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TAYLOR (FREDERICK WINSLOW TAYLOR)

Por:   •  27/9/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.181 Palavras (13 Páginas)  •  50 Visualizações

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TAYLOR (FREDERICK WINSLOW TAYLOR)

Taylorismo, O que é?

O taylorismo, sistema criado pelo engenheiro mecânico Frederick Winslow Taylor, determinava que cada operário deveria ficar responsável por uma função específica dentro do processo de produção, não sendo necessário o seu conhecimento global sobre as outras etapas da confecção do produto, ou seja, sem saber como seria concluído. Os funcionários eram supervisionados por um gerente, que garantia o cumprimento de cada fase do processo produção.

Outra característica inovadora do taylorismo foi o sistema de bonificação. Quando um funcionário produzia mais em menos tempo de trabalho, era gratificado com prêmios que incentivavam a constante melhoria no trabalho.

Como funciona?

Os operários deveriam ser escolhidos com base em suas aptidões para a realização de determinadas tarefas (divisão do trabalho) e então treinados para que executem da melhor forma possível em menos tempo. Taylor, também, defende que a remuneração do trabalhador deveria ser feita com base na produção alcançada, pois desta forma, ele teria um incentivo para produzir mais.

Em seu segundo livro “Principles of Scientific Management” (Princípios de Administração Científica), publicado em 1911, Taylor apresenta seus estudos, porém com maior ênfase em sua filosofia, e introduz os quatro princípios fundamentais da administração científica:

Princípio de planejamento – substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos – sai de cena o improviso e o julgamento individual, o trabalho deve ser planejado e testado, seus movimentos decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua execução.

Princípio de preparo dos trabalhadores – selecionar os operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida.

Princípio de controle – controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta.

Princípio da execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível.

As principais críticas à administração científica (AC) de Taylor são:

Para os críticos a AC transformou o homem em uma máquina. O operário é tratado como apenas uma engrenagem do sistema produtivo, passivo e desencorajado de tomar iniciativas.

A padronização do trabalho seria mais uma intensificação deste do que uma forma de racionalizar o trabalho;

A superespecialização do operário facilita o treinamento e a supervisão do trabalho, porém, isso reduz sua satisfação e ele adquire apenas uma visão limitada do processo;

A AC não leva em conta o lado social e humano do trabalhador. A análise de seu desempenho leva em conta apenas as tarefas executadas na linha de produção;

A AC propõe uma abordagem científica para a administração, no entanto, ela mesma carece de comprovação científica e teve sua formulação baseada no conhecimento empírico;

A AC se restringe apenas aos aspectos formais da organização não abrangendo por exemplo o conflito que pode haver entre objetivos individuais e organizacionais;

A AC trata da organização como um sistema fechado sem considerar as influências externas.

Princípios da Administração Científica

A teoria de Taylor é conhecida por tornar a gestão mais eficiente, já que se baseou em mais planejamento por meio de estudos de tempos e movimentos na produção. Anteriormente, a administração se baseava em experiências empíricas e menos científicas.

Ao analisar uma produção e estudar sua produtividade seria possível simplificar a função de cada trabalhador por meio de racionalização, remover o esforço desnecessário e fazer mais com menos tempo, segundo Taylor.

No livro "Princípios da Administração Científica", Frederick Taylor propõe alguns princípios fundamentais para fazer a gestão científica:

1. Planejamento

Este princípio diz que, para a administração científica acontecer, todos os aspectos do trabalho devem ser analisados e com isso, aplicados os melhores métodos para a produção.

2. Seleção e preparo

Este princípio diz que, para cada função, existe um trabalhador com mais capacidade e que pode passar por treinamentos, com o objetivo de especializá-lo para aquele cargo.

3. Controle

O controle significa a gestão do trabalho para que não saia do planejado, ou seja, para que esteja em acordo com os métodos e as metas realizadas no primeiro princípio.

4. Execução

O princípio da execução diz que o trabalho deve ser distribuído e controlado, para que o trabalhador não realize movimentos desnecessários, o que aumentaria o cansaço físico e a diminuição de sua produtividade.

5. Singularização das funções

Este princípio relaciona a especialização de cada trabalhador em cada cargo, e a redução de custos ao adotar esta medida.

Com o tempo outros princípios começaram a ser adotados por administradores que seguiam as ideias de Taylor.

OS PONTOS NEGATIVOS DA TEORIA

A abordagem clássica de Taylor, apesar de sua importância para administração e de sua ampla utilização ainda nos dias atuais, recebe várias críticas. A visão mecanicista de Taylor valoriza ao extremo a lógica mecânica das máquinas e sua estabilidade, padronização, previsibilidade e passividade. Apesar de aumentar a produtividade, esta visão tenta impor um processo de desumanização do trabalho, separando completamente a vida pessoal da laboral. Esse conceito está ultrapassado nos dias de hoje, pois as novas técnicas de gestão de pessoas consideram importantes as questões de saúde e prazer dos funcionários, e também influi para a produtividade.

A superespecialização dos operários também contribuiu para a desumanização do trabalho, uma vez que não permitia ao trabalhador visualizar o resultado concreto de seu trabalho. Essa característica está intrinsecamente relacionada à motivação e ao orgulho profissional. O funcionário não possuía a visão holística da organização, e não enxergava o processo produtivo e o resultado de seus esforços. Na administração pública, percebemos que essa é uma visão essencial. Numa organização pública, a percepção da visão, da missão e dos objetivos estratégicos da instituição é imprescindível para o alcance dos resultados desejados. Por exemplo, os servidores públicos do estado devem ter a consciência de que estão ali para servir aos públicos, e sua missão é atender bem aos anseios da sociedade. O trabalho do servidor público não é um fim em si mesmo, mas um instrumento para a melhoria de vida da população. Percebemos, em diversas organizações públicas do estado de Alagoas, a existência dos funcionários especialistas. Apesar de esse servidor realizar, às vezes, um trabalho eficiente, na maioria dos casos ele não percebe a importância e objetivo final de seu trabalho. Ele realmente parece uma máquina executando uma tarefa planejada e padronizada, sem criatividade e, muitas vezes, sem automação, deixando de aproveitar os recursos disponíveis, principalmente, os de tecnologia da informação. Este problema está aliado à visão extremamente limitada do ser humano que baseou a teoria de Taylor. A clara separação entre quem deve pensar (os chefes) e quem deve somente executar (os operários), contribui bastante para a desumanização do trabalho e a adoção de métodos de gestão de pessoas equivocadas, muitos dos quais persistem até hoje em diversas organizações.

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