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Finanças no terceiro setor

Por:   •  3/10/2018  •  Resenha  •  1.353 Palavras (6 Páginas)  •  226 Visualizações

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FACULDADE CATHEDRAL

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Profº Everaldo Ramos da Silva Junior

Administração Financeira e Orçamentária I

Áulus Dias Pereira

ISRAEL, S. M. B.; MENEZES, H. A.; SOUSA, R. G. Gestão do Terceiro Setor: Configurações e Demandas do Planejamento e Controle Financeiro 2º Simpcont. Recife, 2017.

RESENHA CRÍTICA

Uma resenha crítica é o que se apresenta a seguir, cujo texto-fonte foi o artigo acima mencionado apresentado no II SIMPCONT na cidade de Recife em agosto de 2017.

Este trabalho oferece importante contribuição para uma visão sistematizada da controladoria no Terceiro Setor, analisando a expectativa dos gestores das organizações pertencentes ao Terceiro Setor quanto à utilização do planejamento e controle financeiro.

Valendo-se do pensamento de Figueiredo, citado na obra, os autores iniciam sua reflexão sobre o conceito do Terceiro Setor como sendo organizações sem fins lucrativos, ou seja, é uma expressão criada para designar um campo da sociedade correspondente às ações sociais promovidas por instituições privadas de caráter não lucrativo, com atividades que envolvem a demanda pela reivindicação de determinadas causas ou ações de filantropia.

Esse termo foi criado para diferenciar essas instituições da esfera governamental - o Primeiro Setor - da esfera privada com fins lucrativos - o Segundo Setor. A origem do Terceiro Setor remete aos Estados Unidos, onde, desde os tempos coloniais, surgiram centros de caridade ou comunitários organizados em formas de clubes, igrejas, associações, entre outros. Esse país ainda é o principal nesse campo, com centenas de milhares de instituições beneficentes registradas.

De acordo com Santos et al. (2008) e Cunha e Matias-Pereira (2012), um dos principais assuntos sobre o Terceiro Setor envolve o gerenciamento financeiro destas organizações. Pesquisas realizadas pelos autores discorrem sobre a captação e gerenciamento de recursos para sua sobrevivência, advindos de parcerias com instituições de representação internacional, convênios com o Estado, empresas que repassam recursos de forma voluntária ou por incentivo tributário, e até mesmo organizações do terceiro setor presentes em outros países.

Essas organizações enfrentam uma série de desafios na área financeira e operacional, como exigências e burocracias junto às fontes financiadoras, encargos e ações específicas determinadas pelo poder público e uma grande concorrência na busca por doações e colaboradores financeiros que são habitualmente programadas. Para conseguirem manter uma saúde financeira, as entidades necessitam de uma ação participativa e integrada de gestão, tanto na parte administrativa quanto na área contábil.

No texto-fonte os autores (NAKAYASU e SOUZA, 2004) afirmam que o planejamento e controle financeiro são vistos como elementos essenciais para sustentabilidade de uma organização, não obstante são destacados como ferramentas de vital importância para continuidade e sobrevivência organizacional, permitindo o gerenciamento eficaz dos recursos financeiros.

A maneira como as organizações planejam, organizam, dirigem e controlam suas atividades administrativas deve ser flexível, moderna e inovadora. O processo de tomada de decisão requer informações do contexto em que as entidades estão inseridas e de ferramentas para o adequado fluxo de caixa e execução de tarefas próprias da administração financeira.

Ainda de acordo com o texto-fonte, A gestão financeira busca gerir os recursos financeiros organizacionais, diante da sua captação e alocação, garantindo que sejam utilizados de forma racional (POTRICHET et al., 2012). O gerenciamento financeiro de uma organização é visto como elemento chave para sua continuidade e sobrevivência, a adoção de ferramentas financeiras envolvendo planejamento e controle são determinantes para uma gestão eficaz (LOPES et al., 2014).

Para tanto, as organizações têm que acrescentar novos instrumentos de gestão a sua realidade, além de atitudes que assegurem o cumprimento de seus objetivos institucionais. Uma organização sem fins lucrativos necessita de informações estratégicas para o gerenciamento financeiro, tendo em vista a manutenção da sustentabilidade e da credibilidade da instituição junto à sociedade e aos agentes financiadores.

Garantir a plena prestação de contas e o cumprimento de seus compromissos sociais são atividades de grande relevância para a manutenção de uma entidade de terceiro setor. Nesse contexto, é importante olhar com atenção para a gestão de caixa. Compreender os conceitos básicos de fluxo de caixa pode ajudar as organizações sociais a se planejarem para as eventualidades e imprevistos que quase todas as organizações enfrentam ao longo de suas trajetórias.

As entidades sem fins lucrativos precisam gerenciar e controlar a quantidade de dinheiro que precisam para realizar suas atividades durante um determinado período de tempo. O ideal é que as organizações sejam capazes de manter um fluxo de caixa líquido positivo, que se refere a uma movimentação positiva das finanças, controle sistemático da entrada e saída de dinheiro, capacidade de pagar salários, fornecedores e credores e manter as atividades mensais.

O controle do fluxo de caixa inclui o total conhecimento do dinheiro recebido de doadores investidores, bem como os valores devidos aos credores. Para que essa conta seja fechada com sucesso, as entidades do terceiro setor devem aperfeiçoar sua gestão administrativa, principalmente no que diz respeito ao controle dos recursos provenientes de diferentes fontes. Para isso, as organizações podem buscar um controle de fluxo de caixa eficiente de modo a tornar o projeto viável e cada vez mais confiável.

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