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O modelo Racional-Legal ao Paradigma Pós-Burocracia: Reflexões sobre a Burocracia Estatal

Por:   •  10/10/2016  •  Dissertação  •  621 Palavras (3 Páginas)  •  810 Visualizações

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O modelo Racional-Legal ao Paradigma Pós-Burocracia: Reflexões sobre a Burocracia Estatal

O modelo de administração pública burocrática se difundiu pelo mundo substituindo um modelo no qual o público era confundido com o privado. O modelo burocrático veio com intuito de acabar com o clientelismo, o nepotismo, o empreguismo e com a corrupção, sendo uma espécie de antídoto ao patrimonialismo. Porém, já no século XX, o modelo burocrático tradicional apresentaria certas limitações frente às mudanças evolutivas quanto ao papel do Estado e as demandas complexas do mundo globalizado, tornando-se lenta e ineficiente para gerir o mecanismo de governança da estrutura do Estado. No final do século XX, em resposta a essa ineficiência, houve mudanças nos padrões de gestão das instituições públicas, gerando reformas no aparato do Estado. Esse novo modelo, chamado Nova administração pública, mostrou-se mais flexível e mais próximo das práticas de gestão do setor privado, conhecido como administração pública gerencial. Nos tempos atuais essa troca de modelos de administração segue sendo utilizado atualmente nas organizações, ou seja, está seguindo sua trajetória.

A burocracia surgiu como uma forma superior de dominação, legitimada pelo uso da lei, em contraposição ao poder tradicional e arbitrário dos príncipes e ao afeto das lideranças carismáticas. Veio da necessidade de separação entre político e administração, entre política e economia. Visou a separação do público e do privado, das aparências impessoais às regras, à especialização, à hierarquização das relações sociais, ao apego à procedimentos regularizados e rotineiros. Estaria vinculada a comportamentos capazes de garantirem a não influência de interesses políticos e compromissos particulares. Esse modelo definia os atributos da organização racional-legal, estando voltados a garantir a divisão do trabalho entre os participantes, hierarquia, a exigência de regras gerais de funcionamento, a separação entre propriedade pessoal e organizacional e seleção de pessoal com base em qualificações. Significava a dominação em virtude do conhecimento, a resolução de conflitos por meio do poder.

Na medida que o Estado assumiu a responsabilidade pela defesa dos direitos sociais ele crescia em dimensão e foi-se percebendo que os custos dessa defesa poderia ser mais altos que os benefícios do controle, começando ai a mostrar certa ineficiência. Mesmo com adaptações históricas o modelo possuía limitações como confusão, atrasos, privilégios, vícios, o que levou a ênfase de que essa pode não ser a melhor forma de se conduzir a administração, o que gerou diversos estudos sobre o tema e se chegou a conclusão de que seria necessário mudanças para atenuar os efeitos negativos da burocracia procurando compreender os modelos de organização em cada contexto onde a burocracia se instalou.

No final do século XX, em todo mundo, passou a ser necessário um ajuste estrutural, relacionado a questão fiscal e às reformas orientadas para o mercado, para a reforma administrativa com intuito de redefinir as funções do Estado e da sua burocracia. Deu início a implementação de novas formas de gestão, com modelos mais próximos ao empregado na iniciativa privada para dar celeridade às ações dos governos servindo de embrião para o novo paradigma

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