Economia Brasileira: O que está ocorrendo?

A ECONOMIA BRASILEIRA

Afinal o que está ocorrendo?

O ano de 2015 foi um ano perdido em termos econômicos.  O PIB, Produto Interno Bruto, que mede tudo o que é produzido no Brasil, que havia crescido 7,6% em 2010, decresceu 3,6% (aproximadamente) em 2015.

Observando as taxas de inflação medidas pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor do IBGE), entre 2010 e 2014 a taxa de inflação foi em média de 6% e em 2015 aumentou para mais de 10%. Juntando-se a isto a queda do PIB,  caracteriza um regime que pode ser denominado de “Estagflação” ou “Estagnação com Inflação” que é o pior dos mundos em economia.

As projeções para o Brasil realizadas por diversas instituições, entre as quais o respeitadíssimo FMI (Fundo Monetário Internacional) são unânimes em afirmar que em 2016 o Brasil não irá crescer. Projeta-se uma retração no PIB entre 2,8% e 3,6% e uma inflação entre 5,5% e 6,5%, bem acima da meta do governo e, caso o Brasil faça sua lição de casa, espera-se que um pequeno crescimento possa ocorrer em 2018.

A boa notícia, se assim pode ser chamada, deve ocorrer com a taxa de câmbio. Ao que tudo indica ela parece ter alcançado o nível de equilíbrio e, caso não haja novos imprevistos, deverá manter-se ao redor dos R$ 4,00 por US$ em 2016 e 2017, apesar de ter havido algumas variações nos últimos dias.

A lição de casa do Brasil

O primeiro grande problema do país é não ter caixa para pagar suas contas.

Portanto deve-se, ao mesmo tempo:

a) diminuir os gastos correntes (a população concorda com isto),

b) aumentar a receita a curto prazo, isto é aumentar os impostos (a população não concorda com isto) não havendo outra alternativa, a curto prazo, que, aritmeticamente, permita fechar as contas.

O segundo grande problema é a falta de investimentos em capital fixo como indústria e infraestrutura que possibilitem a retomada do crescimento.

Dado que o Brasil não tem dinheiro para tal, deve-se recorrer ao fluxo de capitais externos que emprestem valores, pois não há poupança interna suficiente para isto. Deve ser lembrado que o investidor estrangeiro aplica fundos no exterior na medida em que o país tenha o grau de investimento “A” (que o Brasil perdeu e somente deve recuperar se fizer o ajuste fiscal) e remunere os capitais a uma taxa de juros compensadora, que o Brasil já tem (Taxa SELIC de 14,25% a.a.).

Para finalizar o pensamento, em 2016, 2017 e 2018 diminua seus gastos, prepare-se para novos aumentos de impostos e fixe as bases estratégicas para seu crescimento a partir de 2019.

Sugiro trocar o último parágrafo por este:

Finalizando o pensamento, para os próximos três anos busque reduzir as chamadas gorduras da organização, eliminando todo tipo de desperdícios dentro dela. Organize sua empresa de forma a apresentar a máxima eficiência e eficácia e preparando-a estrategicamente para suportar possíveis novos aumentos de impostos, para que, a partir de 2019, retorne à curva de crescimento em conjunto com o país.