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Relatório: Política de Sustentabilidade Ambiental

Por:   •  7/4/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.767 Palavras (8 Páginas)  •  222 Visualizações

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  1. Introdução        

Fundada em 1969 por Antônio Luiz Seabra ,a Natura é uma multinacional brasileira de cosméticos e produtos de higiene e beleza, oferece a seus clientes produtos inovadores essencialmente produzidos com elementos naturais tipicamente encontrados na flora brasileira. A estrutura da Natura é composta por fábricas em Cajamar, Itapecerica da Serra (SP) e Benevides (PA) Além disso, existem pólos operacionais, administrativos e comerciais em Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, e Distrito Federal. Além do Brasil, a empresa está presente também na Argentina, no Chile, no México, no Peru, na Venezuela e na França.

A empresa possui “instalações verdes”, ou seja, construídas levando em consideração práticas ambientalmente corretas, que abrigam um moderno centro integrado de pesquisa, produção e logística. A distribuição dos produtos é realizada por meio da venda direta, com o envolvimento de mais de 617 mil Consultoras e Consultores. Considerando a presença em todos os mercados em que atua, a empresa possui atualmente mais de 5 mil colaboradores envolvidos diretamente com sua produção.

  1. Política de Sustentabilidade Ambiental

A Natura recentemente apresentou sua nova visão de sustentabilidade, abordando as diretrizes que nortearão a sua atuação empresarial até 2050, com ambições e compromissos até 2020. Entre os princípios que orientaram o desenvolvimento desse novo modelo de atuação estão à economia circular; incentivo ao consumo consciente; responsabilidade pela cadeia de valor; geração de impacto social por meio de incentivo a educação e novos modelos de negócios sustentáveis.

“A sociedade atribuirá maior valor àquelas companhias que exercerem um papel de agente de transformação socioambiental. Queremos ampliar o potencial de nossa empresa na ação geradora de negócios aliados a mudança cultural e educacional”, afirmou João Paulo Ferreira, vice-presidente Comercial e de Sustentabilidade da Natura. Desde dezembro de 2006, a Natura não realiza testes em animais para avaliação de segurança e eficácia durante o desenvolvimento de seus produtos ou de matérias-primas exclusivas. Essa decisão está totalmente alinhada com a razão de ser, que se traduz no desenvolvimento e comercialização de produtos e serviços que promovam o bem estar bem. A fim de garantir a eficácia e a segurança de seus produtos, sem utilizar os animais em testes, a Natura utiliza as mais avançadas técnicas mundiais de avaliação que incluem modelos computacionais, pesquisa e revisão contínua dos dados publicados em literatura científica do mundo todo e testes in vitro, que também são aceitos pela comunidade científica internacional como alternativa ao uso de animais. Além disto, a Natura conta com uma equipe de cientistas que busca continuamente trabalhar com as mais avançadas tecnologias para tornar as avaliações cada vez mais precisas e eficazes.

Em 2008, a Natura deu importantes passos no aprimoramento de desempenho ambiental. Um dos destaques foi o projeto Carbono Neutro programa responsável por reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEEs) em 33%, entre 2007 e 2011. Também iniciaram a compensação de carbono por meio do apoio a cinco projetos de reflorestamento e de uso de energia renovável. Priorizam, como parte da gestão sustentável de resíduos, os processos de reciclagem, incluindo a pós-consumo, e ainda implementaram novas políticas de redução do consumo de água e energia em todas as unidades.


Para possibilitar as reduções e compensações que se comprometeram a fazer, a Natura colocou em prática um inventário para quantificar nossas emissões, em todas as fases da cadeia de produção, com base nos padrões da Greenhouse Gas Protocol Initiative (GHG Protocol) e na norma ABNT NBR ISO 14064-1, que estabelece princípios para concepção, desenvolvimento, gestão e elaboração de relatórios das empresas sobre os níveis de GEE.

Também empreenderam, em suas empresas, iniciativas de redução em todas as etapas de sua cadeia, como a utilização de álcool orgânico nas fórmulas, o incentivo ao transporte de produtos por via marítima, a alteração das políticas de reembolso de combustível em nossa frota para estimular o uso de álcool, a otimização de embalagens e a ampliação do uso de materiais reciclados. 

Como não é possível reduzir todas as emissões, a Natura assumiu o compromisso de neutralizá-las e, assim, apresentar aos seus clientes produtos carbono neutros.

Todas as ações do projeto Carbono Neutro geraram bons frutos, a exemplo do convite à Natura feito pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do seu braço para o meio ambiente (Unep), para que ela integrasse o Climate Neutral Network, fórum virtual global sobre mudanças climáticas. No Brasil, receberam o reconhecimento do Prêmio Época de Mudanças Climáticas, da revista Época, que escolheu a Natura como a empresa de melhor estratégia de redução de carbono no País. É também importante destacar que, pelo segundo ano consecutivo, os dados socioambientais estão sendo validados pela Det Norske Veritas. 

Considera-se que as emissões de gases NOx e SOx não são significativas e, por isso, não realizam monitoramento específico desses gases. Também não emitem nem usam substâncias destruidoras da camada de ozônio. 

Biodiversidade 

Um dos principais vetores de inovação é o uso sustentável da biodiversidade. Aplica-se esse conceito com a criação e o desenvolvimento de novos produtos utilizando espécies nativas e exóticas, com o uso de modelos ecológicos de produção vegetal, com o programa de certificação de insumos e em parcerias com fornecedores rurais, como comunidades tradicionais e agricultores familiares que podem contribuir para a conservação da biodiversidade. A Natura trabalha no sentido de estabelecer um novo marco regulatório de acesso à biodiversidade brasileira para proteger o patrimônio genético nacional e garantir condições favoráveis de pesquisa e desenvolvimento. 

Certificações 

Para garantir que os insumos utilizados como matéria-prima na formulação de seus produtos sejam extraídos de maneira sustentável e favoreçam socialmente as comunidades extrativistas, a Natura elaborou o Programa de Certificação de Matérias-Primas Vegetais, em 2008. O objetivo é promover o cultivo e o manejo sustentável por meio da certificação das áreas de plantações e florestas nativas. 

Duas espécies utilizadas na produção de insumos adquiridos pela Natura – a castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa) e a erva-mate (Ilex paraguariensis) – estão na lista de espécies ameaçadas de extinção divulgada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais. Com o intuito de diminuir possíveis impactos nas populações dessas espécies, a Natura adquiriu esses insumos de áreas certificadas pelo FSC (f
orest Stewardship Council, uma expressão inglesa que, em Português, significa "Conselho de Manejo Florestal), que atesta não só o atendimento da legislação, mas também de outros critérios socioambientais. 

O terreno da sede da Natura, em Cajamar, (SP), ocupa Área de Proteção Ambiental. Já a Unidade de Itapecerica da Serra está dentro da Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga e engloba uma reserva de preservação permanente. Nessas áreas, há escritórios administrativos e atividades de fabricação e produção. Tais operações atendem aos requisitos legais aplicáveis. 

Impacto Ambiental dos Produtos 

Desde 2001, para avaliar o impacto ambiental das embalagens dos produtos, a Natura utiliza a Avaliação de Ciclo de Vida (ACV), uma ferramenta que quantifica os impactos ambientais dos produtos nas fases de extração de matérias-primas, produção, uso e disposição final. A Natura continua a evolução positiva de diminuição dos impactos ambientais relativos das embalagens, mensurados pelo indicador de ACV por quilograma de produto faturado. A Natura atingiu o objetivo de redução graças a três fatores: 

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