Projeto multidisciplinar ambiental financeiro

Metodologia da Pesquisa

A expressão metodologia da pesquisa – ou do trabalho acadêmico – nem sempre é comum aos alunos. Assim, para se familiarizar com tal conceito o analisaremos de forma didática, compreendendo a importância e as maneiras de aplicar tal metodologia. Durante um curso Superior será necessário realizar alguns trabalhos, sejam projetos de pesquisa, multidisciplinares, ou mesmo o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC); de modo que, para além do nome dado, cobrará um roteiro que o estruture de modo a facilitar: • A verificação da percepção de um contexto; • Os objetivos claros a serem atingidos; • A solução ou identificação do problema central da pesquisa; • A tratativa que dê base à afirmação realizada; • A aprendizagem efetiva com a pesquisa aplicada; e • A base teórica referenciada para dar sustentação à pesquisa. A metodologia nesse âmbito tem, então, o papel de estruturar uma pesquisa de forma a dar sustentação ao que foi desenvolvido, estruturando o referido texto de forma organizada – padrão textual que pode ser das formas mais variadas, mas com um modelo previamente delimitado. Em uma pesquisa, busca-se, na realidade, o que chamamos de conhecimento, podendo ser: • De senso comum; • Científico. O senso comum não possui base científica, estruturando-se na opinião própria ou na de terceiros, mas sem nenhum embasamento; por exemplo, comer manga com leite faz mal? Calçar o sapato esquerdo antes do direito dá azar? De modo que o senso comum possui as seguintes características: • Superficial, isto é, conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar simplesmente estando junto das coisas; expressa-se por frases como “porque o vi”, “porque o senti”, “porque o disseram”, “porque todo mundo o diz” etc.; • Sensitivo, ou seja, referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária; • Subjetivo, pois é o próprio sujeito que organiza as suas experiências e os seus conhecimentos, tanto os que adquire por vivência própria, quanto os “por ouvir dizer”; • Assistemático, pois a organização das experiências não visa à sistematização das ideias, nem à forma de adquiri-las, ou mesmo à tentativa de validá-las;

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• Acrítico, afinal, verdadeiros ou não, a pretensão de que tais saberes sejam conhecimentos não se manifesta sempre de um modo crítico.

Por sua vez, o conhecimento científico pode ser reproduzido, baseando-se em conceitos consagrados e conhecidos. Assim, torna-se comprovável ou, pelo menos, confirmável por mais opiniões que não somente a do autor da pesquisa. Logo, são características do conhecimento científico: • Real – factual –, porque lida com ocorrências ou fatos, isto é, com toda “[...] forma de existência que se manifesta de algum modo [...]” (TRUJILLO; FERRARI, 1974, p. 14); • Contingente, pois as suas proposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida por meio da experiência – e não através da razão, apenas e tal como ocorre no conhecimento filosófico; • Sistemático, visto se tratar de um saber logicamente ordenado, formando um sistema de ideias – teoria – e não conhecimentos dispersos e desconexos; • Verificável a tal ponto que as afirmações – hipóteses – que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da Ciência; • Falível em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final; e • Aproximadamente, exato, com novas proposições e o desenvolvimento de técnicas que podem reformular o acervo de teoria existente.

Portanto, na Academia, todo trabalho deve ser desenvolvido à luz da Ciência, pois assim terá aceitação fora da mesma. Mas o que é Ciência? Como defini-la?

Ciência: é uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar.

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No projeto que você desenvolverá nesta Disciplina, o objeto de estudo será a empresa que deverá ser observada e descrita de forma lógica e sistematizada, tornando-se possível extrair alguma compreensão da qual – objeto de pesquisa.

Outra definição é a de que: “A Ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objeto limitado, capaz de ser submetido à verificação” (TRUJILLO; FERRARI, 1974, p. 8).

Pode ser também compreendida segundo uma visão tradicional e objetivista, correspondendo a um tipo de conhecimento “[...] adquirido por métodos rigorosos, sistematizados e suscetíveis de serem ensinados [...]”; ou até mesmo como “[...] conhecimentos racionais, obtidos por meio de métodos verificáveis e sistematizados referentes a objetos de igual natureza” (NASCIMENTO; SOUSA, 2015, p. 126).

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UNIDADE Metodologia da Pesquisa Científica

Então, já que um trabalho acadêmico deve ter estrutura para direcionar a construção dos dados e, assim, organizar o conhecimento adquirido, utilizaremos os padrões estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – órgão responsável pela normatização técnica no Brasil, dando suporte ao desenvolvimento tecnológico no País. Considerando que na Universidade você ouvirá muitas vezes o argumento de que alguns trabalhos deverão seguir as “regras da ABNT”, compreenderemos as seguintes dicas como o conjunto constituidor do padrão acadêmico. As atuais Normas Brasileiras (NBR) em vigor são as de números 6023, 10520 e 14724, as quais nos servirão de bases para a confecção dos trabalhos que você desenvolverá. Perceba que o seu trabalho não corresponderá apenas ao conteúdo ou à forma de pesquisar, mas também à estética – ou estrutura visual. Assim, a regra já inicia a partir da determinação de margens.

Margem: é a delimitação da escrita ou digitação do conteúdo desenvolvido.

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Margem direita

Margem Superior

Margem Inferior

Margem esquerda

Figura 1 – Exemplo de Margem

Figura 2 – O que a NBR diz sobre a formatação? superior = 3 cm; esquerda = 3 cm; inferior = 2 cm; direita = 2 cm Fonte: elaborada pelo professor conteudista

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Ademais,