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Organização do projeto

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Por:   •  20/11/2013  •  Artigo  •  1.089 Palavras (5 Páginas)  •  162 Visualizações

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Organização do projeto

Se projetar um edifício como escola, torre comercial ou shopping já representa ter uma disciplina com desenhos, associados, cronogramas e projetos complementares, o que significa então projetar um terminal como KIX? Para isso Renzo Piano e sua equipe tiveram que revisar seu modelo de padronização e organização de projetos através de conversas com engenheiros hidráulicos, estruturais, de ar-condicionado, paisagismo, entre outros; a criação de um sistema de coordenação que pudesse ser dirigido tanto em Gênova – sede do escritório – quanto em Osaka; a elaboração de um lista de nomenclaturas em japonês para a obra, uma vez que 90% da equipe de projeto não eram japoneses. Apenas esta etapa de metodologia de trabalho foram três meses. Foram necessários 3 meses para compatibilização de metodologias dos diversos escritórios envolvidos. Basicamente foram divididos em quatro grandes grupos (BUCHANAN, 2002):

- Renzo Piano Building Workshop e Ove & Arup Partners, desenho arquitetônico e engenharia. A RPBW era responsável pela coordenação de projetos e Piano era o chairman do consórcio vencedor;

- Nikken Sekkei, administração da obra;

- Japan Airport Consultants Inc. – planejamento do lado aéreo do aeroporto e responsável pelos contatos governamentais.

- Aeropórts de Paris – consultores de zoneamento das atividades, circulação, transfer/shuttle e sistema de bagagens.

Inicialmente foi planejado que o design e os desenhos levariam dois anos, mais um ano revisando e mais outro para detalhamento. A construção era prevista para levar 18 meses, porém com os atrasos da ilha, pulo para 38 meses.

No auge do desenvolvimento do projeto, RPBW e Ove & Arup tinham aproximadamente 1.000 pessoas trabalhando. Era um trabalho Herculano, como o de coordenar equipes em Osaka, Gênova e Londres (sede da Ove & Arup).

A equipe de Renzo Piano ficara responsável por projetar e detalhar o canyon, o hall, embarque internacional e a cobertura, além do detalhamento, que era necessário ser preciso por questões de custos, uma vez que o Japão vivia uma bolha imobiliária sem precedentes na história moderna.

KIX foi concebido em um período de transição da arquitetura, onde o computador estava tomando espaço das pranchetas. Para a equipe RPBW significou a possibilidade de formas arrojadas e o computador veio não para facilitar os métodos de desenvolvimento do projeto, mas para compreensão do mesmo, abrindo novos horizontes nas indagações arquitetônicas, além de simular situações reais.

A execução do aeroporto

A construção da ilha não foi simples, como já previam. A região onde seria construída tinha profundidade de 20 metros, mas abaixo da água o solo possuía instabilidade de 20 metros, necessitando de compactação deste solo frágil. Para isto foram necessário um milhão de estacas de areia com 40 cm de diâmetro e altura de 2,5 metros, na qual foram submersos sobre o solo frágil. Depois disso foram feitas as aterragens em que o peso do solo pressiona a areia e compacta o solo argiloso.

Etapas da construção da ilha. Imagem: BUCHANAN, 2002.

Após o processo de compactação o leito do mar foi rebaixado em 11 metros, somando a profundidade anterior mais a parte que ficaria acima do nível do mar, o total aterrado equivale a 36 metros, ou um edifício de 12 andares. Durante a construção da ilha a primeira parte pronta foi a área onde se localiza o terminal de passageiros, porém o solo compactado afundou mais ainda, resultando em um ano adicional para completar a etapa.

Mesmo durante a construção dos edifícios, a ilha-aeroporto continuou afundando, assustando até os mais experientes engenheiros japoneses, transformando em um fator a mais para se preocupar, além de tufões, terremotos e tsunamis.

Construção do terminal: Imagem: BUCHANAN, 2002.

Corte de custos

Mesmo para o Japão daquela época, construir Kansai era caro e até então nenhum arquiteto estrangeiro tinha feito uma obra de escala tão grande lá e, portanto, não conheciam os custos nipônicos de obra. As autoridades japonesas logo solicitaram alterações nos materiais que Renzo Piano – mesmo relutante – acatou.

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