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TEORIA DA COMPLEXIDADE

Por:   •  13/9/2016  •  Resenha  •  1.198 Palavras (5 Páginas)  •  688 Visualizações

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A complexidade, que faz apelo à estratégia, ajudando a avançar no incerto e no aleatório, é definida por Morin (2000, p. 148) como a arte de “utilizar as informações que surgem durante a ação, integrá-las, formular esquemas de ação e ser capaz de reunir o máximo de certezas, para defrontar o incerto”.

A Teoria da Complexidade vem mostrar a interdependência essencial de todos os fenômenos – é o que Fritjof Capra (1996) chama de Visão Ecológica Profunda. Segundo ele, estamos todos encaixados nos processos cíclicos da natureza e a realidade é um todo complexo em contínuo movimento em que todos os componentes estão interconectados num diálogo sem fim. E a mais óbvia característica de qualquer processo cíclico é a sua não-linearidade. A teoria da Complexidade mostra a realidade como sendo não linear, e sim caótica, catastrófica e difusa e que deve ser vista de forma não somente quantitativa, mas, principalmente qualitativa.

A Teoria da Complexidade engloba várias teorias recentes – Teoria do Caos, Fractais, Teoria das Catástrofes, Lógica/Conjuntos Fuzzy (difusos) e se dirige, explicita e implicitamente, para uma visão cada vez mais aproximada da realidade, sem simplificação, sem reducionismo e vem sendo utilizada também para entender as estruturas e os processos organizacionais complexos que transcendem as teorias clássicas sobre organizações.

A Teoria da Complexidade constitui um meio útil para entender os processos de inovação e autorenovação. É uma nova forma de investigação das mudanças que desafia as suposições convencionais de estabilidade natural e de ordem. O conceito de ordem extrapola as idéias de estabilidade, rigidez, repetição e regularidade, unindo-se à idéia de interação, e imprescinde, recursivamente,da desordem, que comporta dois pólos:um objetivo e outro subjetivo. O objetivo é o pólo das agitações, dispersões, colisões, irregularidades e instabilidades, em suma, os ruídos e os erros. O polo subjetivo é “... o da impredictibilidade ou da relativa indeterminabilidade. A desordem, para o espírito, traduz-se pela incerteza” (MORIN, 2000, p. 200); traz consigo o acaso, ingrediente inevitável de tudo que nos surge como desordem (idem, p. 178).

Teoria do Caos:

Estuda o comportamento aleatório e imprevisível dos sistemas, mostrando como uma pequena variação nas condições em determinado ponto de um sistema dinâmico pode ter consequências de proporções inimagináveis. No caso das borboletas, o bater de asas de uma delas num determinado lugar do mundo poderia gerar uma movimentação de ar que, intensificada, desencadearia a alteração do comportamento da atmosfera da Terra em localidades distantes. Isso seria mais tarde chamado de Efeito Borboleta por Lorenz, ou seja, uma dependência sensível dos resultados finais às condições iniciais da alimentação dos dados.

Uma das idéias centrais desta teoria, é que os comportamentos casuais (aleatórios) também são governados por leis e que estas podem predizer dois resultados para uma entrada de dados. O primeiro é uma resposta ordenada cujo futuro dos eventos ocorre dentro de margens estatísticas de erros previsíveis. O segundo é uma resposta onde a resultante futura dos eventos é incerta, onde a superfície é áspera, caótica.

À luz da Teoria do Caos, os próprios processos e as mudanças são atratores que geram uma nova ordem. Cada mudança leva a uma nova mudança. Como os humanos têm uma capacidade ilimitada para criar novas conexões e significados, os processos e sistemas que têm as pessoas como componentes são fortemente caóticos.A Teoria do Caos sugere que os processos estratégicos devem ser usados para criar incerteza, pois o foco é na criação de informação, e não o processamento dela.As organizações precisam concentrar-se na solidez e absorção das mudanças, em vez de na estabilidade que sugere resistência às mudanças. Segundo Ilya Prigogine (1997), “Sistemas não podem evoluir (gerar novos padrões) em estados de equilíbrio ou próximos do equilíbrio”.

Um exemplo aplicado da Teoria do Caos seria o mercado de capitais. O mercado de capitais é uma complexidade, cujas movimentações caóticas se dão ciclicamente, ou em ciclos de realimentações, ora positivas, ora negativas.

Física Quântica aplicada à administração

A seguir são estabelecidas algumas relações entre os princípios da física quântica e a sua aplicabilidade no campo da administração.

A física quântica ensina outra forma de ver as coisas, "No nível mais fundamental da realidade, os sistemas físicos consistem de padrões de energia dinâmica. Nenhum pedaço pode ser visto separadamente do todo sem que haja uma distorção ou

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