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Relatório Taylor Ford e Fayol

Por:   •  28/4/2016  •  Relatório de pesquisa  •  2.437 Palavras (10 Páginas)  •  1.286 Visualizações

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RELATÓRIO I –         Teorias da Administração: Taylor, Ford e Fayol

        Formas de administrar existem desde quando os seres humanos começaram a se organizar socialmente e ao longo da história vimos civilizações que mesmo sem uma definição concreta da Administração souberam fazê-la com maestria e realizaram muitos feitos. Deixando de lado um pouco a história geral e mais antiga para focar em algo mais recente, vimos no início do século XX a Administração tomar formas teóricas e práticas.

Com o crescimento do número de fábricas, o acontecimento da Revolução Industrial, o cenário funcional e econômico dessa época precisava de algumas adequações. Os mecanismos existentes de produção, as relações entre patrões e empregados precisavam ser reorganizadas. Essa necessidade de reorganização não poderia passar despercebida e alguns nomes surgiram para contribuir, à sua forma, com as Teorias da Administração. Em destaque às primeiras teorias temos Taylor, Ford e Fayol que fundamentaram o movimento da Administração Científica.

Frederick Winslow Taylor, era engenheiro e é considerado o pai da Administração Científica. Tinha uma preocupação com o desperdício (tanto de insumos quanto de tempo) nas organizações. Naquela época, as fábricas funcionavam com o mecanismo de premiação por produção, mas somente esta prática não resolvia os conflitos, pois para Taylor, ela deveria estar associada a outra medida que seria a de tarefas planejadas e ensaiadas. Então, a partir desse pensamento, Taylor buscou transformar as operações em algo eficiente, focando nas tarefas e procurou fazer um planejamento científico delas.

Com a publicação de sua obra Shop Management, em 1903, ele concedeu a sua primeira contribuição e especificou nela suas técnicas quando falou sobre a racionalização do trabalho, que se deu por meio de um estudo de tempos e movimentos. Taylor acompanhou de perto o processo de trabalho dos operários e começou a fazer uma decomposição de seus movimentos. Através desse acompanhamento, ele visava encontrar uma forma de aperfeiçoamento e padronização desse processo de trabalho, racionalizando-o.

A racionalização do trabalho é o fruto do estudo de tempos e movimentos que fazia a análise do tempo gasto pelos operários para concluir as tarefas, incluindo os intervalos entre um movimento e outro, tempo gasto com necessidades pessoais e também o tempo de espera. Com esse estudo, pretendia deixar os movimentos ordenados e simplificando os movimentos úteis, eliminando os que forem desnecessários.

Taylor acreditava que aplicando os métodos científicos e controlando as operações através dos processos padronizados, treinando os operários, melhorando as condições de trabalho atingiria o que ele define como o objetivo da administração que seria pagar salários melhores e reduzir os custos de produção.

Uma nova contribuição de Taylor é percebida quando em sua obra, The Principles of Scientific Management (1911), explicita que para se tornar coerente com a aplicação dos seus princípios, a racionalização do trabalho deveria ser acompanhada de uma estruturação geral na empresa. Taylor diz, também, que a principal finalidade da Administração é assegurar o máximo da prosperidade tanto para os patrões quanto para o operariado e que a prática da Administração deveria ser dada pelo método científico, isto é, sempre há um método ou um instrumento melhor para realizar uma tarefa e não pelo método empírico. A partir desse momento, seus estudos são denominados de Administração científica.

Um novo conceito foi introduzido, quando Taylor percebeu que a Administração deveria planejar e executar muitas tarefas que eram executadas pelos empregados, como por exemplo, a escolha do método de trabalho que muitas vezes o próprio operário escolhia. As ações do operariado deveriam ser resultado de um preparo e habilitação. Isso se daria por meio do estudo científico que ele introduzira, para que as atividades sejam realizadas de forma melhorada e rápida. Com isso, era necessário fazer uma distribuição de atribuições e responsabilidades entre a gerência e os empregados, o que ficou conhecido como a divisão do trabalho.

A Administração Científica de Taylor era composta pelos princípios do planejamento, preparo, controle e execução. Através desses princípios, ele desejava, respectivamente: substituir o método empírico por um planejamento do método de trabalho; a seleção de operários seria dada cientificamente (por aptidão) e, após isso, treinamento adequado para produzir mais e da melhor forma; participação cooperativa da gerência com os operários, verificando se a produção ocorre dentro dos métodos estabelecidos; execução do trabalho de modo disciplinado com o remanejamento de responsabilidades e competências.

As contribuições de Taylor foram notáveis e a partir desse momento abria-se campo para mais autores como novas ideias ou expansões das ideias já expostas. O período da Administração científica foi marcado por mais um autor, Henry Ford. Um nome muito conhecido hoje e na sua época, revolucionou quando introduziu o conceito que transformaria o processo produtivo, a produção em massa.

Henry Ford fundou, em 1903, a Ford Motor Company, que foi fruto de uma nova tentativa de negócio após sua primeira fábrica de automóveis ser fechada, em 1. Dessa vez, Ford queria levar seu produto a todos, popularizá-lo. Os automóveis eram destinados a classe mais rica, mas ao reduzir o custo destes adquirir um se tornou mais fácil. Com essa nova estratégica, pode ser percebida a capacidade e determinação de Ford para inovar, não focar somente num público, mas expandir o produto a todos ofertando as mesmas garantias a quem antes não tinha oportunidade de comprar.

A produção em massa era feita de modo que as atividades de produção eram aumentadas e com os custos controlados não seguiriam essa tendência de aumento. Para isso, as ações de Ford se baseavam em três aspectos:

  • Fluxo de produto: planejamento, coordenação e a continuidade do processo produtivo.
  • Trabalho entregue ao operário: abrange justamente o que o nome diz, o operário recebe o trabalho ao invés deste ir buscá-lo por iniciativa própria.
  • Operações analisadas: análise dos elementos que fazem a composição das operações.

        O processo de produção acelerado era estruturado em três princípios:

  1. Princípio da Intensificação: objetiva evitar a armazenagem da matéria-prima fazendo com esta seja utilizada rapidamente e o produto, assim que pronto, colocado no mercado.
  2. Princípio da Economicidade: o retorno financeiro do produto pronto ocorre antes do vencimento dos prazos para pagamentos das aquisições de matérias-primas e dos salários e, em concordância com o princípio anterior, evitar o aumento do estoque de matéria-prima que está no processo de transformação.
  3. Princípio da Produtividade: para não manter matéria-prima estocada, é necessário que a produção seja aumentada e isso se dá pela especialização do operário para que também aumentada sua capacidade de produção, ou seja, o operário se especializa numa parte específica desse processo. Junto a essa implementação era executada também a linha de montagem.

        Apesar de comumente associada a Ford, a linha de montagem não foi criação dele, mas sim de Ransom Olds (1864-1950) que já aplicava esses conceitos antes ao aperfeiçoamento desta, em 1913, por Ford. Esse aperfeiçoamento foi dado pela mecanização do processo que na produção que Ransom realizou, que era dada por um sistema progressivo de montagem.

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