O Risco Sistemático e Não Sistemático

Risco Sistemático e Não Sistemático

O risco total é soma do risco sistemático e não sistemático de um ativo, o risco sistemático é o risco de mercado geral, afeta a economia como um todo, todas as empresas e ativos estão sujeitas a ele, engloba desde fatores comuns como inflação e variações cambiais até fatores extraordinários como uma crise financeira, sendo o risco mínimo que uma carteira de investimento apresenta.

Dentro do risco sistemático quando há uma crise todos os componentes deste sistema serão afetados, por exemplo, quando uma instituição financeira quebra e não tem como pagar uma outra, pode acarretar em um efeito em cadeia causando um colapso no sistema ao qual está inserida, ou um crise que afeta toda a econômica que afete o país, fará com que todas as empresas do país sejam afetadas, mesmo que não da mesma maneira.

O risco sistemático é impossível de ser anulado pois todas as empresas estão suscetíveis a eventuais crises, seja por motivos políticos ou econômicos, desta maneira o risco sistemático também pode ser chamado de risco não diversificável. Diferentes fatores podem influenciar o risco sistêmico, como, crises políticas, estagnação econômica, insegurança jurídica, variação na Selic, etc.

Diferentes nações possuem diferentes percepções de riscos associados a elas, países que são considerados mais estáveis possuem uma economia menos volátil, desta maneira tendo um risco sistêmico menor comparado a países menos estáveis.

Para calcular o risco sistemático de um ativo é feito o calculo do Beta, que é a medida em o retorno do ativo varia de acordo com as variações de mercado, desta maneira se o investidor aceita uma exposição maior ao risco sistêmico, pode trabalhar com ativos de Beta mais elevado, se quiser se proteger contra o risco deve priorizar ativos com Beta menor. Sendo assim, quanto maior o risco maior o retorno.

O risco não sistemático afeta empresas ou setores específicos, ele é inerente ao ativo, está relacionado a aspectos particulares como, dependência de importações, padrões de comportamento do consumidor, greves no setor, sazonalidade, etc. Sendo assim se um país bloqueia a importação de soja brasileira, o setor agrário será afetado, mas outros setores não necessariamente, como o da construção civil por exemplo.

Os principais riscos não sistêmicos são: Risco de crédito, está associado ao não pagamento ao credor. O risco de liquidez, quando o investidor tem dificuldade em transformar um ativo em moeda corrente. O risco de mercado, está relacionado as oscilações de preços dos ativos. Risco operacional, pode ocorrer quando a interrupção de serviços essências como o da internet. Risco fiscal, quando ocorre erro relacionado a contabilidade. O risco jurídico, relacionado a garantia do cumprimento das leis, Etc.

O risco não sistemático pode ser mitigado através de uma diversificação na carteira de investimentos, dessa maneira também sendo chamado de risco diversificável, sendo assim é sempre importante buscar ter uma carteira de investimentos diversificada para o risco ser menor. Quanto mais bem sucedida for a estratégia de diversificação de ativos, maior a tendência do risco total ser convergido para o risco sistemático.