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O problema da seca no nordeste

Por:   •  25/4/2015  •  Artigo  •  2.840 Palavras (12 Páginas)  •  549 Visualizações

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APRENDENDO A CONVIVER COM A SECA

INTRODUÇÃO

        Este artigo tem como tema algo bastante recorrente em nosso sertão, é a temida “seca”.

  O sertão paraibano, localizado na região nordeste do país, é conhecido como semi- árido porque sua vegetação é muito seca e caracterizada pela caatinga, palavra indígena que significa “mato branco”. Esta região enfrenta longos períodos de estiagens e chuvas de baixo índice pluviométrico , e a vegetação sofre metamorfoses durante esse período, as árvores são em sua maioria formadas de espinhos que impedem a transpiração e a morte destas, permitindo que elas suportem o longo período sem chuvas e aguardem as próximas chuvas que ocorrem nos meses que vão de janeiro a março.  

        O sertão paraibano é fonte de muitas riquezas como algodão e a pecuária extensiva. Dizer que esta terra não é próspera é uma afirmação infundada, o que falta realmente para nossa região são os investimentos que possam fazer com que essa região possa se desenvolver mesmo com as condições naturais aqui existentes.  

        Atualmente a principal atividade do sertão paraibano é a pecuária, sendo de grande importância para a sobrevivência da economia local e regional do sertão paraibana sendo a produção de leite e de carne de grande relevância para o setor pecuarista, uma vez que o referido setor depende diretamente da solução de problemas com a questão da seca e, portanto é de grande importância a eficácia das políticas públicas para o seu crescimento. Assim, as perspectivas para o desenvolvimento no sertão são de grande importância para criadores. Nessa região assim como vemos famílias marcadas pelas perdas de suas lavouras e gado pela seca, também vemos um contraste entre a paisagem árida do sertão e o verde, a fartura nas plantações e na pecuária sendo irrigadas através de políticas que quando chegam provocam grandes mudanças na vida das pessoas.

        AB’SABER (1999 p defende que:

        “Conhecer mais adequadamente o complexo geográfico e social dos sertões secos e fixar os atributos, as limitações e as capacidades dos seus espaços ecológicos nos parece uma espécie de exercício de brasilidade, o germe mesmo de uma desesperada busca de soluções para uma das regiões socialmente mais dramáticas das Américas.” (AB’SABER, 1999)  

        Com o objetivo de analisar as conseqüências causadas pela seca na pecuária no sertão. Nossa pesquisa busca uma análise de dados no qual foram escolhidos dois municípios do sertão para serem pesquisados, sendo eles: Olho D’água e São Bento. Buscando através de este estudo contribuir para a análise das políticas contra seca na pecuária.

METODOLOGIA

                

        Esta é uma pesquisa de analise descritiva e quantitativa, em que para obtenção de dados foi elaborado um questionário para pesquisa de campo, além de informações citadas por moradores dos municípios, além disso, foram utilizados também dados de fontes bibliográficas, obtidas através de fontes de livros, e publicações referentes ao assunto em questão.

        Nosso foco de pesquisa busca analisar através de questionamentos feitos a moradores, criadores e fazendeiros destas regiões como é que eles convivem com seus rebanhos em tempos de secas, e que melhorias estão sendo providenciados pelo governo para que o sertanejo possa criar seu rebanho durante esses períodos, para obter essas informações foi aplicado um questionário em doze pessoas.

        Geralmente as secas ocorrem após vários anos de chuvas irregulares e algumas dessas secas que iremos descrever com experiências vividas por moradores e também ouvindo relatos através de questionários que foram respondidos por criadores e fazendeiros dos municípios de Olho D água localizado na microrregião do Vale do Piancó e, também no município de São Bento, estando os dois municípios localizados no sertão paraibano. Este estudo irá buscar suas respostas através das secas dos últimos dois anos.

        Os dados coletados serão demonstrados em gráficos e quadros demonstrativos além das citações de alguns moradores que serão fielmente apresentados com seu discurso original.

3. RESULTADOS

3.1 CARACTERÍSTICAS DOS ENTREVISTADOS

        Foram ouvidas doze pessoas sobre como elas convivem com seus rebanhos em anos em que a chuva não vem. Entre os entrevistados a algo ainda que prevaleça bastante nas propriedades rurais é o índice de homens que vivem da pecuária quando se é comparado ao número de mulheres. Vejamos o gráfico: 

[pic 1]

        Gráfico 01.

        Os dados mostram uma fatia grande de homens, eles representam setenta e cinco por cento dos entrevistados e elas vinte e cinco por cento.

        Outra característica deles é que apenas uma pequena parcela dos entrevistados concluiu o ensino médio, vejamos:

        [pic 2]

        Gráfico 02.

        O gráfico acima mostra que dezessete por cento dos entrevistados são analfabetos, que trinta e três por cento tem ensino fundamental incompleto outros trinta e três por cento tem ensino fundamental completo e que somente dezessete por cento concluíram o ensino médio. Os entrevistados alegaram em sua maioria que sua baixa escolaridade era conseqüência de uma vida. Que desde cedo suas vidas eram dedicadas à vida no campo, e nunca tinham tempo pra se dedicarem aos estudos.

        A maioria dos entrevistados tem uma extensa área em suas propriedades para o desenvolvimento da pecuária, sendo em média trezentos hectares por proprietário, caracterizando-os de médios proprietários e em todos os casos a pecuária é a principal atividade. Mas para os criadores o tamanho da propriedade não é um ponto significativo no seu crescimento, segundo um morador da região pesquisada:

“minha propriedade é grande, tenho muito chão, mais quando a danada da seca vem, num tem grande nem pequeno, ficamos todos do mesmo jeito, o gado do rico morre e do pobre também, a seca castiga a todos.”

        3.2 A SECA

        

        Uma das principais dificuldades dos criadores de gado durante a seca é a falta de água em suas propriedades, esta pesquisa perguntou a alguns criadores que formas de armazenamentos de água eram utilizadas em suas propriedades. As respostas serão demonstradas no quadro abaixo:

        

Caixa d’água

15 %

Cisternas

25 %

Barreiros

10 %

Açudes

40 %

Barragens

10 %

        

A falta d’água sempre foi o principal problema dos pecuaristas, abaixo um relato de um fazendeiro que sofreu com esse problema durante uma seca recente:

...

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