E OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS

Por:   •  16/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.976 Palavras (16 Páginas)  •  356 Visualizações

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EMPREENDEDORISMO AMBIENTAL: CONCEITOS, CONTEXTOS E OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS

CAVALCANTI, Luiz Henrique C.[1]

LIMA, Débora.[2]

SOUZA, José Victor P. de.[3]

Resumo

Este estudo procura apresentar e analisar o Empreendedorismo Ambiental no que tange aos seus conceitos, necessidades, contextos e oportunidades de negócios. Para isso, uma pesquisa bibliográfica se fez necessária para ampliar a discussão a cerca do tema principal. No início, alguns malefícios gerados pelo modo de vida das pessoas e pelas empresas que atingem direta e indiretamente o meio ambiente são discutidos, além de demonstrar a relevância do empreendedor ambiental para trazer mudanças benéficas para o nosso planeta. Na segunda parte, os aspectos referentes às oportunidades que surgem com o empreendedorismo ambiental, trazendo vantagem competitiva para quem absorve os seus princípios são apresentados, juntamente com as dificuldades inerentes a ele. Logo em seguida, com base no artigo de Rimoli e Rylo, duas empresas reais são estudadas, procurando demonstrar como é na prática empreender ambientalmente na área de reciclagem de resíduos sólidos. Por fim, algumas considerações finais são feitas.

Palavras-chave: Empreendedorismo. Ambiente. Oportunidades.

Summary


This study attempts to present and analyze the Environmental Entrepreneurship in regard to their concepts, needs, environments and business opportunities. For this, a literature search was necessary to broaden the discussion about the main theme. At first, some harm caused by the lifestyle of people and businesses directly and indirectly affect the environment are discussed, and demonstrate the relevance of environmental entrepreneur to bring beneficial changes to our planet. In the second part, the aspects related to emerging opportunities with environmental entrepreneurship, bringing competitive advantage to those who absorb its principles are presented, together with the difficulties inherent in it. Shortly thereafter, based on article Rimoli Rylo and two real companies are studied, trying to demonstrate how in practice is undertaken in the area of environmentally sound recycling of solid waste. Finally, some considerations are made​​.


Keywords: Entrepreneurship. Environment. Opportunity.

1. Introdução

É sabido que o mundo sofre diversas alterações na sua esfera natural, algumas dessas mudanças são geradas para manter o seu próprio equilíbrio. No entanto, alterações não iniciadas pela própria terra geram um desequilíbrio em todo o sistema. Atualmente as ações antrópicas tem sido o principal fator negativo para o desequilibro da terra. Os seres humanos evoluíram consideravelmente nos últimos séculos, principalmente a partir da Revolução Industrial, porém essa mesma evolução não foi vista no estudo das conseqüências que essa evolução gera no meio ambiente. A sociedade atual vive sob um prisma consumista empresarial que nos remete cada vez mais a um aumento da produção causando um custo cada vez maior para o meio-ambiente.

        Inicialmente podemos entender as causas e consequências desse modo de produção atual partindo para os dois extremos da cadeia produtiva. No início, torna-se imprescindível a utilização de matéria-prima para a fabricação dos mais variados produtos e serviços, porém a obtenção dessas matérias-primas geralmente é conseguida no meio-ambiente, resultando dois problemas principais, a extinção dos recursos naturais e, consequentemente, o desequilíbrio ambiental.  Já na ponta final do processo produtivo, observamos dois pontos importantes: o primeiro consiste no descarte dos resíduos de produção no meio-ambiente, e em alguns casos o dano é direto e devastador, como as empresas que jogam produtos químicos nos rios e florestas, matando a fauna e a flora da região; o segundo consiste no descarte pelos próprios consumidores após o consumo, gerando um aumento do lixo, onde estes consequentemente irão voltar para o meio ambiente poluindo e gerando um desequilíbrio.  

        Tendo em vista a crescente desarticulação que as ações produtivas geravam no meio ambiente, alguns estudos começaram a ser montados a fim de entender os efeitos e consequências dessas ações.  Várias reuniões, comissões e estratégias foram criadas e aperfeiçoadas para a gestão do meio-ambiente, principalmente a partir da década de 60. A partir desse momento as grandes organizações, mesmo que timidamente, começam a buscar informações sobre o tema. Surge então uma figura que vai permear uma nova visão dentro das organizações em relação à gestão ambiental, o empreendedor ambiental.

As constantes transformações no entorno em que vive o homem moderno alteram frequentemente sua visão de mundo, sua forma de pensar e agir. Frente às mudanças climáticas e ao desequilíbrio de ecossistemas complexos, o ser humano torna-se consciente de que seu comportamento está afetando negativamente o meio ambiente. Essas atitudes acabam gerando consequência direta na sociedade atual, modificando e redefinindo conceitos até então estabelecidos. Uma das mudanças mais discutidas na atualidade consiste na relação entre a sociedade, a economia e o meio ambiente. A sociedade atual chegou a ponto que se torna fundamental a formulação de novas ações a fim de estabelecer uma visão sistêmica dentro desses três pilares. Uma peça fundamental para liderar essa mudança são os empreendedores ambientais, que através de um espírito inovador, poderá mudar e melhorar a atual situação das relações entre as várias nuance já citado.

Além de propor uma mudança do status quo, os empreendedores necessitam cada vez mais introduzir estratégias coerentes com o ambiente no qual estão inseridos. Portanto, é necessário que os empreendedores analisem os seus negócios e, a partir daí, vislumbrem os cenários que lhes permitam escolher a melhor maneira de atuar no futuro. Um empreendimento que cria condições competitivas saudáveis, em face das exigências ambientais, deve estruturar-se de forma adaptativa e integrativa e enfatizar um comportamento sistêmico, em vez de unicamente competitivo. Neste sentido, muitos conceitos sobre o que é uma organização sustentável são defendidos por vários autores. Peter Druker (2002) apresenta o “espírito empreendedor” como uma prática e uma disciplina, e como tal pode ser aprendido e sistematizado. Não trata de aspectos psicológicos da personalidade empreendedora, mas das atitudes e comportamentos que o empreendedor deve ter. A identificação dos empreendedores ambientais pode ser feita através de alguns comportamentos específicos, como: a busca para manter o equilíbrio do ecossistema através de suas atitudes, tomando iniciativas críticas e inovadoras para a criação de uma sociedade ambientalmente sustentável; que através de suas atividades culturais e sócio-econômicas, cria vínculos de profundo respeito com a natureza e a biodiversidade; que estabelece uma relação produtiva com o meio ambiente sem, entretanto, destruí-lo; que assume uma atitude cultural/educadora/tecnológica e científica de caráter sócio-ambiental em favor aproveitamento dos recursos naturais de nosso planeta e da qualidade de vida dos seres humanos e optando pela utilização de matérias-primas renováveis e tecnologias de baixo impacto ambiental.

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