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Trabalho

Por:   •  24/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  5.791 Palavras (24 Páginas)  •  110 Visualizações

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MEMORIAL DESCRITIVO DO FLUXOGRAMA DO PROCESSO

Produto: Carne Resfriada de Bovino com Osso – Abate

1. RECEPÇÃO DOS ANIMAIS – MRE

Ao descarregar os animais, os caminhoneiros apresentam a documentação que acompanha o carregamento: a Guia de Transito Animal (GTA), Nota Fiscal do Produtor e declaração quanto ao atendimento do período de carência de produtos antimicrobianos / quimioterápicos e de ausência do consumo de alimentos formulados a partir de produtos de origem animal, por meio de observação do termo de compromisso existente (Declaração do Produtor – Modelo B).

Os animais são conduzidos com calma, ausência de agressões, gritos, uso restrito de choque elétrico e objetos pontiagudos. Verifica-se estado corporal e peso dos animais, bem como efetua-se controle do horário de recebimento dos animais, dos lotes (origem, proprietários) e fazendas de origem.

Os animais que apresentarem sintomatologia nervosa (locomotora ou do sistema nervoso central) serão separados dos demais, sendo conduzidos ao curral de observação. Aciona-se o plantão ou médico veterinário do SIF local para as devidas providências.

2. DESINFECÇÃO DOS CAMINHÕES – VEÍCULOS TRANSPORTADORES DE ANIMAIS

Após o desembarque dos animais, as gaiolas dos veículos são lavadas e desinfetadas com solução desinfetante a base de iodo, sendo esta etapa controlada pelo funcionário do Serviço de Inspeção Federal local. Documento específico de comprovação da higienização e desinfecção é preenchido e mantido em arquivo pela empresa no Departamento da Garantia da Qualidade.

3. DESCANSO E DIETA HÍDRICA

Nesta etapa os animais permanecem em descanso e dieta hídrica por período mínimo de 6 e máximo de 24 horas conforme distância percorrida, em currais dotados de bicos aspersores, acionados nos períodos mais quentes do dia. Estes são acomodados de forma a evitar aglomeração excessiva (lotação: máxima de 2,5 m²/animal), possuindo disponibilidade de água nos bebedouros em quantidade suficiente, manutenção da higiene dos currais, com o objetivo de reduzir o estresse animal. Neste período ocorre a inspeção (ante-mortem) dos animais feita pelo Veterinário do SIF local, garantindo a condição de serem abatidos sem restrições na sala de abate principal. Quando ocorrer dos animais apresentarem doenças ou lesões que resultem em sofrimento animal ou comprometam a segurança alimentar, será feito o abate de emergência no matadouro sanitário.

Nesta etapa os animais permanecem em regime de descanso, jejum e dieta hídrica por período mínimo de 6 horas e máximo de 24 horas conforme distância percorrida (RIISPOA, Art. 110, § 1º, § 2º e § 3

4. BANHO DE ASPERSÃO

Após o período de descanso, os animais seguem para o chuveiro de aspersão, contendo água hiperclorada (mínimo 15 ppm) a pressão de 3 atm, durante 5 minutos no mínimo com objetivo de remover sujidades (terra, fezes, etc.), reduzir carga microbiana corporal e promover relaxamento do animal (vasoconstrição periférica) minimizando quadro de estresse pré-abate.

5. INCONSCIENTIZAÇÃO – MRE

Nesta etapa é feita a contenção adequada de um único animal por vez no box de inconscientização. Pode-se fazer o uso de pistola de concussão, sendo a região de eleição, 2 a 3 cm acima do ponto de cruzamento de uma linha imaginária da base do chifre direito até a órbita esquerda e da base do chifre esquerdo até a órbita direita, formando um “X” em nível do osso frontal. Pressão de 190 a 245 libras. Pode-se utilizar também a pistola pneumática de dardo cativo que opera sem a injeção de ar para dentro da cavidade craniana. Para este equipamento, a região de eleição será o cruzamento de uma linha imaginária da base do chifre direito até a órbita esquerda e da base do chifre esquerdo até a órbita direita, com pressão variando de 160 a 190 libras.

Etapa onde se realiza a contenção adequada de um único animal por vez no box de inconscientização, onde se faz uso de pistola específica a função (RIISPOA, Art. 135, § 1º e § 2º). Deve ser feita da maneira mais rápida possível evitando excitação pela demora e prevenindo estresse desnecessário.

O tempo de insensibilização até a etapa de sangria não deve exceder 1 minuto (Instrução Normativa Nº. 3, de 17 de Janeiro de 2000 – Regulamento Técnico de Métodos de Insensibilização para o Abate Humanitário de Animais de Açougue).

6. LAVAGEM / IÇAMENTO – MRE

Após o atordoamento o animal é transferido para a área de vômito, onde verifica-se ausência de sensibilidade como reflexo palpebral e, em caso de eventual extravasamento de conteúdo cerebral (quando utilizado a pistola de atordoamento manual de acordo com o Programa de Abate Humanitário (Bem Estar Animal), este será removido com auxílio de utensílio específico a função e encaminhado a sacos de cor verde existente no local (área de vômito), sendo posteriormente destinado a incineração, de acordo com o Programa de MRE (Material de Risco Especificado).

Posteriormente, o animal é “amarrado” pela pata direita, é feita a lavagem do reto e o animal é elevado até a nórea mecanizada ficando pendurado por intermédio do “correntão” de abate. Esta operação deve ser realizada em um animal de cada vez, a fim de se evitar a contaminação dos mesmos com o refluxo gástrico do animal recém insensibilizado. Ao mesmo tempo uma pessoa fica responsável pela lavagem do local e da parte posterior (região anal) do animal.

7. SANGRIA

A sangria deve ser imediata (RIISPOA, Art. 140, Parágrafo Único), isto é, logo após a insensibilização do animal, sendo a mesma realizada em local apropriado: área de sangria ou “canaleta de sangria” (INSPEÇÃO DE CARNES – Padronização de Técnicas, Instalações e Equipamentos, Capítulo I: Instalações e Equipamento Relacionados com a Técnica da Inspeção “Ante-Mortem” e “Post-Mortem”). A morte do animal deve ser conseqüente à sangria completa, ininterrupta e tecnicamente bem realizada, e não devida aos métodos de insensibilização.

A operação de sangria é realizada logo após o içamento do animal, sendo efetuada com auxílio de duas facas de cores diferentes (cabo azul e cabo branco) devidamente esterilizadas, onde uma é destinada a riscar o couro

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