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Tomate lidera crescimento e lucratividade no setor de hortaliças

Por:   •  27/5/2016  •  Ensaio  •  3.260 Palavras (14 Páginas)  •  513 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Tomate lidera crescimento e lucratividade no setor de hortaliças

04/01/2010

A Tomaticultura é o principal destaque do setor, movimentando uma cifra anual superior a R$ 2 bilhões (cerca de 16% do PIB gerados pela produção de hortaliças no Brasil), de acordo com pesquisa da Abcsem (Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas).

Uma pesquisa realizada pela (Abcsem) revela que o setor de hortaliças é um ramo do agronegócio em pleno crescimento e que movimenta milhões de reais anualmente, em toda a sua cadeia, do campo ao varejo. Só em 2008, de acordo com dados da associação, cerca de R$ 307 milhões foram comercializados em sementes no País, valor pago pelos produtores de hortaliças. Atualmente, são cerca de 700 mil hectares de área plantada no Brasil, com envolvimento de mais de 700 mil produtores, que geram cerca de três milhões de empregos diretos. São varias espécies cultivadas e uma grande segmentação de mercado, devido a diferentes tipos de produto e formas de oferecê-lo ao mercado. São aproximadamente (38 mil hectares - tomate de mesa e 17 mil hectares - tomate para processamento).

De acordo com o presidente da associação, Francisco Sallit, alguns dos principais motivos para o crescimento do mercado são: maior uso de híbridos; preços de sementes mais elevados, devido ao cultivo protegido, por exemplo; introdução de valor agregado (ou seja, da percepção que o consumidor tem do produto com relação às suas necessidades considerando o benefício versus preço) e novas tecnologias nos produtos, como o tomate com F3 (melhorado geneticamente), além do aumento da população mundial e do consumo per capita, resultado da busca por uma vida mais saudável.  Além disso, dotadas de cada vez mais infra-estrutura, as principais empresas mundiais que atuam no segmento também estão presentes no Brasil e estão entre as empresas associadas da Abcsem.

Existe ainda coordenação contratual na cadeia agroindustrial do tomate. Até recentemente, as relações entre os produtores agrícolas e a agroindústria eram pautadas por conflitos que conduziam os agentes a práticas oportunistas, gerando quebras contratuais. São vários os motivos para o comportamento oportunista.

O produtor assume os riscos da produção agrícola e não conta com incentivos adicionais para garantir a oferta contínua da matéria-prima. As empresas, por sua vez, ao resolverem o problema recorrendo à importação, eliminam a articulação eficiente da cadeia produtiva. O objetivo do texto é apresentar a relação contratual entre produtores e unidades processadoras e analisar os tipos de contratos usuais no setor agrícola, em especial aqueles adotados pela cadeia. Busca verificar também o aperfeiçoamento na forma contratual através de contratos mais rígidos.

E ainda veremos também como a produção de tomate movimenta a economia brasileira, quem são seus principais consumidores, além de entendermos o contexto histórico do mercado consumidor dentre tantas outras coisas que envolvem esse vasto ramo hortifrúti do tomate.

A cultura do tomate tem grande importância econômica para o Brasil. Caldas e Souza (2000), assim como Reis Filho (2002), destaca que o tomate é uma das culturas com grande volume de produção e consumo no país, sendo comercializados anualmente cerca de 1,5 milhão de toneladas, tendo o estado de Goiás como um dos maiores produtores.

A agroindústria brasileira tem capacidade instalada para processar 17080 toneladas diárias, do tomate rasteiro, em 20 unidades processadoras distribuídas nos Estados de Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e São Paulo (Latorraca et al.,2008).

Um dos grandes problemas na produção de tomate, tanto o rasteiro (industrial) quanto o tomate estaqueado (de mesa) é a incidência de pragas e principalmente doenças.

Com isso a  cultura do tomate no Brasil começa a receber aplicações preventivas de fungicidas a partir da primeira florada, para evitar o surgimento de doenças como pinta-preta (Alternaria solani), septoriose (Septoria lycopersici), murcha de fusarium (Fusarium oxysporum. f. sp. lycopersici) e requeima (Phytophthora infestans). Além disso outros agrotóxicos como os herbicidas e fungicidas aplicados nos tratos culturais do tomateiro acabam deixando resíduos em frutos comercializados in natura nos mercados. Segundo o Agrianual 2008, a produção nacional em 2007 foi de 3.200.846 toneladas, sendo que cerca de 65% são cultivados para o consumo in natura e 35% produzidos pelas indústrias de processamento e ofertados ao mercado em forma de extrato de tomate, molhos prontos e pré preparados, catchups, etc. Assim, o atual consumo per capita do tomate está em torno 18 kg/ano, o que representa um incremento de consumo acima de 35% nos últimos 10 anos. “Porém, podemos considerar um número ainda modesto, se compararmos com o consumo de países como a Itália, que é próximo a 70 kg/ano, e a Turquia, cujo consumo per capita é de 86 kg/ano”, compara Sallit.

Cap. 1 - CARACTERISTICAS DO TOMATE

1.1 ORIGEM

A origem do tomate ainda é controversa entre os estudiosos do assunto. Alguns botânicos atribuem a origem do cultivo e consumo do tomate como alimento, à civilização Inca do antigo Peru, por ainda persistir naquela região, uma grande variedade de tomates selvagens e algumas espécies domesticadas apenas ali conhecidas. Outros, entretanto, acreditam que o tomate seja originário do atual México, pelo nome pertencer tipicamente à maioria das línguas locais (Náuatles).

Foi a partir do México que o tomate foi introduzido na Europa em meados do século XVI. As primeiras espécies de tomates foram batizadas de pomodoro pelos italianos, pois eram amarelas, parecendo “maçãs douradas”. Os primeiros registros da espécie vermelha deste fruto na Europa tem como data o ano de 1554. A cultura foi rapidamente adotada em Itália, França e Espanha, enquanto no resto da Europa, as primeiras plantas eram consideradas venenosas e eram utilizadas apenas como ornamentais.

No Brasil, grande parte da concentração italiana chegou ao início do século XX, o que pode explicar a vinda do tomate ao país.

1.2 TOMATE É UMA FRUTA OU LEGUME?

Essa dúvida sempre existiu, mas o que sabermos realmente é que o tomate está presente periodicamente na mesa dos brasileiros. Mais conhecido por fruto do tomateiro, de sua família, fazem parte também as berinjelas, as pimentas e os pimentões, além de algumas espécies não comestíveis.

O tomateiro é uma planta fanerógamaangiosperma e dicotiledônea. Trata-se de um fruto respondendo nossa pergunta inicial, uma vez que é o produto do desenvolvimento do ovário e do óvulo da flor, formando o pericarpo e assementes, respectivamente, após a fecundação. Popularmente, no entanto, não há consenso entre sua classificação como fruta ou legume.

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